Pov. Peeta
- Mamã, mamã.
Eu segurava uma Willow agitada, que se erguia em meus braços falando sua primeira, e até agora única, palavra ao avistar Katniss, que estendia os braços, sorrindo
- Já vai, já vai
Katniss desabotoava a camisa depressa, mas Willow estava com fome, choramingava e tentava ajudar a mãe.
- Aqui está, pequena - disse Katniss, colocando o aumentado seio para fora.
Desviei os olhos, não podia ficar babando assim, era apenas uma mãe alimentando a filha, não era nada sensual.
Mas era. Ultimamente nossos momentos eram tão poucos, roubados. Willow tinha um timing perfeito, chorava sempre que eu estava dentro de Katniss.
Foi o que aconteceu noite passada, Katniss foi atender a filha e não voltou, depois vi que estava dormindo na pequena cama de campanha que ficava no quartinho dela, deitada de lado com o seio para fora, e Willow dormia com o mamilo da mãe na boca. Embora a cena tenha me emocionado, fiquei com inveja. Era eu quem queria ter dormido com o mamilo de Katniss na boca.
- Você já está pronto?
A voz de Katniss me tirou do meu desamparo e eu acenei em resposta. Tudo pronto. Malas no carro, lanchinho a postos, casacos separados. Estávamos indo para a tal consagração das medalhas. Dezesseis anos de revolução. Katniss conseguiu me convencer, mas foi preciso me prometer que não ficaria sozinha com Gale, jamais.
Ainda não conseguia acreditar no que ele havia feito. Eram amigos de infância, companheiros de batalha, eu via um homem de muita dignidade ali, mas estava enganado. Bom, não era a primeira vez, Delly não havia feito a mesma coisa? Ela não havia me assediado, mas mentiu e manipulou. Sacudi a cabeça para me livrar desses horríveis lembranças, decidi me concentrar no amável cenário à minha frente. Eu tinha uma família completa agora. E embora nunca tivesse ansiado por um filho, depois que Willow nasceu eu descobri que ela calou uma vontade desconhecida e enorme, que ela nos completava.
{...}
- Toda vez que entro nesse trem, eu juro ser a última viagem - eu disse, olhando para a paisagem escura que passava rápido pela janela.
- E nunca é - Katniss me abraçava pelas costas e apoiou a cabeça em meu ombro.
Estávamos de volta à cabine suntuosa. A capital parecia pensar que era de bom tom mandar o mesmo trem que pegamos há tantos anos.
Nosso quarto tinha agora um acréscimo, um pequeno berço no canto onde Willow dormia.
Eu me virei para minha linda esposa. Esses anos só lhe fizeram bem. Seus olhos tinham pequenas rugas nos cantos, que mostravam como tinha sorrido esses quinze anos. Sua boca também tinha pequenos vincos nas laterais, que eram uma delícia de beijar. Sua pele ficou ainda mais morena e firme e ela estava mais arredondada, mesmo que ainda fosse bem magra. Os seios cheios de leite, avolumavam sua blusa e eu me virei para abraçá-la. Não havíamos dormido nada na noite anterior, a primeira no trem. O passado estava nos rodeando e ficamos assustados. Apertei sua fina cintura, meus polegares roçando as laterais dos seus seios, desejosos, e eu encostei minha boca da dela e bumm, de repente eu era um adolescente de novo, beijando-a pela primeira vez na caverna, achando que ia morrer de felicidade. Ela deu um pequeno gemido, que me pinçou o estômago, ficou na ponta dos pés, agarrou meu cabelo e colou seu corpo no meu. Eu a apertei mais e desci minhas mãos para sua bunda, por debaixo do vestido.
- Katniss, pode conversar? Opa.
Larguei Katniss com um gemido de desapontamento e me virei para a janela de novo, para tentar esconder minha ereção.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amor com Amor se paga - Petniss
Ficción GeneralDepois da revolução, acompanhamos Katniss e Peeta lentamente se reerguendo, deixando seus traumas para trás e reconhecendo a si próprios, numa jornada de autoaceitação e perdão. História também no Spirit. #1 na Tag Jogos Vorazes # 1 na Tag Petniss "...