É um prêmio...

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— Tia, o que isso significa? - olho para tia Katha e ela está com o olhar fixo no pequeno papel

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— Tia, o que isso significa? - olho para tia Katha e ela está com o olhar fixo no pequeno papel.

Assim que minha tia percebe que estou encarando, ela pisca os olhos e se recompõe. Olho para todos na lanchonete e alguns saem tão desesperados que até esquecem de pagar o que consumiram - ou ao menos prefiro pensar que foi isso - e outros se aconchegam no banco novamente apenas para respirar. Retorno meu olhar à minha tia.

— Não entendi também, e não me interessa entender. -Ela diz ríspida, dobrando e guardando o papel no bolso do avental branco.

Depois disso minha tia ajudou os clientes que restaram e fez questão de que não fosse cobrado nenhum valor deles, pois foi apenas um imprevisto infeliz e ninguém tinha culpa. Alguns até se ofereceram como testemunha para a polícia, mas tia Katha não quis nem mencionar polícia, com a desculpa que "se soubessem eles voltariam e poderiam fazer pior".

 Todos os funcionários se juntaram para arrumar a lanchonete e fomos liberados mais cedo -muito mais cedo.

— Vem Anna, te acompanho até em casa. Assim que sua mãe souber ela vai ficar louca, preciso te ajudar com isso. - Disse enquanto trancava a porta da lanchonete e riu.

— Fica tranquila, tia. Não estava nos meus planos contar pra minha mãe, ela com certeza ficaria insegura de me deixar vir amanhã... - Eu disse, esperando que minha tia me entendesse. Enquanto isso já entrávamos no carro dela.

— Desculpe Anna, mas isso não é algo que eu esconderia dela. Eu posso contar, fica tranquila. -Ela disse e eu concordei, mesmo sabendo que possivelmente minha mãe faria um belo de um drama. — E quanto ao Drake? Vai contar? -Disse se referindo ao meu namorado. Pois é.

— Não acho que é relevante, mas se me vier à tona... acho que sim. Afinal já aconteceu, ele não poderia fazer mais nada. E também deixei meu celular em casa. - Minha tia concordou com a cabeça e seguimos de carro até em casa. Foi um caminho curto e silencioso, nenhuma de nós disse mais nada.

Drake é meu namorado há alguns meses, ele é um homem muito bonito. Tem 22 anos, faz faculdade de direito e gosta muito de cuidar do corpo. Ele tem tudo pra ser irresistível, e ele é.

Assim que chegamos em casa, antes de sair do carro, chamei a atenção da minha tia.

— Tia Katha? - ela me olhou. — Como ele sabia seu nome? Ou melhor, por que ele sabia seu nome? E também sabia meu sobrenome... - Perguntei e senti ela pensar um pouco antes de responder. — Quanto aquele homem chegou perto ele mencionou "Folley".

— Eu não sei, Anna... Pode ser que tenham pesquisado o Le Caffet antes de assaltar? Está no meu nome. - Ela disse em tom retórico, acho que foi mais para me convencer.

— Mas não tenho seu sobrenome e em um assalto eles levariam dinheiro e coisas de valor, não levaram nada. Apenas... Passaram por lá. -Novamente questionei e ela bufou, um pouco irritada creio eu.

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