Irmãozinho

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Ponto de vista - Ace -

Acordo em uma cama diferente, lugar diferente, olho para o lado e vejo o abacaxi, dormindo ao meu lado tranquilamente. Me lembrei da noite anterior, noite maravilhosa, sorri inconscientemente, mas meu brilho sumiu quando lembrei que tinha que trabalhar, olhei o celular e suspiro aliviado ao ver que ainda são 5:00 da manhã, mas vejo 47 chamadas perdidas do Sabo, que merda, eu avisei à ele que dormiria fora. Decido não retornar a chamada, quando chegar em casa eu me explico. De repente Marco acorda, seu cabelo de abacaxi completamente bagunçado.

Do que está rindo, baby? - Ele me perguntou enquanto esfregava os olhos. -
Seu cabelo tá todo bagunçado. - Eu ri alto, e ele me olhou com raiva. -
Quer tomar café aqui? - Ele pergunta me olhando. -
Não, relaxa, eu vou me vestir e ir agora mesmo, meu irmão é como se fosse minha mãe e tá super preocupado, mesmo eu tendo avisado à esse idiota que iria dormir fora. - Expliquei me levantando da cama. -
Entendi.. não esqueça que depois de amanhã é o nosso encontro. - Ele diz e depois sorri. -
Não irei esquecer, tenho que ir. - Terminei de me vestir e ele me olhou confuso. -
Pra que a pressa? - Perguntou. -
Preciso trabalhar e, meu irmão fica uma fera quando eu não atendo as ligações dele. - Eu disse e ele riu. -
Ok baby, Até depois. - Ele ia me beijar e eu me afasto. -
O que foi? - Ele perguntou preocupado. - Eu não sei.. eu tenho medo de você me magoar, a gente mal se conhece e, estamos tendo.. algo!? Eu não sei, mas me sinto bem com você, e se isso não for acabar em nada eu prefiro não me magoar. - Eu falei sincero, tenho pesadelos até hoje com meu antigo relacionamento. -
Ace, eu quero te conhecer melhor, quero saber quem você é de verdade, quero ser seu amigo, quero ser seu companheiro, se isso vai dar em algo ou não, isso a gente não sabe ainda, mas eu realmente espero que sim! - Ele me diz com um sorriso lindo. -
Tem razão, eu estou sendo precipitado de mais... também quero te conhecer, quero conquistar sua confiança e poder confiar completamente em você, eu sinto que vale a pena então, vamos tentar, vamos com calma. - Eu disse e o abracei, o abraço dele sempre me conforta, é maravilhoso. - Agora eu vou indo, meu bem. - Eu disse e depositei um selinho em seus lábios, o deixando corado. -

Sai da casa dele e fui em direção à minha, não era tão longe, ainda não tinha amanhecido completamente, mas eu precisava chegar logo. Chegando lá, abro a porta e dou de cara com Sabo dormindo no sofá, tadinho, ele deve ter me esperado a noite toda, é realmente um irmão coruja.

Ei Sabo, eu voltei. - Disse cutucando o mesmo, e ele acordou, esfregou os olhos e me olhou irritado, fudeu. -
Mas que merda, Ace. - Esbravejou - Onde você tava!? - Ele perguntou aumentando o tom de voz, que medo. -
Ah, eu fui dormir na casa do Marco... - Eu disse disviando o olhar envergonhado. -
E por que não me avisou que estava lá? - Ele questiona me olhando nos olhos. -
Eu mandei uma mensagem avisando, e você vizualizou, ué! - Retruquei e ele me olha com mais raiva ainda. -
"Vou dormir fora hoje, volto só amanhã" Realmente, ace, avisou direitinho, não me deixou nada preocupado. - Disse em um tom debochado, aos 27 anos eu vou levar bronca por dormir fora, sério isso? - E o pior de tudo, foi pra casa de um completo desconhecido. - Ele diz e agora quem se irrita sou eu, o Marco não é um desconhecido... bem, talvez ele seja. -
Eu tô conhecendo ele melhor, não foi você quem disse que queria que eu desencalhasse? - Perguntei e ele suspira. -
Tudo bem, fico feliz que você tenha encontrado alguém legal, mas da próxima vez me avise direito, eu me preocupo. - Ele disse e depois sorri, a raiva já passou? -
Tudo bem, mamãe. - Falei e ele riu, olhei para o relógio e ainda era 5:40, eu ainda tinha tempo. -
Vou preparar o café, vai se trocar. - Ele disse e eu aceno positivamente com a cabeça, logo depois adentrando no meu quarto. -

Depois que me troco e tomo café, faço minha higiene pessoal e assisto TV, afinal, faltava 30 min para eu ir para o trabalho. O tempo passa e eu entro no carro de Sabo para ir para o trabalho, ele me deixa lá e vai para a empresa onde ele trabalhava também, que não ficava muito longe dali. Hoje tava mais calmo, tinha pouca gente, até estranhei, no meu horário de almoço eu vou com bonney para um restaurante próximo, agora eu entendi o motivo do fraco movimento no café, havia inaugurado uma nova cafeteria, com melhores opções e preços mais acessíveis, estou com medo de perder meu emprego que eu mal consegui. À tarde o movimento foi fraco novamente, a senhorita Robin está triste, pois, se continuar assim ela terá que demitir funcionários. Sabo me enviou uma mensagem pedindo para que eu voltasse de casa de ônibus, ele tinha muito trabalho e ia sair mais tarde, chegando em casa, antes de abrir a porta, escuto vozes, duas pessoas conversando, será que é sintomas de falta de amor? será se eu tô ficando doido por estar tanto tempo sozinho?

Se tiver algum demônio aí dentro, eu mato esse arrombado, eu não tenho medo de você! - Destranco a porta e dou um chute, deixando Luffy e um cara tatuado surpresos. -
ACEEEEE! - Luffy diz e pula encima de mim, nem tive tempo para reagir, ele me abraçou forte e começou a chorar. -
Que saudades, maninho. - Digo o apertando ainda mais no abraço. -
Eu também senti sua falta... Cadê o Sabo? - Perguntou. -
Ah, ele vai voltar mais tarde do trabalho, parece que tem muita coisa pra ele fazer hoje lá. -
Tendi. Ace, esse é o tral, meu namorado que eu te falei. - Ele diz apontando para o indivíduo, meu irmão só gosta de gente estranha. -
Prazer em te conhecer, tral. - Digo apertando a mão dele, não fui muito com a cara dele, ele parece um traficante, mas, não devemos julgar pela aparência, né? -
O prazer é meu, Ace. - Ele diz com um sorriso fraco. -
E então, como você conheceu meu irmão? ama ele? quantos anos você tem? qual sua terra Natal? você tem pais? qual o emprego deles? como você se formou? você ganha muito? tem uma boa estabilidade financeira? e psicológica? pretende cuidar do meu irmãozinho? você quer algo serio ou está só brincando com os sentimentos dele? - Sim, preparei um interrogatório, estava esperando muito por essa dia.-
Ace, pra que isso? ele me ama, e eu amo ele, isso é tudo. - Luffy diz e eu não me convence nenhum pouco disso. -
T-tudo bem, lu. É bom para que ele me conheça melhor. - O desgraçado sorri forçado, não gostei dele. - Bem, eu conheci o Lu na faculdade, ele veio falar comigo no intervalo, disse que eu era calado demais, com o tempo nos fomos nós conhecendo melhor, nos tornamos amigos e, esse sentimento evoluiu cada vez mais. - Disse corado, até que ele não parece uma má pessoa. - E sim, eu o amo mais que tudo. - Ele diz e o luffy o olha bobo, ah pronto, outro casal de boiolas nessa casa. - Eu tenho 26 anos e eu nasci em um vilarejo bem longe, mas ele foi destruído por uma doença não restou muita gente viva lá, no fim todo mundo foi embora, inclusive eu... - Ele disse e eu fiquei chocado, coitado, nunca poderia imaginar um lugar que acabasse assim, por causa de uma doença. - Sim, eu tenho pai, mas minha mãe morreu quando eu tinha 6 anos, o emprego do meu pai é o mesmo que o meu, ele é um cirurgião muito famoso, e eu me inspirei nele para alcançar meus objetivos. - Ele diz sorrindo, e luffy olha pra ele admirado, como se tivesse orgulho desse traficante de órgãos. - Eu me formei estudando muito, hoje em dia ganho até 40 mil por mês. - Caralho, meu irmão tá feito na vida. - Eu sei cuidar bem do meu dinheiro e, não se preocupe, eu cuidarei muito bem de luffy-ya, farei dele o homem mais feliz do mundo. - Fofo vai, mas me dá um pouco de inveja também, queria ser amado assim também. - Quero algo sério, como um casamento por exemplo. - Ele diz e os olhos de luffy brilham. -

Está bem, vocês ainda são novos para casar. Passou no meu teste, Law, está aprovado para ficar com meu irmão. - Eu digo e luffy me abraça rindo. -
Uhul, podemos casar agora, tral! - Luffy diz comemorando. - Ace, ce tá muito de bom humor, tá namorando? - Luffy pergunta. - Eu tô só conhecendo um abacaxi. - Falei e o luffy me olhou confuso. -
Um abacaxi? - Ele pergunta e eu pego meu celular e mostro uma foto de marco para luffy. - Eita, o cabelo dele é igual o de um abacaxi. - Luffy e Law riram. -
O sorriso dele é tão bonito, né? - Sorri ao lembrar da noite passada, foi com certeza uma das melhores da minha vida. -
Ace, você tá apaixonado, shishishishi. - Luffy riu, o que ele pensa que está falando? é óbvio que eu não estou apaixonado -
Não tô não, eu e ele estamos apenas nos- Eu ia completar a frase, mas escuto alguém bater na porta. - Deve ser o sabo. - Digo e luffy da pulinho de alegria. Abro a porta e sabo entra, não deu nem tempo dele falar algo, Luffy já o abraçou.

L-luffy?? - Sabo perguntou, retribuindo o abraço do irmão. -
Não, Pablo vittar. - Debochou e todos riram. -
Por que não avisou que viria e, quem é esse? - Apontou para o traficante tatuado. -
Eu não avisei por que queria fazer uma surpresa e, o tral é meu namorado! - Luffy diz animado. -
Ah, entendo. Prazer em te conhecer, namorado do luffy. - Sabo diz com um sorriso -
O prazer é todo meu. - O traficante responde, até que ele é educado. -
Ele já foi aprovado por mim, não se preocupe. - Eu disse e Sabo riu. -
Alguém aí gostaria de me ajudar com o jantar? - Sabo pergunta, e os olhos de luffy brilham, eu sabia que ia dar merda, luffy só presta pra comer a comida, mas pra cozinhar não. No fim o jantar queimou, pedimos comida por delivery, antes de dormir conversei com o abacaxi, depois de amanhã será o nosso encontro, confesso que estou ansioso, mas, ainda assim, sinto um certo medo.

Oii, esse cap foi meio sem graça, não tive ânimo pra fazer e nem criatividade, prometo que o de amanhã vai ser melhor.









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