Já era um poucotarde quando Lily apareceu de surpresa na casa abandonada, ela bateu na porta e ela entrou quando eu abri, provavelmente procurando abrigo para se esquentar já que as temperaturas estão extremamente baixas, mas ela não encontrou nada disso aqui.
Aqui não tem nada, nenhum sofá, nenhuma cadeira, nenhum colchão, só algumas coisas minhas que eu deixo na sala.O buraco enorme que tem no teto da cozinha, deixa com que o vento frio e a neve entrem dentro de casa. Lily me entrega alguns cobertore e passa a observar a casa, completamente horrorizada. olocou a mão em suas costas e tento a levar até a porta.
━ Você não devia estar aqui, Lily. Vai acabar se encrencando.
Então agarrei sua mão e disse:
━ Você também não devia estar aqui. ━ Ela agarrou minha mão e começou a me carregar até a porta, mas puxei minha mão de volta, eu adoror essa menina, de verdade, mas ela tem que parar de se preocupar assim comigo, ela tempreocupações mais importantes do que um garoto que a mãe deixou o padrasto expulsar de casa e agora mora na rua. ━ Pode dormir no chão de meu quarto hoje. Eu tranco a porta. Não pode dormir aqui, Atlas. Está frio demais, você vai pegar uma pneumonia e morrer.Não tenho ideia do que fazer, tem uma razão para que os pais de Lily não possam me ver junto a Lily, mas eu também sei que Lily é insistente, e vou acabar fazendo o que ela me pede, e também não quero que ela se sinta culpada por eu morrer de pneumonia.
━ Tá bom. ━ Respondo.Entramos escondidos pela portas do fundos e fomos até o seu quarto, ela tranca a porta e arruma uma cama no chão para mim, e como sempre me sinto grato e ao mesmo tempo um merda por dar tanto trabalho para Lily. Ela também coloca um alarme para que a gente se levantasse antes dos pais dela.
Ela se deita na beirada da cama, para que nos posssamos continartendo cotato visual a medida em que conversamos.
━ Quanto tempo você acha que vai ficar naquela casa? ━ Ela pergunta sussurandoe eu respondo que não sei, também sussurando. ━ Atlas, como você foi parar lá?
Com as mãos atrás da cabeça, ficou encarando o teto, deicidindo o que falar, mas chegou a hora da Lily finalmente descobrir o por quê de eu estar morando naquela casa.
━ Não conheço meu pai verdadeiro. Ele nunca teve nenhuma relação comigo. Sempre fomos eu e minha mãe, mas ela se casou de novo uns cinco anos atrás com um cara que jamais gostou muito de mim. A gente brigava muito. Quando fiz 18 anos, há alguns meses, brigamos feio e ele me expulsou de casa. ━ Respiro fundo, é difícil falar sobre essas coisas, mas Lily merece saber a verdade dobre mim, e eu não quero ser um completo estranho para ela, quero que ela saiba coisas sobre mim, mesmo que a maioria das coisas que tenham acontecido comigo não tenham sido um arco-iris, mas é a minha história, o meu passado, e não tem como mudá-lo.
━ Então fiquei na casa de um amigo, mas o pai foi transferido para o Colorado e eles se mudaram. Claro que não podiam me levar junto. Os pais só estavam fazendo a gentileza de me deixar ficar lá, e eu sabia disso, então falei que tinha conversado com minha mãe e que ia voltar para casa. No dia em que eles foram embora, eu não tinha para onde ir. Por isso voltei para casa e disse para minha mãe que queria morar lá até me formar. Ela não deixou. Disse que isso incomodaria meu padrasto. ━ Encaro a parede para evitar o olhar de Lily. ━ Então fiquei perambulando por uns dias até ver aquela casa. Imaginei que poderia ficar lá até aparecer algo melhor ou até me formar. Eu me alistei para ingressar na Marinha a partir de maio, então estou tentando me virar até lá.
Ela me pergunta por que eu simplesmente não pedia ajuda, eu disse que tentei, que é mais difícil para um adulto do que para um adolescente. Contei que uma pessoa medeu os telefones de alguns abrigos, mas que três estavam a um raio de 37 quilômetros de nossa cidade, mas dois eram para mulheres vítimas de agressão e o outro era para mendigos, mas só tinha algumas camas disponíveis, mas era muito longe para ir andando de lá até o colégio todos os dias e que além disso, a fila para conseguir uma cama é enorme. Também disse que tentei uma vez, mas que ela acreditasse ou não me sinto mais seguro na casa do que no abrigo.
━ Mas não existem outras opções? Não pode contar para a orientadora da escola o que sua mãe
fez?━ EU sou velho demais para o acolhimento familiar, e jáque eu tenho 18 anos, eles não podem fazer nada se minha mãe não me deixa voltar para casa. Eu liguei para arranjar cupons de alimentos na semana passada, mas não tinha carona nem dinheiro para ir até lá buscar as coisas na hora marcada. E também quando saio de sua casa à tarde, tento procurar emprego, mas é complicado já que eu não tenho telefone ou endereço para colocar nos formulários.
━ Por que diabo você quer servir a um país que te deixou nessa situação? ━ Lily deixa de sussurar quando diz isso.
━ Não é culpa do país se minha mãe não dá a mínima para mim. ━ Estendo a mão e apago o abajur. ━ Boa noite, Lily.Pais não deveriam amar os filhos? Deveria, mas existem pessoas que simplesmente não dão a miníma para as pessoas que eles mesmos trouxeram para o mundo, alguns tratam os filhos como merda no sapato, outros nem aparecem, outros moram na mesma casa mas ainda assim são ausentes.
Quando eu tiver filhos, eu quero ser tudo aquilo que eu não tive, quero dar aos meus filhos todo o amor que eles merecem, quero dar o mundo para eles, quero dar um lar feliz para eles, eu quero amar eles e quero que eles também me amem.
♡
Quem é vivo sempre aparece né? Mas cá entre nós tô muito ocupada com escola e tals, mas depoisque a semana de provas acabar eu vou tentar adiantar alguns capítulos, e postar mais.
Tô quase acabando de ler Devil's Nigth e tô muito tentada a escrever uma fic sobre os filhos dos cavaleiro (aliás vcs já leram?) e também tô muito afim de escrever uma fic sobre o Conrad Fisher, depois que essa acabar, o que vcs acham?
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𝐉𝐮𝐬𝐭 𝐊𝐞𝐞𝐩 𝐒𝐰𝐢𝐦𝐦𝐢𝐧𝐠 - 𝐀𝐭𝐥𝐚𝐬 𝐂𝐨𝐫𝐫𝐢𝐠𝐚𝐧
Fanfiction𝐍𝐨 𝐟𝐮𝐭𝐮𝐫𝐨... 𝐬𝐞 𝐩𝐨𝐫 𝐚𝐥𝐠𝐮𝐦 𝐦𝐢𝐥𝐚𝐠𝐫𝐞 𝐯𝐨𝐜𝐞 𝐚𝐜𝐡𝐚𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐞 𝐜𝐚𝐩𝐚𝐳 𝐝𝐞 𝐬𝐞 𝐚𝐩𝐚𝐢𝐱𝐨𝐧𝐚𝐫 𝐝𝐞 𝐧𝐨𝐯𝐨... 𝐬𝐞 𝐚𝐩𝐚𝐢𝐱𝐨𝐧𝐞 𝐩𝐨𝐫 𝐦𝐢𝐦. Atlas, um garoto que não tem mais nenhum propósito de vida, não t...