Planos errados

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Vicenzo

Eu estava determinado a cumprir a missão de investigar Stiles Stilinski, mesmo que isso significasse ficar na frente da casa do agente como um perseguidor maníaco.

Não era exatamente o que eu esperava fazer com meu tempo, mas a informação que Rebecca obteve era crucial. Ela, claro, fez questão de lembrar a todos que sem ela, nada disso seria possível.

Chegando à residência de Stiles, percebi imediatamente algo estranho. A casa parecia protegida por algum tipo de feitiço de proteção, tornando quase impossível para mim me aproximar sem ser detectado.

Foi frustrante.

Sem muita opção eu liguei para Klaus. Ele atendeu na terceira chamada.

— Klaus — saudei, tentando esconder a frustração em minha voz.

Klaus fez um barulho estranho, como se ainda não tivesse certeza se a ligação estava conectada.

— Vicenzo?

Ele parecia confuso.

Eu não sei como as pessoas ainda têm medo dele. Ele nem sabe como funciona a tecnologia.

— Não consigo entrar na casa de Stiles. Parece estar protegida por algum tipo de feitiço. Se eu entrar, certamente ele saberá que alguém esteve aqui — expliquei, olhando em volta da casa.

Klaus ouviu atentamente do outro lado da linha.

— Continue tentando. Observe ao redor da casa, pode haver algo que possa nos ajudar — sugeriu Klaus.

Pude ouvir um barulho estranho, como se ele estivesse lutando com alguém, mas decidi não perguntar. Klaus já estava nervoso e com raiva por tudo o que estava acontecendo.

Não quero aborrecê-lo mais.

Assenti, mesmo sabendo que ele não poderia me ver.

Comecei a vasculhar o quintal da casa, procurando por qualquer pista que pudesse ser útil. Vasculhei cada canto, cada arbusto, cada objeto deixado ao relento. Foi então que meus olhos se fixaram em algo peculiar: uma bicicleta rosa brilhante jogada perto da entrada da garagem.

Franzi a testa, fazendo a suposição mais óbvia.

— Parece que ele tem uma filha — falei com um sorriso.

Mas antes que Klaus pudesse dar qualquer tipo de ordem, um carro se aproximou da casa, parando lentamente na frente da residência. Fiquei tenso e me escondi rapidamente atrás das vigas da garagem, mantendo-me silencioso enquanto observava.

Uma senhora desceu do banco do motorista, carregando algumas sacolas.

Ela parecia apressada, movendo-se rapidamente em direção à porta da frente. Observei atentamente, tentando capturar cada detalhe.

Enquanto ela se aproximava da porta, uma criança desceu do outro lado do carro e ficou para trás, conversando ao telefone.

Ela era jovem e bonita, com cabelos longos e brilhantes. Notei como ela ria, jogando os cabelos para trás com um gesto gracioso de uma criança inocente.

Suspirei, ainda conectado ao telefone com Klaus, sem conseguir desviar o olhar da cena. A menina parecia feliz.

Eu conseguia ouvir fragmentos da conversa enquanto ela se aproximava.

— Jennifer comprou minhas batatas fritas. Ela também me levou naquela loja de artes, comprei mais tintas azuis para terminar meu quadro do oceano — disse a menina, sua voz carregada de excitação.

Tentei escutar o outro lado da conversa, mas o som era muito baixo. Com minha audição aprimorada, ainda era quase impossível ouvir.

—  ...mal posso esperar para te mostrar, papai! — a menina praticamente gritou, pulando animada no gramado da frente.

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⏰ Última atualização: Jun 20 ⏰

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Me deixe ficar ( Stlaus )Onde histórias criam vida. Descubra agora