Pronto para brigar

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Draco estava a alguns minutos olhando para a folha em suas mãos. Ele havia retornado a clínica para fazer o exame que diria se a fecundação foi ou não um sucesso.

E o médico tinha entregado a ele a poucos minutos os resultados. Seu coração batia acelerado de expectativa e não se acalmou nem um pouco ao ver que o resultado era positivo.

- meu parabéns senhor Malfoy. – disse o médico se permitindo dar um pequeno sorriso.

- eu estou grávido? É sério mesmo? – perguntou bobamente com os olhos brilhantes em lágrimas.

- sim, senhor Malfoy. – respondeu o médico não se preocupando em responder a pergunta boba de seu paciente. – mas as primeiras semanas são muito importantes, ainda há a chance de seu corpo rejeitar o processo ou a bolsa enfraquecer. Por isso vamos manter um acompanhamento maior no começo, se a bolsa passar nessa primeira fazer então poderemos dar um tempo maior entre as consultas.

- eu entendo. – respondeu Draco.

- antes de sair preciso que você libere sua lareira para uma ligação direta com a minha, assim ficará mais fácil atendê-lo caso ocorra um problema. – acrescentou o médico.

- eu não tenho rede de Flu no meu apartamento. – falou o loiro.

- então é bom ir ao ministério e pedir a liberação para seu apartamento, você não vai poder aparatar nos primeiros meses e a rede de Flu é a mais segura para gestantes. – disse o doutor.

- Doutor Soul. – uma enfermeira abriu a porta interrompendo a consulta. – estão chamando o senhor na sala do doutor Gart.

- diga que já estou indo. – falou ele e a enfermeira que parecia muito nervosa saiu. – por hoje é só, senhor Malfoy. Peça a liberação e me avise assim que fizer isso.

- eu farei doutor. – disse Draco com um pequeno sorriso.

Eles se despediram e quando Draco ia se virar para ir até a recepção, teve a impressão de ter visto os cabelos indomáveis do Potter entrando em uma sala. Mas deu de ombros descartando essa ideia, afinal, o doutor Soul entrou logo depois na mesma sala.

Potter e um médico especialista em gravidez masculina? Não viaja Draco. Disse para se mesmo.

Depois de sair da clínica, Draco foi até um pub na Londres trouxa, ao entrar logo encontrou os olhos castanhos escuros cheios de espectativas do amigo.

- e então? Diga logo. – falou Blasio antes mesmo de Draco se sentar.

- primeiramente, oi pra você. – disse debochado fazendo o amigo revirar os olhos. – segundamente, meus parabéns, você vai ser tio.

- eu sabia. – disse fazendo uma dancinha comemorativa enquanto Draco ria.

- tá, tá, agora pare de chamar atenção para nós. – falou ele ainda com um sorriso nos lábios.

- não diga como se a culpa fosse minha, olhe pra nós. Dois gostosões não tinha como não chamar a atenção. – falou Zabini de nariz em pé.

Draco e Blasio conversaram por um longo tempo, Blasio até mesmo se ofereceu para ir com o amigo até o ministério pedir a liberação.

Draco não queria ir, afinal, a rede de Flu era uma das formas que o ministério usava para ainda espionar e controlar aqueles que estiveram do lado errado da guerra e não foram parar em askaban. Mas ele devia pensar primeiro em seu filho, então tinha que suportar isso.

Seu filho. O coração do loiro acelera toda vez que ele pensa dessa forma. Aquele pequeno serzinho, que ele achou que não seria capaz de ter, como uma forma de castigo por todos os seus pecados, estava agora crescendo dentro dele.

Draco ficou tanto tempo com Blasio que desistiu de ir ao ministério naquele dia, preferiu voltar para o seu apartamento silencioso. Ele abriu a porta e foi saudado pela calma de sua residência.

As enormes janelas davam uma linda vista de um parque arborizado, e sentado perto da janela estava um gatinho todo preto com grandes olhos verdes brilhantes.

O gato virou a cabeça preguiçosamente ao ouvir seu dono chegar, então se espreguiçou e saltou, caminhando elegantemente até o loiro e esfregou sua cabeça nas pernas do homem.

- olá Potty, sentiu minha falta? – perguntou suavemente e o gato miou e se sentou sobre as patas enquanto encarava o dono. – eu sei, cheguei mais tarde hoje. Vou lhe dar o jantar.

Draco caminhou até a cozinha onde colocou a ração para o gato, depois ligou o aparelho de som em um volume nem alto e nem baixo. Foi até o banheiro onde tomou um longo e relaxante banho de banheira enquanto alisava sua barriga plana.

O filho é meu.Onde histórias criam vida. Descubra agora