Capítulo 3

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Severus estava mais uma noite sozinho em casa, Sirius teve que ir a uma reunião dos Aurores com James no ministério, e apesar de que o normal era ele ir fazer companhia para Remus e Harry; mas depois dos últimos acontecimentos ele não queria chatear ainda mais o menino, falando que ele ainda não podia ver o dragãozinho dele.

Harry estava sendo um bom menino, se comportando e tentando entender o que os adultos explicavam pra ele, mas Severus era muito mole pro menino, e sabia que ele estava ficando chateado e não queria ver seu afilhado sofrendo, então acabou sozinho na casa gigantesca que ganhou dos sogros de presente de noivado.

Ele estava deitado no sofá da sala de estar, quando um pavão brilhou e caminhou até ele, ele podia reconhecer de qualquer lugar e odiava estar recebendo ele, Lucius não era o tipo de pessoa que enviava patronos para dar boas notícias.

"Estamos nos mudando para o hospital, tanto Narcisa quanto o bebê pioraram, vão precisar ser internados."

Severus não precisou que Lucius falasse que precisava dele lá, no momento em que a mensagem acabou e o pavão sumiu, ele já estava de pé e correndo para a ante sala e pegando o primeiro casaco que encontrou, que novamente era um sobretudo do marido e correu para a lareira, passando para o hospital.

Assim que Severus chegou no hospital, não teve dificuldade de encontrar o quarto privado da família Malfoy, mas ele não precisou ir muito longe e entrar no cômodo, porque Lucius estava parado do lado de fora da sala e parecendo tão devastado que ele soube que no tempo entre o patrono e ele chegar ali, Narcisa tinha falecido.

— Cadê ele? Cadê Draconius? -Severus escolheu ir pelo que parecia mais suave, não querendo mexer em uma ferida que ainda estava sangrando.

— Ela morreu, eu falei que ela não deveria seguir em frente com a gravidez, que não precisávamos de um herdeiro se isso fosse me fazer perder ela, mas ela queria um filho. -Lucius falou sendo cada centímetro do homem devastado que ele parecia.

— E o filho de vocês é perfeito, ela o amou intensamente. -o moreno falou se aproximando mais e vendo que o quarto só tinha um berço mágico ali dentro.

— Mas ele matou ela, eu não posso lidar com isso. -o loiro falou evitando olhar para dentro do quarto, e jurando não olhar para dentro do berço

— Lucius, o que você vai fazer? -Severus perguntou ficando sério, ele tinha medo daquela resposta.

— Eu não posso ficar com ele, ele é a cara do grande amor da minha vida, eu amo ele, mas sei que se ficar comigo, em um momento eu vou me desviar e então vou querer punir ele por me tirar ela e eu não quero isso pra ele. -Lucius falou deixando lágrimas escorrerem pelo seu rosto, era a primeira vez que ele chorava desde que tudo tinha começado a meses.

— Lucius, podemos dar um jeito. -o moreno falou começando a chorar também, com medo do que podia acontecer com o seu dragãozinho.

— Cuide bem do nosso bebê, ele agora é seu. Eu, Lucius Abraxas Malfoy, Lord da Antiga e prestigiada família Malfoy, retiro Draconius Lucius Black-Malfoy da linhagem familiar e entrego ele a Severus Tobias Prince-Black, Lord da Antiga e prestigiada família Prince; essa é a minha vontade, assim seja. -Lucius falou chorando, sem se importar que alguém pudesse ver aquele momento, ele só queria fugir e se esconder e entregar seu filho para alguém que fosse amar ele.

— Eu vou amar ele e proteger ele com todo o meu coração e a minha magia. Eu, Severus Tobias Prince-Black, Lord da Antiga e prestigiada família Prince e Consorte da Antiga e prestigiada família Black, aceito Draconius Lucius Black-Malfoy a família e a minha magia, como meu primeiro e único herdeiro e filho; essa é a minha vontade, assim seja, por toda a eternidade. -Severus falou chorando, mas se sentindo mais feliz do imaginava ser possível ao sentir o link de ligação entre ele e o seu dragãozinho.

Lucius sorriu, vendo o sorriso no amigo ao sentir o que ele imaginava ser o link com o seu novo filho e ele sabia melhor que ninguém o quão boa era a sensação, mesmo que para ele o sentimento bom só tivesse durado um curto período de tempo; então ele virou as costas e saiu, não pretendendo voltar.

Severus pensou por um momento em como seguir no momento, ele sabia que deveria ver o filho, mas também avisar o marido e chamar uma equipe para ver se a mudança de família não fez mal pro bebe.

— Eu quero abrir o quarto privativo da família Prince e mover meu filho pra lá. -Severus falou assim que chegou na recepção daquele andar, escolhendo começar pela saúde do filho.

— Sinto muito, a família Prince não tem herdeiros no momento, não posso fazer a abertura. -a bruxa que estava sentado no posto de recepção falou sem mover o olhar dos pergaminhos em que estava olhando.

— Eu tenho o anel de Lord, eu quero fazer a abertura e mover meu herdeiro pra lá. -o moreno falou começando a perder a paciência com aquela mulher.

— Estique a mão e deixe pingar uma gota de sangue nos papéis. -a bruxa falou bufando, entregando um pergaminho e esperando que fosse somente mais um mentiroso querendo o poder de outras famílias.

Mas para a surpresa dela, o pergaminho brilhou em dourado e informações começaram a aparecer nele, fazendo ela no mesmo momento entender que estava realmente falando com um Lord e ela não tinha tratado ele e o seu herdeiro com o devido respeito que era esperado.

— Sinto muito, as alas já estão sendo abertas Lord Prince-Black, e estamos convocando a melhor equipe do hospital para tratar do seu herdeiro, eles estão levando ele nesse momento para a nova ala.

Severus observou com atenção uma equipe vestida com um uniforme com o brasão da família Prince, eles levaram seu dragãozinho para a nova ala, muito maior e mais antiga que as do Malfoy. Onde ele foi trocado de berço mágico vestido com novas roupinhas, e médico com poções administradas sobre total atenção do pai, que observou tudo parado ao lado do berço vendo o quão bonzinho seu filho era, que nem mesmo chorou com todas as pessoas a sua volta, mexendo com ele ou a magia que estava em volta dele.

Demorou um pouco para ele ficar sozinho na sua ala, mas assim que todos saíram, deixando claro que estavam a um chamado de distância.

Severus respirou fundo, e entre as lágrimas tentou pensar nas suas lembranças mais felizes antes de erguer sua varinha e conjurar o seu patrono; seu patrono era um cachorro idêntico ao animago do marido, mas pra surpresa dele o cachorro deu uma volta no quarto antes de parar em frente ao bruxo e se sacudindo por um momento, mudar de forma para um filhote de dragão.

— Vá para o meu marido, diga que eu estou nos quartos privativos, na ala da família Prince no hospital Bruxo e que preciso dele. -o pocionista falou pro patrono, vendo ele bater as asas e sair para o ministério.

O que esperar do futuro - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora