Nascimento da pequena Hope

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Mmmmmmm," chorei quando outra contração me atingiu. Caramba, o bebê só estava planejado para nascer em uma semana.

Sem falar que agora é um momento um pouco delicado, já que a senhora Miller está de repouso em sua casa há alguns dias depois que teve uma parada cardíaca e desmaiou.

Sinceramente eu fiquei mais que feliz quando a mulher me ouviu e resolveu tirar um tempo para descansar. Ela concordou apesar de ter me alertado que os primeiros bebês geralmente vinham antes da hora e que possivelmente eu iria precisar mais cedo dela do que eu estava planejando, e bem obviamente eu sorri com o comentário e ainda me atrevi a dizer que meu bebê era tão preguiçoso quanto eu.

Então a única coisa que eu não queria, era que esse bebê me fizesse pagar com a minha própria língua.

E olha onde estou agora.

Esfreguei a barriga suavemente.

— Pequeno bebê —  sussurrei, — A senhora Miller não está aqui agora. Eu preciso que você fique parado até ela voltar, por favor —

Em resposta, uma mancha molhada se forma sobre o sofá onde eu estava sentado. A bolsa estourou. De imediato isso me assustou, foi tão de repente, agora eu não posso mais adiar isso.

Suspiro sentindo as contrações piorarem, eu preciso ligar para a Sr. Miller no sistema telefônico da casa para que ela possa me ajudar, talvez quem sabe até mesmo me levar para o hospital.

Então rapidamente mesmo com dificuldade caminho até o outro lado da sala, pego o telefone em cima da mesinha e disco o único número já decorado.

— Hey, querido — responde Miller com uma voz sonolenta

— Senhora Miller, me desculpa acordá-la — forçei as sílabas das palavras quando outra contração ocorre.

Resmungo um pouco também, minha voz está trêmula .

— M-meu filho — a mulher parece preocupa agora . Consigo escutar seus passos, imagino que ela esteja se levantando da cama, e depois de alguns segundos posso novamente ouvir a voz gaga da mulher — Você está b-bem ? — Ela pergunta.

E antes que eu possa responder, o bebê chuta forte a placenta e instantaneamente choramingo com a dor .

— Acho que está na hora dessa criaturinha misteriosa sair  — brinco, tentando tranquilizar a mulher, mais falho miseravelmente .

Escuto por alguns minutos passos apresados, a mulher destrancando possivelmente a fechadura da porta, o barulho da bengala batendo no chão também eram ouvidos .

— Abra a porta para mim — Ela pediu depois de um tempo, faço o possível e vou até a porta, chorando a cada passos com as dores .

Assim que abri a porta posso ver o olhar preocupado e cauteloso da senhora Miller. Ela me avalia com cuidado até realmente ver que de fato não estou machucado, aliviando rapidamente seu comportamento de alerta.

— Fiiiilho, vamos — pediu, me oferendo seu braço como apoio, ela então me ajudou o máximo que pode.

Me levando para o corredor adentro e colocando-me deitado na cama do meu quarto.

Me deixe ficar ( Stlaus )Onde histórias criam vida. Descubra agora