Capítulo 1

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A noite da brincadeira na casa dos gritos, mostrou para Sirius que ele tinha ido muito além de somente brincadeiras, e então nos meses seguintes enquanto fazia o seu melhor para ser perdoado por Severus, ele descobriu que podia ver muito mais no sonserino do que jamais tinha imaginado. Descobrir que estava apaixonado foi uma dificuldade para Sirius, e ainda mais difícil para os outros marotos, que tiveram que lidar com o amigo negando os sentimentos.

Mas no momento em que entendeu o que sentia, Black como um bom leão, foi direto até Severus declarando o seu amor, e deixando bem claro que poderia passar o resto da vida esperando que o sonserino sentisse o mesmo.

Tudo isso tinha acontecido no quinto ano de Hogwarts, quatro anos depois do fim da escola, Sirius e Severus eram recém casados de apenas alguns meses e apesar de ainda estarem vivendo na fase da lua de mel; Sirius estava tendo dificuldade de compreender o porquê o marido saia duas vezes na semana e passava a manhã toda fora e nunca dizia onde estava e porque sempre volta de tão bom humor.

Hoje foi um dos dias em que Severus tinha saído antes mesmo do café da manhã, mas tinha prometido que iria encontrar com o marido na casa dos Lupin-Potter para o almoço que sempre faziam aos sábados e aproveitar a tarde com o afilhado Harry.

Sirius mal tinha saído da lareira quando foi atacado por um pequeno lobisomem de dois anos, Harry era a luz dos marotos e o bebê mais doce que eles já tinham conhecido.

— Dada! Dada! Dada! Dada! -Harry foi mais do que rápido em repetir diversas vezes o apelido do padrinho enquanto pedia por colo, mesmo que estivesse olhando em volta, esperando encontrar outra pessoa.

— Seu outro padrinho ainda não veio, Harry, vamos ter que esperar mais um pouco. -Sirius falou tentando sorrir pro afilhado, mesmo sabendo que mais parecia uma careta.

— Ele ainda está sumindo? -James perguntou se aproximando do amigo e abraçando ele por cima do filho.

— Dada? Dada Sev? -Harry perguntou realmente chateado por não estar vendo seu outro padrinho.

— Ele está vindo, mas ainda não me contou onde tem estado. -Sirius falou suspirando, ele realmente amava o marido e tinha medo de estar perdendo ele justamente agora que tinha finalmente conseguido ele.

— Ele vai falar quando se sentir pronto, talvez nem seja um problema dele para ele contar. -Remus falou entrando na sala e sendo como sempre o mais sensato entre os três.

— Dada Sev? -Harry perguntou de novo, começando a ficar realmente chateado, porque as pessoas à sua volta não estavam falando onde seu padrinho estava.

— Ele está chegando pequeno maroto, não precisa de todo esse estresse. -Sirius falou tentando parecer sincero pro garotinho, ele não queria mais ninguém além dele chateado.

Sirius tinha acabado de se ajeitar no sofá com o pequeno Harry no colo, quando a lareira acendeu novamente e dali saiu seu marido quase saltitando de felicidade e praticamente rindo sozinho; mas toda a atmosfera mudou quando Harry saltou do colo do padrinho e foi rosnando até o seu padrinho Sev.

— Cadê? Cadê? Cadê? Eu quero! Cadê? -Harry estava quase gritando enquanto olhava pro padrinho, assustando os quatro adultos na sala.

— Cadê o que Harry? Seu padrinho não tem nada, e não precisa falar assim com ele. -Remus falou o primeiro a sair em direção a resolver o conflito.

— Eu quero ele! Eu quero ele Dada! Ele! Ele! Ele! Me dá ele! Por que não me dá ele? -Harry gritou fazendo seus olhos ficarem dourados, como se acontecia na lua cheia.

Naquele momento, com a fala do afilhado e olhando o jeito que ele estava reagindo, Severus então percebeu que já tinha visto o mesmo comportamento em Lupin quando estava com marido; então não foi preciso muito pra entender por quem ele estava perguntando, a prova do seu creme ainda estava no seu bolso.

— Ele não está comigo, Harry, mas que tal eu te dar outra coisa? -Severus perguntou tentando negociar com o afilhado, não notando seu marido tenso e prestes a chorar.

— Existe um ele, então? Uau. -Sirius falou não sabendo se saia correndo ou enfrentava o marido.

— Não outra coisa! Ele! -Harry gritou fazendo magia acidental, e piscando as luzes da casa.

— É dele Harry, mas você tem que cuidar pra eu poder devolver pra ele depois. Então muito cuidado. -Severus falou tirando com cuidado um mordedor infantil com um cervo de pelúcia.

Harry olhou com atenção o brinquedo e, lembrando do que o padrinho tinha falado, pegou com cuidado e riu quando sentiu o cheiro que estava ali, finalmente relaxando e indo se sentar no sofá com medo de derrubar e quebrar.

— Vamos conversar. -James falou vendo com o que seu filho estava brincando.

O que esperar do futuro - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora