Capítulo 2: Seleção.

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Olá, meus amores.

O resto de suas férias passou com rapidez e Harry agradecia por isso, ele não queria ficar mais tempo naquela casa com seus tios abusivos, ele tinha aproveitado aquele mês para descansar e se alimentar corretamente, ele também fez alguns exercícios, então estava com uma boa saúde, embora seu estômago ainda não suportasse grandes quantidades de comida e seus ossos ainda parecessem frágeis.

Válter o levou ao King's Cross, Harry pegou a sua mala, a gaiola de Edwiges, o garoto não agradeceu, apenas saiu andando com pressa, colocou as suas coisas em um carrinho, correu até a plataforma 9¾ com pressa, conseguindo atravessa-la finalmente. Se concentrou para esconder a sua cicatriz na testa, aquela cicatriz estranha faria com que as pessoas o encarassem demais, mudou a cor dos seus olhos para um tom azul claro, não queria ser reconhecido, ainda estava se acostumando com a metamorfomagia.

Ainda era 8:40, ele entrou no trem e entrou no primeiro vagão vazio que encontrou, Harry relaxou, colocando o seu malão no compartimento. Ele queria ter alguém de quem pudesse se despedir, mas a sua vida era assim, solitária e triste, Harry realmente desejava ter uma mãe e um pai, ele sentia inveja de outras crianças e adolescentes, como seria ter alguém que se importaria com ele ao menos um pouquinho? Bem, ele suspirou James e Lily não voltariam á vida. Essa era uma verdade que ele tinha há muitos anos aceitado, os seus pais estavam mortos e doía pensar neles. Como teria sido crescer em um lar cheio de amor e paciência?

— Edwiges, quer ir voando para a escola? — Harry perguntou á sua coruja quando era 10:55, o trem sairia ás 11 horas — Ou prefere ficar na gaiola?

Ela bicou delicadamente os dedos do menino, queria sair, ele deixou que ela saísse da gaiola e voasse para a janela, antes de se despedir ela lhe deu uma bicada no dedo polegar e saiu.

Harry sorriu pequeno, encolheu a gaiola e a guardou no bolso.

— Oi, posso me sentar aqui? — O garoto ruivo, Ronald Weasley lhe perguntou ao entrar no vagão, Harry se lembrava perfeitamente dele, tinha achado que ele realmente queria ser o seu amigo, Ronald era apenas mais um traidor, ele só queria o seu dinheiro e isso o chateou muito, Harry daria todo o seu dinheiro para ter uma família amorosa e unida como Ronald tinha e não valorizava.

Mantenha os amigos sempre perto de você e os inimigos mais perto ainda, foi o seu pensamento, Harry apenas assentiu levemente. É, ele tomaria cuidado com Ronald, embora uma pequena rivalidade não fosse nada demais certamente.

— Claro — Harry falou educado, sentia vontade de azarar Ronald, mas se controlou sabiamente, mais tarde Ronald morreria, não agora.

— Qual é o seu nome? — Ronald lhe perguntou, Harry sorriu timidamente.

— Harry Peverell — Respondeu, não era uma mentira, Peverell era realmente o seu sobrenome, ele preferia ser chamado de Harry James Peverell ao conhecido e famoso Harry James Potter, Peverell era o sobrenome que lhe trazia paz realmente.

— Legal, para qual casa você acha que vai? — Ronald perguntou curioso, sendo amigável, parecia estar interessado na conversa, ou talvez tivesse escutado histórias sobre Peverell?

— Provavelmente irei para a Sonserina, dizem que é a melhor casa de Hogwarts, a mais unida e mais calma também... — Harry falou, Ronald olhou torto para ele, com um olhar mal disfarçado de nojo, Harry realmente queria esganar aquele ruivo estúpido, como o moreno podia ter sido tão idiota para acreditar que Ronald era o seu amigo?

Pena que eu não posso rasgar a sua garganta, Harry pensou sombriamente, as vezes era difícil lidar com a raiva que sentia do que tinha passado.

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