Dão razões para morrer.

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Aria e eu seguíamos por entre as matas na região da casa

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Aria e eu seguíamos por entre as matas na região da casa. Ela não me explicou nada do que estava acontecendo e eu também não me atrevi a perguntar. Quer dizer... Ela estava com os olhos escuros, pupilas dilatadas, ofegante e com uma bela arma na mão. Eu não seria idiota, não agora.

— Ei, Aria... É, acho que me cortei. — Olhei para meu tornozelo e tinha um pequeno rastro de sangue por ali. Ela me olhou e acompanhou meu olhar. Sua feição que estava atenta agora também continha preocupação. 

Ela se abaixou e deixou uma das suas pernas elevadas, insinuando que eu colocasse meu pé apoiado no seu joelho e assim o fiz.

Ela rasgou um pedaço da barra da camiseta regata que vestia e começou a limpar o ferimento.

— Como isso aconteceu? — Ela dizia enquanto limpava o rastro de sangue.

— Eu não sei, na verdade só fui sentir agora. — Eu via sua dificuldade em limpar o sangue, pois boa parte já estava um pouco seca.

— Não é um ferimento grande e não estamos andando a muito tempo, só saiu sangue pela movimentação. — Abaixei meus pés e ela se levantou assim que terminou de "examinar". — Tome cuidado com os galhos.

— Aria... Você trabalha com eles? — Perguntei e percebi ela hesitar alguns segundos antes de me responder.

— Podemos dizer que sim. — Ela continuou o caminho que estava fazendo.

Reconheci uma árvore me fazendo perceber que já tínhamos passado por esse mesmo caminho.

— Já passamos por aqui. — Ela só me olhou e assentiu. — Por que me tirou daquele jeito de lá?

— Eu estou para te proteger e foi o que eu fiz. — Ela parou agora de frente pra mim com os braços cruzados.

— Joe quem te pediu? Pra me proteger? — Ela só assentiu novamente. — Por que ele quer me proteger tanto assim? Eu nunca o vi na vida. Não sei pra você, mas pra mim não faz nenhum sentido. — Sustentei meu peso em uma perto e estiquei a outra, esperando que ela me desse uma luz.

— Ele não quer errar com você. — Ela é bem direta, mas ao mesmo tempo é vaga. 

— Ele não me deve nada. Ele só precisa me deixar ir, nós já estamos casados. — Bufei irritada e comecei a andar, mas parei no instante que percebi que Aria não vinha comigo.

— Ele não deve a você, mas deve a outra pessoa. Só aceite a ajuda dele, não vai durar para o resto da sua vida.

Eu estava frustrada, todos estavam me tratando como se eu fosse uma criança idiota e indefesa. Eu não sou.

— Quem era lá na casa? 

Ela desviou o olhar e logo depois fixou ele na árvore ao nosso lado.

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