Quando despertei meus braços estavam queimados e minhas pernas estavam sendo puxadas para fora do casulo, eu gritei com a sensação de queimação que subia pelas minhas pernas, haviam pessoas me puxando para fora, eu olhei para eles e vi que todos estavam com roupas de proteção.
Ao me tirarem completamente do casulo me carregaram até uma maca e me amarraram a ela, uma pessoa se aproximou trazendo uma caixa branca até mim, ela abriu a caixa e tirou umas faixas e alguns sprays, ela passou o spray na minha perna e eu soltei um grito. A pessoa enfaixou minha perna em seguida a outra depois passou para os meus braços.
- Chamem o Doutor Yamada- disse uma voz femenina.
Eu sentia dores que infernizavam meu corpo todo, minha visão embaçada por causa da dor também não ajudava, estranhamente em meio de tudo aquilo eu consegui enxergar a silhueta de uma pessoa, a silhueta se colocou ao meu lado e disse:
- Tudo bem? Você consegue me ouvir?- disse uma voz masculina.
- Quem é...você...?- eu disse atordoada
- Eu sou Riroshi Yamada, fique tranquila, eu irei te levar a um lugar seguro.
Em meio a tudo aquilo minha visão novamente começou a escurecer e meu corpo a adormecer.
------------. ★★★ .------------
Eu abri meus olhos e vi que estava em um lugar diferente, me sentei e vi que estava em um quarto hospitalar, havia uma porta de metal ao lado de uma janela. Enquanto observava a janela vi um homem se aproximando, ele entrou no quarto e me encarou, ele se sentou em uma cadeira ao meu lado e disse:
- Como você está hoje?- a voz do homem era familiar.
- Bem... Eu acho...- eu disse ainda meio confusa.
- Bom como estão seus braços? Está sentindo dor em algum lugar?
- Não, não sinto dor alguma, meus braços e pernas já estão curados- eu disse encarando-o, a confusão já estava passando - você...é o doutor Yamada né?
- Sim, sou eu, que bom que você está melhor. Tudo bem se eu te fizer algumas perguntas?
Eu afirmei com a cabeça.
- Bom, pode me contar, como foi parar naquele casulo?
- Eu não sei eu só....acordei e estava lá.
- Certo, então, me conte tudo que você se lembra.
- Tudo que eu me lembro- eu disse pensativa- eu não sei ao certo...acho que eu morava no laboratório com meu pai, não me lembro de quase nada.
- Você se lembra o nome dele? Do seu pai.
- Akira... Akira Yamada. Desculpe eu realmente não me lembro de muita coisa
- Me diga tudo que se lembrar.
- Certo - pensei bem no que dizer a ele- eu acho que estive brincando na minha sala de jogos quando ouvi um estrondo e derrepente me vi correndo com outras pessoas, tinha uma coisa se aproximando, uma espécie de massa meio azulada.
- Uma massa azulada, como essa aqui? - ele ligou uma espécie de holograma e me mostrou
- Sim. Assim mesmo.
- Quantos anos você tem criança?
- Dez.
- Muito bem, fique aqui e descanse, você pode me contar o resto depois.
Ele se levantou e saiu, isso me pareceu suspeito. Algo me dizia que eu não deveria confiar muito nele. Fechei meus olhos e tentei me lembrar novamente de mais coisas sobre a explosão.
Nada. Não me vinha nada, nenhuma memória nem um pequeno resquício de minhas lembranças. Abri meus olhos e olhei para meu braços enfaixados, comecei a tirar as faixas para poder vê-los.
- Como esperado, estão completamente curados.
Não havia ficado nenhuma cicatriz, minha pele parda estava limpa e sem nenhum arranhão. Retirei as faixas das pernas, também completamente curadas.
- minha regeneração continua ótima. Isso é bom
Isso era mais do que bom, com meu corpo bom eu poderia tentar encontrar meus irmãos, eu duvidava que me deixassem sair daquele lugar, para encontrá-los eu precisaria fugir.
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Calamity
Science FictionUma garota que ficou 500 anos adormecida em um antigo laboratório desperta. Uma guerra se aproxima com tecnologia e magia, mas a verdade se esconde sob as cinzas. A protagonista deve descobrir a verdade sobre seu passado e sobre a origem de seus pod...