Os corpos colados e o suor que escorria por estes entregava o que faziam antes ali no quarto da mulher.
O contato visual que permanecia ali enquanto acariciavam um ao outro de forma carinhosa e apaixonada.
-Hyunjin, eu preciso te contar algo importante. - Sentou -se na cama não conseguiria contar aquilo olhando em seus olhos, a meses escondeu o passado de Hyunjin, o qual confiava em sua palavra quando disseste que o ajudaria.
-Hum? . -Sentou-se puxando a mulher para um abraço deitando novamente, colados.
O que sentia era algo estranho, parecia tão fácil em sua cabeça, imaginara tantas vezes e decorou uma confissão, mas agora sentia medo, culpa, sentia seu coração disparar e a tensão tomar conta de seu corpo nu e quente, a dor no peito estava cada vez mais aparente, tudo cooperava pra que desistisse, mas prometeu a si mesma que não deveria hesitar novamente e perder a chance de dizer a Hyun a verdade, sobre o que realmente eram, sentia como se estivesse usufruindo do novo "eu" de Hyunjin.
Respirou fundo, contou até três mentalmente enganando a si mesma que estava pronta, isso te deixava mais tranquila de certa forma.
-Me desculpa. -Ditou primeiro sentindo a coragem ir embora.
-Pelo que? . -Sentia as mãos de seu amado acariciar suas madeixas de cabelo.
Começou a contar uma história, como se não fosse a deles e sim uma história infantil como chapeuzinho vermelho, o lobo era com toda certeza a mãe deste.
O corpo do homem se afastava gentilmente.
Viu as mãos trêmulas deste e a segurou deixando um carinho com seus dedos, ver as lágrimas caindo de seus olhos fez com que seu coração doesse, não é pra pouco.
Descobrir que sua mãe forjou um acidente e sua morte seria um baque pra qualquer filho.
Era como uma facada direta no coração pra Hyunjin, sentia -se traído por quem mais confiava, sentia -se perdido.
Era como estar em um filme de ação seguido por traficantes que queriam te matar por algum motivo besta, como se ficasse sem saída e fosse apunhalado pelas costas.
Uma...duas...três facadas no peito.
Sentia -se como uma criança que acreditava na mãe quando dizia "Na volta a gente compra"
-Jieun? Por que minha mãe faria isso? . -gritou, seu olhar era de súplica, apenas com ele pedia pra que Jieun dissesse logo que era apenas uma brincadeira, mesmo que de mal gosto, então, soltou a mão da mulher de forma bruta.
Se aproximou segurando em seu rosto, este que já estava cheio de lágrimas, feição de culpa, começou com um toque gentil mas logo apertou as bochechas da mesma e soltou.
Bagunçou assim os próprios cabelos em um ato nervoso.
Sentia a dor invadindo cada vez mais seu peito.
-O que íamos fazer naquela noite quando iríamos nos encontrar? . -Disse em um tom baixo, tentando se acalmar.
-E..eu ia...te pedir em namoro. -O homem sorriu minimamente. -Me desculpa por te fazer passar por isso. - o homem a olhou ainda atordoado com tanta coisa que descobriu.
-Você não tem culpa. -Abraçou a morena com carinho e deixou que as lágrimas caíssem lentamente.
Ficaram ali por tanto tempo, o calor dos corpos entrelaçados dissipou a dor de ambos por minutos, o mundo lá fora não era tão importante quanto aquele momento, aquele abraço apertado era capaz de curar onde doía, não por completo, mas o suficiente pra que a tristeza já não fosse maior que a alegria, não era apenas paixão, amor ou desejo, era carinho, era amizade.