Death of a Bachelor

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Akaashi estava se corroendo de curiosidade. Bokuto só podia estar de brincadeira com a cara dele quando disse que iam ter um encontro especial, mas que Keiji só ia ficar sabendo para onde quando chegassem.

– Qual é, Bokkun, só uma dica! Por favor! – o baixista choramingou, chacoalhando o braço do outro.

Eles estavam no prédio da gravadora quando Bokuto apareceu no meio de um ensaio da Blood Shot para buscá-lo. Aran disse que eles podiam sair por algumas horas, já que a banda tinha trabalhado bastante – e porque Akaashi era seu filho preferido.

– Nananinanão, Kaashi. Não vou te contar nadinha. – Koutarou respondeu, rindo da expressão chateada de Akaashi.

– Então como eu vou saber que não é um sequestro?

– Oras, se fosse um sequestro eu não teria gastado meu dinheiro comprando... – ele parou no meio da frase, tapando a boca a fim de evitar dar alguma pista.

– Comprando o quê? – gritou desesperado.

– Nada!

– Eu te odeio, Koutarou! – Akaashi parou no meio do corredor, iniciando uma birra.

– Todos nós sabemos que não, estrelinha – o platinado foi até ele e apertou sua bochecha, vendo-o corar quase que imediatamente.

– Tsc, saco.

Voltaram a andar, e agora Bokuto dava alguns pulinhos até o elevador, deixando Keiji com um sorriso bobo no rosto. Então o moreno viu uma mancha roxa estranha na parte de trás do braço de Bokuto.

– Ei, Kou, o que é isso? – ele o alcançou e segurou seu braço com cuidado, apontando para o hematoma.

Koutarou travou no lugar, e era quase possível ver as engrenagens mexendo na sua cabeça para tentar formular alguma frase.

– Ah, hm, não é nada. Não precisa se preocupar, Kaashi. – Bokuto deu um sorriso forçado, se afastando do toque dele e indo apertar o botão do elevador.

– Mas está roxo! Alguém fez isso com você? – perguntou, preocupação dançava pelos olhos seus azuis.

– Oh, nem de longe! – Keiji ergueu uma sobrancelha, e Bokuto se xingou por ser facilmente manipulado pela cara séria dele. – Aff, tá bom. É só uma marquinha de agulha.

– Que agulha?

– De... de... – de repente a confiança dele sumiu, e ele evitou olhar diretamente para Akaashi quando entraram no elevador.

– Desculpa, não precisa dizer se não quiser, está bem?

– É testosterona. – ele disse tão baixo que Akaashi ficou um minuto inteiro olhando para o rosto de Bokuto até entender a palavra. – Sabe, terapia hormonal e tal.

Ah. – um homem de muitas palavras, de fato.

– Eu não quis te contar antes porque estava inseguro – uma pausa. – Por favor, não me chute, a gente já tá chegando no térreo!

Quando o moreno deu um sorriso pequeno, Bokuto teve certeza que estava ferrado.

– Não vou te chutar, Bokuto! Claro que não – ele chegou mais perto, colocando sua mão sobre a dele. – E você está certo, não é o tipo de coisa que a gente sai falando por aí, tudo bem não ter dito antes.

– Mesmo? Tipo, mesmo mesmo?

– Uhum. Não vou gostar menos de você por isso, estrelinha. Eu gosto de você, não do que tem entre as pernas.

𝐁𝐚𝐭𝐭𝐥𝐞 𝐚𝐭 𝐭𝐡𝐞 𝐃𝐮𝐦𝐩; OsasunaOnde histórias criam vida. Descubra agora