Eu penso em você e no mesmo minuto me encolho
Com o medo pelos teus assombros
Da culpa que me sondas
Da espera
Da monotonia do eixo
Me vejo preso em um casulo
Quebro um queixo com um soco
Doce o doce de presunto
Me escondo para que não me conte Me vendo "impróprio para o consumo"
Queria eu ser viciado em bebidas
Ou nas mais diversas drogas, sim e não recreativas
Mas o vício foi um tiro na culatra
A vontade de morrer de amores
De dar todas as minhas cores
Para meros impostores
Falsificados
Lotados de royalties de outros autores
Compositores e diretores
Não me resta nada novo
Me resta somente as dores
De cabeça, peito e asma
Largue a veste de fantasma
Estou com frio na minha cama
Fantasias de tecido barato e elástico
Já fizeram meus fins de semana
Parece que nada me importa muito
Parece que tudo desprende um pouco
Me sinto descolado
Não como os descolados que andam de jaquetas de couro e calças jeans
Pois nem jeans ou couro eu tenho
Me sinto mal colado
Que
Daqui a pouco
Daquele ponto ao outro
Já não faz efeito
Ou diferença
Prender te a meus vícios talvez seja
E é
Tudo que me resta
Tudo que meu eu deseja
Do adesivo eu junto e me comprimo pela pressão do mundo
De papel a metal
Agora entro em parafuso
Pretendia me prender em sua cabeceira
Estar ali
Ser normal
Mas sem a chave
De Philips ou fenda
A gravidade traz problema
Para sempre esquecido
Debaixo da sua mesa.
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Poeira de estrelas - fragmentos de uma amorosa desilusão obsessiva
PoetryMe desculpa, a culpa é toda minha. Relatos de limerência ou algo do tipo. Poemas, notas e pensamentos, vários estão incompletos e imperfeitos, resolvi não alterar suas estruturas originais. Textos escritos entre fevereiro e setembro de 2021.