Reencontrando o amor

5 0 0
                                    

Ao andar pelo salão, nós ficávamos no centro de tudo, a cada passo ele queria me confortar. Nunca lembrei deste lado carinhoso e angelical, não desviava o olhar nenhum segundo, nem se quiséssemos ele me aceitaria.

Estar perto dele e a melhor escolha que já fiz, mas, me sentia incomodada com o assassinato, se eu não fizer o pior irá acontecer comigo. Um medo de ficar sem se alimentar por causa do sangue ou acabar ativando o meu lado lobisomem, relembrar as decisões de uma aberração como nunca, iria esquecer.

— O que te trouxe neste baile de máscaras

— Meu pai me convenceu, por causa dos negócios da família e eu vi você linda usando o vestido da sua irmã — fiquei sem palavras, lembrar da minha irmã trazia memorias felizes dela sendo uma encantadora.

— Sabe, você não e o que me lembrava

— O que realmente esperava, um cavalheiro de armaduras com um sorriso patético no rosto.

— Não, apenas o Ramon arrogante de sempre — ele deu um leve sorriso que contagiava, observou o meu rosto de cima a baixo, apoiei minha cabeça sobre suas costas e senti um alívio. No conforto dele, dançando até o anoitecer sentia um cheiro delicioso meus dentes caninos cresceram e ficaram afiados, senti uma dor no olho insuportável até sentir fome descontrolável e queria perfurar o pescoço dele e beber de seu sangue.

— Eu sinto muito Ramon, mas preciso ir.

— espere Rosaline — sai de perto dele apreensiva e com medo de machucá-lo, meus instintos de vampiro despertavam cada vez que eu me aproximava de um humano. Não queria passa por essa transição sozinha ou cedo demais, viver fugindo e o meu maior medo

Fui para o jardim do palácio pensar sobre quem eu sou ou como acabar com este pesadelo, tirei minha máscara e fiquei perto das rosas vermelhas espalhadas pelo banco escondido nas flores, aquela beleza jovial era excelente, sair um pouco daquele mundo caótico, acho que as rosas são mais compreensíveis comigo do que os próprios seres humanos, a fonte de água encheu-se de rosas brancas murchas que pediam socorro.

Ouvi passos de sapato de longe e uma voz grave familiar que com certeza era de um homem.

— O que você faz aqui sozinha?

— Nada, só pensando que devo parar de ser quem sou

— Não, você só está sendo pressionada demais rose e sempre admirei como se preocupa com quem realmente ama — engolindo o vinho na taça de vidro, Oliver disse para apenas escutar e tudo que acontece se torna tão inusitado.

— Estou tentando dizer que você possa me ajudar a esconder sobre o meu pecado ajudou muito

— sou uma ótima amiga mesmo — num silencio profundo, Oliver levantou do banco e foi conversar com um garoto parecido do meu sonho, espera será que o sonho que tive está a prestes a ser tornar realidade, tão arrepiada só de imaginar.

— Eu não quero acreditar que sou uma assassina — levantei-me do banco e sem saber o que fazer, as flores murchavam quando eu tocava em suas pétalas. Um calafrio subia entre meus braços, fechando os meus olhos, sentia uma vontade enorme de descontar a raiva, abri eles novamente que mudaram de cor constantemente para uma amarelo florescente e cada vez mais, a preocupação aumentava.

— Para onde você vai

— Eu apenas vou... — não sei como responder a ele, sobre quem sou ou vira a ser. 

Blood Girl ( conto de vampiro)Onde histórias criam vida. Descubra agora