Capítulo 4

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Sirius amava o seu emprego, não mais do que amava o marido, ele gostava de toda a emoção de ser um auror, e gostava de passar por todo aquele perigo e adrenalina com James, mas ele odiava com todas as forças as reuniões e papeladas que o trabalho de campo gerava.

Ele estava sentado em uma sala de reunião com uma pilha de papelada na sua frente, e James sentado do outro lado da mesa fazendo a sua parte.

— Eu estou começando a me questionar se realmente amo meu emprego, eu poderia estar em casa, com meu marido agora. -Sirius falou bufando e deitando a cabeça na mesa, o que fez o amigo rir.

— Eu poderia dizer que seu marido deve estar muito bem acompanhado do meu filho, mas com tantas perguntas que o Harry está fazendo sobre o Draconius, duvido que ele tenha ido pra casa hoje. -James falou dando de ombros e pensando um pouco enquanto o marido deve estar tendo uma noite difícil com o filho deles.

— O garoto não nega ser um maroto, quando decidiu que quer alguma coisa, não vai desistir. -Sirius falou rindo e levantando a cabeça pra olhar pra sua pilha que não parecia diminuir.

— Não me diga, ele não consegue dizer cinco frases sem perguntar sobre o dragãozinho dele. -James falou suspirando.

— Não deixe Severus saber, ele é superprotetor com o menino. -Sirius falou apontando a sua pena pro amigo, tentando não rir da cara dele.

Antes que James e Sirius pudessem rir e continuar com a conversa, um patrono em forma de um filhote de dragão entrou na sala atravessando a parede e fazendo os dois se levantarem no mesmo momento.

"Eu estou nos quartos privativos, da ala da família Prince, no hospital Bruxo. Preciso de você, agora." A voz do Severus soou chorosa, fazendo no mesmo momento Sirius sair correndo da sala, em direção a lareira de uso público no ministério, escutando passos correndo atrás dele, mas não parando para ver quem era.

Sirius sendo um Lord já conhecido e ainda estando acompanhado do James, não precisou de muito para conseguir ser encaminhado até o caminho certo para chegar às alas Prince; o quarto em que Severus estava, era bem diferente do que os dois imaginavam, eles esperavam ver o mestre de poções deitado em uma cama recebendo atendimento, mas entraram no que era um quarto infantil.

— Você trouxe o James? -Severus falou não segurando as lágrimas e começando a chorar, sem ligar para estar na frente do amigo.

— Um filhote de dragão? Tanto amor assim? Estou começando a perceber o favoritismo. -James falou espiando para dentro do berço mágico que o bebe estava, ele era realmente uma coisa muito pequena, tentando distrair o amigo para que ele parasse de chorar.

— Querido? Por que você está chorando? Não precisa, vai ficar tudo bem. -Sirius falou pegando o marido nos braços tentando entender o que estava acontecendo, ele sabia que era ruim o menino estar no hospital, mas também sabia que seu marido não iria chorar só por isso.

— Ele é nosso agora, Narcisa faleceu essa manhã e Lucius não pode ficar com ele, ele nos deu ele. -Severus falou afastando um pouco do marido, para poder contar o que tinha acontecido.

James olhou pro Sirius arregalando os olhos, chocado com tudo que estava acontecendo ao mesmo tempo, ele como pai, não conseguia entender como alguém podia ter coragem de abandonar o filho, não importando a dor que estava sentindo.

— Severus? Isso não faz sentido, pai nenhum deveria abandonar o próprio filho. -James falou tentando entender melhor o que estava acontecendo.

— Fizemos o ritual antigo de adoção a alguns minutos. -o sonserino falou se aproximando do berço, e vendo que o filho estava acordando.

— Mas por que ele fez isso? -James realmente não consegui entender o porque alguém abandonava a pessoa que ele deveria amar mais que a própria vida.

— Ele pode querer o menino de volta. -Sirius comentou devagar, sabendo que isso seria ruim pro emocional já ferido do marido.

— Ele não pode, ele me deu, Dragão agora é meu filho; Lucius tirou ele da magia da família, ele já está na família Prince, ele é meu bebê. -Severus falou sendo firme, se o marido fosse ser um problema sobre isso, então Sirius teria um problema sozinho e em outro lugar.

— Então ele é nosso bebê, vamos chamar um Goblin e vamos tornar tudo oficial pelas leis deles e vamos adotar ele na família Black, ele vai ser nosso filho. -o Black falou vendo marido concordar e suspirar aliviado.

— Único filho e único herdeiro, não posso amar ninguém mais do que amo ele. -o sonserino fazendo o marido concordar e abraçar ele, também observando o neném no berço.

Já era de madrugada quando James foi embora, ele sabia que mesmo não tendo pegado o menino no colo, seu filho iria sentir o cheiro do outro filhote nele, então preferiu esperar um pouco mais com os amigos e só voltar para casa depois que Harry já estivesse dormindo.

Sirius enviou uma carta ao Goblin que cuidava dos cofres da família Black e outra para o que cuidava dos da família Prince, convocando os dois para o Hospital Bruxo no horário de alimentação do seu filho, para que eles pudessem ter uma reunião e adotar legalmente o pequeno Draconius.

Bancok, o chefe das contas Prince e Luft, o chefe das contas Black chegaram no momento combinado para a reunião e apesar de tentarem se manter sérios os dois se inclinaram para ver mais de perto o pequeno Draconius que estava no colo do Severus concentrado somente na sua mamadeira e no pai.

— Eu recebi ontem o acréscimo de um Herdeiro na linhagem familiar, estava esperando pela sua carta Lord Prince. -Bancok falou tentando se manter sério, mesmo que o pequeno herdeiro fosse adorável.

— Tudo aconteceu muito rápido, meu marido já fez a adoção mágica e eu vou estar fazendo ela hoje. -Sirius falou observando o marido, em uma mistura de ansioso e com medo de poder pegar o seu filho no colo pela primeira vez.

— Eu trouxe toda a papelada que me pediu, ele será o único herdeiro das duas famílias? -Luft perguntou pegando tudo os pergaminhos que tinha trazido.

— Sim, queremos fazer a mudança de nome também. -Severus falou nem mesmo levantando o olhar de onde observava o filho.

— Somente repita comigo Lord Black. Eu, seu nome completo e formal, Lord da Antiga e prestigiada família Black e Consorte da Antiga e prestigiada família Prince, aceito, o nome completo e formal do menino, a minha família e a minha magia, como meu primeiro e único herdeiro e filho; essa é minha vontade, assim seja, por toda a eternidade. -Luft falou com calma dando tempo para o Lord entender as suas palavras, pra ele poder repetir também.

— Eu, Sirius Orion Black-Prince, Lord da Antiga e prestigiada família Black e Consorte da Antiga e prestigiada família Prince, aceito Draconius Lucius Prince a família e a minha magia, como meu primeiro e único herdeiro e filho; essa é a minha vontade, assim seja, por toda a eternidade. -Sirius falou e no momento seguinte sentiu a magia envolvendo ele e trazendo a sensação de estar ligado a outra pessoa além do seu marido

— Pegue ele. -Severus falou estendendo o menino pro marido para poder resolver sua parte dos problemas legais.

— Sev, agora entendo a mudança do seu patrono, não existe sensação melhor. -o grifinório falou suspirando e trocando de lugar com o marido na poltrona, deixando o outro acomodar o bebê do jeito certo no seu colo.

— Qual nome o menino terá agora? Vamos fazer a mudança e emitir um teste de herança pra vocês, é só entregar no Ministério e tudo está feito. -Bancok falou olhando para o Lord Prince, sabendo que era ele que era o cuidador principal da criança.

— Draconius Alya Prince Black. -Severus falou sem pensar, ele jamais colocaria o sobrenome do seu pai no seu filho, e amava a tradição das constelações da família do marido.

O que esperar do futuro - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora