Abacaxi

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Ponto de vista - Ace -

Voltei a trabalhar normalmente, recebi um pedido na mesa 7, e lembrei que era a mesma mesa onde o abacaxi imbecil estava sentado, e eu acreditava que ele já havia ido embora, até chegar na mesa e dar de cara com ele, sorrindo que nem idiota pra mim.

Aqui seu pedido, aproveite. - Falei e virei de costas, ia voltar para dentro do estabelecimento mas ele segurou minha mão. -
Sabe, eu nem gosto muito de doces. - Comentou o abacaxi, lambendo os dedos depois de passá-los no chantily do cupcake. - Eu só pedi algo aleatório para ver seu rostinho lindo outra vez. - Ele disse e eu corei, ele realmente sabe deixar alguém envergonhado. - Aliás, Ace é um nome lindo. - O mesmo diz  olhando para seu braço, onde eu anotei meu número e nome com caneta, sorri  inconscientemente. Fiquei com receio de perguntar seu nome, afinal, não queria que parecesse que estou interessado nele, até por que, eu não estou nenhum pouco interessado, mas... resolvi ser ousado.

E qual o seu nome? - Perguntei receoso, me arrependendo logo depois. -
Meu nome é Marco, bebê. - Ele diz com um sorriso. -
Entendi, nome legal. - Boa ace, depois de muito tempo na seca vai se fazer de difícil, ótima ideia, gênio você ein. - Penso comigo mesmo e taquei o fodase, fiquei sozinho por tanto tempo, lembrei da humilhação de ficar de vela nos  jantares de família e sorri maligno. -
Quer sair comigo? sábado. - Digo bem direto, agarrando as oportunidades sempre. -
Eu adoraria, podemos combinar melhor pelo WhatsApp, aposto que você está ocupado agora. - Ele diz e sorri pra mim, sorriso lindo da porra. -

S-sim, eu tô bem ocupado na real, que merda, não era pra ter ficado batendo papo aqui. - Me desespero e volto para dentro do estabelecimento, logo levando uma bronca de bonney e depois um olhar malicioso, ela é a maior fofoqueira da cidade, óbvio que me viu com o abacaxi bonitão. -

Depois do expediente tem o horário de almoço, resolvo almoçar por lá mesmo, à tarde o café era mais vazio então foi bem tranquilo, quando o café fechou eu ia andando para a parada de ônibus, mas logo vejo um carro super chique parando em frente a cafeteria, quando o vidro do carro baixa, eu vejo quem eu menos - ou mais - queria ver no momento, o abacaxi gostoso do café, sim, eu já inventei vários nomes para o meu futuro namorado que vai me fazer parar de ser alvo de humilhação, adeus vida de encalhado, será se sou iludido demais?

Olá docinho, quer uma carona? - Ele perguntou sorrindo, que merda de sorriso era aquele? era fodidamente lindo mas parecia que ele queria sempre me provocar. -
Não precisa, valeu. - Olha eu aí tentando me fazer de difícil novamente, acho que sou burro mesmo. -
Vamos bebê, melhor que ir em um ônibus lotado. - Ele tem um ponto, mas eu não queria me entregar tão fácil. -
Eu não confio em você, nem te conheço direito, e se você me sequestrar? - Perguntei e ele me olhou pensativo. -
Você tem razão, não nos conhecemos ainda, mas a gente podia se conhecer melhor, né amor? afinal, futuramente vamos nos casar. - Ah pronto, achei alguém mais iludido que eu, pelo menos não tô sozinho nessa. -
Ok, eu vou, mas se você tentar me estuprar eu chuto suas bolas e raspo esse seu cabelo de abacaxi. - Ameacei, e ele riu da minha cara, cretino. -
Relaxa, eu nunca faria nada contra a sua vontade.. Senta aí. - O abacaxi diz batendo no banco ao lado dele, eu sentei e ia orientando ele sobre o caminho da minha casa, chegando lá vejo o Sabo, que merda, ele tinha que chegar logo no mesmo horário que eu? ele vai fazer um monte de pergunta idiota por me ver nesse carro chique. -

Quem é aquele que olhou 'pra cá e entrou na sua casa? seu namorado? - Ele pergunta e eu faço uma careta, nunca namoraria com o meu irmão, sou estranho mas nem tanto né. -
Claro que não, imbecil. - Digo em um tom de voz irritado. - Faz uns 5 anos que eu não namoro e, aquele é meu irmão. -
5 anos que não namora? acho que cheguei 'pra mudar isso. - Ele diz e eu coro, não seria uma má ideia, do  nada me vem uma brilhante ideia na minha cabeça, sou um gênio. - Você tem mais irmãos? - Ele me pergunta me tirando dos meus pensamentos diabólicos. -
Ah sim, tem o meu irmão mais novo, luffy, ele é um amorzinho mas ultimamente tá muito chato por que só fala do namorado que ele conheceu lá no Canadá, ele está lá fazendo intercâmbio, sinceramente... todos os meus irmãos resolveram começar a namorar agora, não aguento mais ficar de vela. - Olha eu aí falando mais do que devia, ele só me perguntou sobre meus irmãos, não sobre minha vida amorosa. -
Puts, pior que eu entendo bem como se sente, minha família e amigos já estão começando a me zoar por esse motivo também, dizem que eu tô ficando velho e logo logo não vou mais ter chance de arrumar ninguém. - Ele diz e depois sorri, que papo é esse? velho? puta merda, será se to me envolvendo com um velho pedófilo sequestrador de criancinhas inocentes? - Quantos anos você tem? - Perguntei, por medo mesmo. -
32.- Ele respondeu meio sem graça, parecia que tinha vergonha da idade. -
Relaxa, eu tenho 27, você não 'tá ficando velho não. - Eu disse e ele sorriu, sorrisão lindo e perfeito. - Marco...- O chamei, lembrando do meu plano infalível. -
Sim? - Perguntou meio confuso, acho que ele tava me olhando com cara de bobo de novo. -
Já que você também 'tá encalhado... que tal a gente fingir ser um casal? assim ninguém mais vai pegar no nosso pé. - Sorri vitorioso, era um plano perfeito. -
Pra que fingir? a gente pode fazer acontecer, né? - Ele perguntou e eu corei, ele veio se aproximando mais de mim e eu saquei tudo, ele queria me beijar logo de cara, abacaxi sem vergonha. Se bem que... a gente podia fazer acontecer mesmo né? não custa nada tentar, eu realmente não tenho nada a perder. Com esses pensamentos eu apenas quero deixar rolar, deixo ele se aproximar mais e mais, ele me olhava nos olhos, ele segurou minha cintura e colou nossos lábios, eu o retribui na mesma intensidade, pedi passagem com a língua que foi concedida, nossas línguas travavam uma batalha por espaço, segurei o rosto dele e aprofundei ainda mais o beijo, ele era realmente habilidoso, a falta de ar se faz presente e nos separamos, ambos ofegantes, ele me olhava nos olhos.

Está vendo? nem foi tão ruim assim, né bebê? - A verdade é que foi bom pra caralho, mas eu nunca admitiria. -
Sua boca tem gosto de abacaxi, que ironia. - Digo e depois dou uma risada, ele me olha pensativo. -
Acho que é por que comi um abacaxi hoje à tarde. - Comentou. -
Canibal. - Eu disse e logo depois ri da minha própria fala, ele me olha confuso. - Esquece, preciso entrar, se não meu irmão vai achar que eu e você estamos fazendo coisas à mais aqui no carro. - Digo abrindo a porta do carro. -
Não seria ruim. - O abacaxi sorri travesso e eu reviro os olhos. - Até mais. - Digo e fecho a porta do carro, nem deu tempo de ouvir o que ele disse, abro a porta de casa e vejo que o Sabo estava nos espionando pela janela da frente. -

Você tava espionando a gente? - Pergunto meio bravo. -
N-não, nada haver. - Sabo diz desesperado. - Quem era aquele cara rico? - Perguntou cruzando os braços e sorrindo malicioso. -
Um abacaxi que eu esbarrei lá no café e ele meio que ficou dando em cima de mim e do nada ele apareceu com esse carro chique e pediu meu número e o carro dele é muito abacaxi e o cabelo dele é lindo. - Falei tudo bem rápido, atropelando as palavras. -
O carro dele é muito abacaxi? - Sabo riu do jeito nervoso que eu falava, foram muitas emoções para um dia só. -
Eu chamei ele pra sair. - Eu disse e Sabo me olhou surpreso. -
Finalmente vai desencalhar, nunca vi você tomar tanta atitude na minha vida. - Sabo riu e eu o olhei irritado, eu não estou encalhado. -
Eu beijei ele. - Eu disse simplista e Sabo comemorava, meu Deus, até parece que eu tinha acabado de ganhar na loteria. - Mas não sei se vou investir nele. - É claro que vou, estou aceitando qualquer coisa. -
Vai sim, idiota. - Sabo diz em um tom brincalhão. - Vai tomar banho, enquanto eu faço o jantar pra nós. - Ele disse e eu fui para o meu quarto, onde tem um banheiro, eu estava realmente precisando de um bom banho. -

Depois do banho eu percebo que nem havia visto meu celular desde que cheguei, pego o celular e vejo umas mensagens de luffy e de um número desconhecido, será que devo olhar ou só bloquear logo de cara? vai que querem clonar meu cartão.

Olá, fiz o segundo cap meio que na pressa pois irei sair, desculpe qualquer erro, espero que gostem, provavelmente irei postar um cap por dia, ou por semana, dependendo da minha situação.

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