Irritado.

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Os dedos do loiro digitavam com raiva, ele já estava a duas horas sentado e evitando encarar o auror parado na sua porta. O homem não o deixou sair nem para trabalhar. E o seguiu em todos os lugar, Draco acho que o homem ia até mesmo entrar no banheiro. Por sorte esse auror não era um estupido, porque Draco iria azara-lo se ele tentasse invadir a privacidade do seu banheiro.

Isso não era a única coisa que estava o deixando tão irritado. A principal razão tinha nome e sobrenome. Harry Potter.

Depois dele ser liberado sem nem mesmo ouvirem seu depoimento, o Potter sumiu, e já fazia uma semana desde que ele foi posto em prisão domiciliar, e nem mesmo nas consultas com o doutor Soul ele pode ir.

Graças a Merlin, o médico pode pelo menos ir até sua casa para as consultas. Aparentemente estava tudo bem com o desenvolvimento do bebê, e o médico disse que enjôo e tontura era normal, ele passou algumas poções que poderiam ajudar e pediu que Draco tentasse não se estressar.

Mas era impossível, aquele homem o vigiando o fazia lembrar de como ele foi tratado pelo testa rachada. Como ele ainda era tratado pelo mundo bruxo.

Draco bufou pela vigésima vez e fechou o notebook com mais força do que necessária. Então se levantou e caminhou até a cozinha sendo seguido pelo auror de perto.

- mas que saco, eu não vou pular a janela, bosta. – gritou para o homem que não mudou a expressão e nem recuou. – você não precisa andar como uma sombra o tempo todo.

- qual o problema aqui? – Draco ouviu a pergunta e viu Potter aparecer na cozinha. O moreno havia chegado através da lareira enquanto Draco gritava na cozinha.

- ah que maravilha. Como se não bastasse um incomodo agora vou ser obrigado a aguentar dois. – zombou Draco ainda zangado e dando as costas para os aurores. 

- você está sendo muito ranzinza, mas vou deixar passar porque todo mundo sabe que a gravidez meche com os hormônios. – disse Harry se encostando no balcão com um sorriso, mas sua pose relaxada não durou muito quando um copo voou em sua direção e por pouco não acertou sua cabeça.

- vai a merda, Potter. – disse o loiro e depois apontou para o auror silencioso. – e leva essa estupido junto.

- tá legal, tá legal. – Harry levantou as mãos em rendição. – se acalma.

Harry não disse mais nada, sua cara foi atingida em cheio por uma frigideira. O auror ao ver seu chefe ser atingido, saiu quase correndo da cozinha antes que fosse o próximo.

Harry ficou furioso, mas não fez nada além de sair com um galo. Quando Draco se viu sozinho no comodo ele suspirou e se apoiou no balcão.

Ele sorriu ao se lembrar da cara do moreno ao ser acertado pela frigideira. Se sentia um pouquinho melhor, não era a vingança que queria mas talvez ele acertasse mais algumas frigideiradas no grifinorio.

Deixando esses pensamentos um pouco de lado, Draco abriu a geladeira se concentrando no que iria querer comer. Ele pegou alguns ingredientes e começou a cortar enquanto cantarolava uma melodia.

Draco estava totalmente focado em seu trabalho manual, a melodia leve foi ficando mais animada, até que o loiro estava cantando e entre um preparo e outro, dançava pela cozinha.

O aroma da comida estava lhe deixando com água na boca e durante um passinho de dança, os olhos do sonserino cruzaram com dois pares de olhos, verdes e castanhos que o espiavam da porta.

Ao serem pegos, as cabeças dos aurores sumiram rapidamente do campo de visão do loiro. Para logo depois reaparecerem. Draco revirou os olhos e ignorou os dois.

O filho é meu.Onde histórias criam vida. Descubra agora