Prólogo

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AVISO 

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Anakin Skywalker era violento.

Desde a forma com a qual ele andava até a forma com a qual fodia. Mas havia uma exceção para toda a regra. Um beijo para cada tapa, um toque para cada bala. Sua calibre cinquenta havia se apaixonado por olhos castanhos.

Padmé Amidala era seu desvio irremediável.

E foi assim desde o primeiro instante.



Seis anos antes 

Era uma noite fria. Os frágeis braços de Padmé não eram o suficientes para promover o calor que ela tanto precisava para se aquecer naquela corrida pela avenida principal. Mas ela corria mesmo assim, sem sequer pensar em olhar para trás

Ela não podia parar.

Deixava no passado a angústia, o sofrimento e a violência. Ou, pelo menos, era o que ela achava que fazia. Mas os ventos que a acompanhavam e a direcionavam para os becos escuros da cidade não tinham os mesmos planos...

Quando as primeiras gotas de chuva caíram com agressividade do céu — porque parecia que o campo semântico de Padmé era a ultraviolência —, uma porta se abriu. Talvez hoje, Amidala não diria que era a melhor porta a se abrir para si. Na verdade, estava longe de ser... Mas, naquela noite, tudo que ela precisava era de um banho e de uma cama quente e, sendo ou não a melhor opção, ela iria.

Satine Kryze abriu a porta do Éros. E aquela era uma maldita porta, daquelas que se fecham para sempre e se torna impossível sair. Padmé, aos quatorze anos de idade, não sabia o que estava fazendo quando aceitou um banho e uma sopa quente naquela noite. Mas agora, era simplesmente tarde demais e, quem poderia culpá-la?

Com os cabelos encharcados e as gotas de chuva escorrendo pelo rosto jovial e já tão sofrido, Padmé murmurou um simples lamurio ao dizer 'sim' quando Satine a convidou para entrar. A mulher era alta, bonita, bem vestida e talvez um pouco vulgar, ainda que Padmé entendesse pouco sobre as coisas, criança como era.

Não, Amidala entendia muito, na verdade. Há tempos sua inocência fora roubada de uma maneira nada bonita. Talvez na primeira vez que ela presenciara seu padrasto com uma arma apontada em direção à sua mãe, ou aquela vez em que ele a forçou a fazer coisas que ela sabia não serem legais. Os gritos ainda ecoavam em sua cabeça. Ela esmurrou a porta com tanta força e ainda assim nada aconteceu; na verdade, só fez com que ela ganhasse um hematoma feio na cabeça quando ele a empurrou com força contra a porta.

Nada disso importava. Ela tinha uma cama agora. E então ela entrou e a porta se fechou. Aquilo era meio que pra sempre, mas ela não sabia. No fundo, não se arrependeria...

E, de longe, olhos atentos a observavam. Um garoto poucos anos mais velho, as roupas sujas e rasgadas, o olho marcado de roxo e as lágrimas que se misturavam com as gotículas de chuva. O garoto se perguntava se aquela linda menina estaria tão perdida como ele... Ele desejou que não. Desejou que ela soubesse exatamente o que estava fazendo, porque a vida na rua não era exatamente algo que ele desejaria para alguém, talvez nem mesmo para o seu pior inimigo — e, com tão pouca idade, ele tinha muitos. 




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Boa noite, gente!!!!

Iniciada a largada das minhas férias!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! (ainda tenho 2 trabalhos para entregar e uma prova p fazer dia 19, mas só o fato de não ter que acordar às 5h já me deixa com energia para escrever bobagens p vcs)!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Sim, estou iniciando mais um trabalho. E, diferente dos meus outros trabalhos, Ultraviolência é algo um pouco mais sombrio, mais pesado e delicado por tratar de temas sérios e reais, não como Paraíso Sombrio que, apesar de pesada, se passe no universo de star wars, Ultraviolência não. Ultraviolência é o aqui e o agora da nossa realidade. Então fica o aviso: durante a leitura você pode se deparar com temas pesados como: SEXO EXPLÍCITO, VIOLÊNCIA, DROGAS E PROSTITUIÇÃO. 

De ante mão, quero dizer que não tenho intenção e nem vou ROMANTIZAR ESSES TEMAS, OK? Tudo será abordado de maneira crítica e a relação dos anidala não vai ser uma relação abusiva, os temas estarão apenas na órbita dos personagens e terei cuidado ao lidar com eles. Contudo, SE VOCÊ FOR SENSÍVEL A ALGUM DESSES TEMAS, RECOMENDO QUE NÃO LEIA ESSA FANFIC.

Ultraviolência foi uma fic que me apareceu com muita cautela. Cada dia, uma imagem de uma Padmé assustada que ia ganhando confiança e de um Anakin colérico mas bondoso... Enfim, veremos como isso se dará nos próximos capítulos. 

Essa fanfic lidará com temas PESADOS, OK? No entanto, não descreverei nenhuma cena de abuso/estupro ou algo parecido, mas se você não gosta do gênero ou se sentir desconfortável com o tema, recomendo MAIS UMA VEZ, que não leia. E se você for menor de idade, PELO AMOR DE DEUS VOCÊ NÃO DEVERIA ESTAR AQUI. 

Dado os recados, espero que vocês gostem, de coração. Tenho um certo carinho por esses anidala, porque acreditem em mim, esses sofreram! Mas estou aqui para contar a história deles agora e, bem, vocês sabem como funciona: Agora é com o Cupido! 


Até o capítulo um. 

UltraviolênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora