Bom dia, raios de sol!
Hoje encerramos mais um ciclo.
Boa leitura!
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Em mais uma manhã normal de trabalho, Théo e Valentina estavam abrindo a biblioteca quando notaram a chefe deles deitada em uma cama improvisada no canto do local. Como a senhorinha tinha o costume de dormir ali às vezes, quando sentia muita falta de Dona Marta - o amor de sua vida que havia falecido a alguns anos - os dois adolescentes apenas foram até lá para acordá-la, já que ela perdera a hora. Para a surpresa deles, quando chegaram perto viram a imagem da dona do lugar com um sorriso singelo no rosto, porém com a pele totalmente pálida, e ao encostarem nela perceberam que ela estava extremamente gelada.
Mais tarde naquele dia, após chamarem uma ambulância e constatarem que a sorridente e carinhosa Dona Rosa havia realmente falecido, os jovens se juntaram aos seus amigos para o velório e o enterro, que já estavam inclusos no seguro de morte da bibliotecária.
Foram alguns dias meio desanimadores para todo aquele grupo, mas existia também a ansiedade para a formatura e para saberem se estavam ou não dentro das faculdades que queriam. O grupo iria se separar depois que o ano acabasse, cada um trilharia seu próprio caminho, mas Théo estava feliz de ver as pessoas que passou a amar tendo a chance de serem felizes.
O resto do ano passou, a formatura foi linda, o ano novo entre amigos foi uma experiência única para Théo, a amizade com Heitor, Valentina e Jéssica se tornou ainda mais firme, e o adolescente ruivo, estava enfim feliz. As notas chegaram no começo do próximo ano, e todos conseguiram, os planejamentos de mudança começaram a ser feitos aos poucos e estava tudo ocorrendo tão bem que o milagre passou a se preocupar.
Os primeiros meses em outra cidade, cursando Psicologia, morando com seus amigos, e falando com sua avó todos os dias foram um sonho. Suas amigas cursavam moda, então ele sempre esbarrava em desenhos e retalhos de roupas pela casa, além de vários livros de direito que pertenciam a Heitor. A rotina naquela casa era caótica para os que viam de fora, entretanto, era confortável para os de dentro. O quarteto acordava cedo para ir para as suas aulas, se revezavam nos equipamentos da cozinha para montarem seus cafés da manhã, que sempre eram regrados de conversas sobre como o dia seria e fofocas sobre os colegas de faculdade. Os quatro estudavam nas mesma faculdade em horário integral, então se juntavam para almoçar sempre que as aulas permitiam, e essa era outra refeição feliz e animada para eles. Em alguns fins de semana eles se encontravam com os outros membros do grupo que moravam na capital também, às vezes em barzinhos, às vezes no Parque Guanabara, porém não importava onde fosse, tudo era incrível aos olhos de Théo. Algumas vezes ele pegava Jéssica chorando pelos cantos após ligar para casa para ver seu irmãozinho e seus pais, algumas vezes era Valentina quem ficava isolada após conversar com o pai. Heitor e Théo também sentiam falta de casa, não tanto quanto as garotas, por isso estavam sempre lá para tentar animá-las com maratonas de filmes, jogos, ou apenas piadas totalmente sem graça que sempre funcionavam.
O primeiro ano de Théo na capital só poderia ser descrito como perfeito. Infelizmente, o segundo ano do garoto na faculdade não começou tão bem, quando ele recebeu uma ligação de Estrela, que havia se prontificado a olhar sua avó sempre que pudesse, para avisar que Dona Eva precisou ser internada as pressas depois de um derrame. Aquela notícia fez o garoto abandonar tudo e voltar para a cidadezinha onde morou por um ano, e lá ele ficou durante uma semana, até o momento que sua avó não resistiu e faleceu. Ele tentou ligar para Anastácia para avisar, e a única resposta que recebeu de sua genitora era que a velha estava melhor morta. O apoio de que precisava veio de seus amigos, que se viraram nos trinta para ir até o enterro, todos eles.

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Theodora?
NouvellesDora é um bebê gorducho que vive em uma família feliz e amorosa. Ela tem tudo para que sua vida seja perfeita. Mas, será que isso vai ser a verdade? Classificação Indicativa: +16