acumuladores

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Quando poderei dizer ao meu coração que é recíproco?

Quando não sentirei essa dor que consome meu íntimo?

Sinto que já vai tarde, mas tenho medo de ser cedo

O por do sol no azul cielo, celeste

Injeto cianeto turquesa

As veias brilham, vejo cometas

A dança cósmica, intergaláctica

Como quando dançamos na praça

Sozinhos banhados em mágoas

Pelo menos tivemos um ao outro para ajudar a se secar, se levantar

Não queria ver escorrer mais nenhuma lágrima

E nas palavras agridoces de um domingo a tarde

Me vejo desperdiçando a vida

Me diga o porquê não importa por qual caminho

Por qual velocidade

Ou por qual batida

Eu passo por ti nessas avenidas

E me desculpa

Já não faz sentido

Te vejo como abrigo

Então porque eu sinto a chuva?

Por que eu erro em cada linha que eu escrevo

Como se meus dedos estivessem bêbados

Tentaram esquecer todas as poesias que escrevi em você

Eu sou um caderno esquecido no fundo da caixa

Daqueles que você nem mais lembrava que tinha

Aqueles que escreveu por um tempo

E guardou por medo

Talvez para lembrar das risadas e amores

Acumuladores que inventam cada desculpa boba

Olá, presente

Poeira de estrelas - fragmentos de uma amorosa desilusão obsessivaOnde histórias criam vida. Descubra agora