SERIAL KELLER- SARIETTE/ INTERSEXUAL

tragédia

Juliette- Dias atuais

Tem apenas uma semana que cheguei no Rio de Janeiro coma Luz e uma bagagem cheia de vontade de preencher de experiências. Tudo que quero, é consegui melhorar de vida e fazer a Luz ser feliz todos os dias.

A rotina no hospotal é um pouco estressante, mas, tenho dado conta do recado e até já fiz amizades que parece até que os conheço a tantos anos. Isso é muito bom, que agora além da Carla, posso contar e confiar na Camilla, na Amanda e na Giu.

Cheguei aqui meio desconfiada e é mais do que normal. É normal eu agir assim, depois de tudo que me aconteceu. Desde a morte da Julienne, até o nascimento da Luz e eu vivo sempre ma defensiva, com medo de me aproximar das pessoas, pensando que elas vão me fazer maldade e com medo de formar laços, porque sempre penso que Deus podem me levar e me fazer sofrer mais uma vez. É uma dorma de me proteger, eu ainda não superei meus traumas e acredito que ainda vai demorae pra superar.

A Luz é um amor de criança, tem apenas 2 anos e depende de mim pra tudo. Ela é uma criança esperta, sapeca, dócil, mas, ainda não fala e por mais que eu saiba que cada criança tem o seu tempo, isso tem me preocupado todos os dias. A Luz é muito dependente, assustada, medrosa, chorona e só aceita o meu braço. Os psicólogos dizem que é pelo trauma que sofri e ela sentia tudo ainda no meu ventre. Ela é difícil de confiar e de se aproximar de outras pessoas, além de que não olha nos olhos e isso dificulta o desenvolvimento dela na escola, é torturante, ela chora na hora que eu a levo, até a hora de buscar, mas, isso é um mal necessário, porque eu preciso trabalhar e ela precisa se desenvolver e eu consegui com que a namorada da Carlinha ficasse de babá da Luz e a Thaís é um amor, muito paciente e amorosa. Assim eu me sinto mais segura em vir trabalhar.

Todos os dias acordo às 05:30. Me levanto, já preparo meu café da manhã e a mamadeira da luz, depois tomo meu banho, me alimento e acordo meu moranguinho às 06:30, para ela tomar a mamadeira, depois banho e logo em seguida ir para a creche às 07:45. Eu fico com muita dó de acordar a Luz tão cedo, mas, essa é a nossa rotina de sempre. Depois que eu a deixo na creche, corro para o hospital, para começar o meu plantão. Vale ressaltar, que eu trabalho dia sim, dia não.

Hoje tá sendo um dia tão especial. Sinto uma energia surreal aqui na minha alma. E quando isso acontece, é porque algo muito grandioso pode acontecer no dia de hoje. Vocês acreditam em pressentimentos? Porque eu sou muito sensível a isso e eu acredito fielmente, desde o sonho que eu tive com a Enninha, quando eu senti que eu precisava correr e ter um momento com ela e ali eu acertei, deu tempo de me despedi.

Deixo o meu carro na minha gada de sempre, deixo meu melhor sorriso e meu melhor bom dia pra todo mundo que passa por mim e entro no elevador alegre e cheia de gratidão, por estar trabalhando no que eu gosto e por está conseguindo da a volta por cima.

Assim que entro no elevador, vejo uma mulher já coroa, parecia ter ser 50 anos e assim como eu, ela me deseja bom dia. Eu não sei porque, mas, acho que já nos conhecemos, eu só não sei de onde, mas, ela me parece muito familiar. E pelo jeito, ela tem me achado familiar também, porque não para de olhar pra mim, com uma cara de interrogação.

M.A- Me desculpa está te olhando assim sem parar, mas, você me parece familiar.

J- Juro que estou tendo a mesma sensação olhando pra você.

M.A- Ainda vamos lembrar de onde nos conhecemos. Você trabalha aqui?

J- Trabalho aqui tem apenas 1 semana, sou enfermeira no setor de traumatologia.

M.A- Eu sou a ananere do setor de traumatologia, ou seja, sou a enfermeira chefe e pelo que vejo, serei sua chefe, eu estava de férias.

Eu juro que ainda irei lembrar dessa moça e eu fiquei surpresa que ela é minha chefe. Ainda bem que não coloquei nada a perder. Hoje não tropecei e não deu furada sem soltar uma das minhas piadas sem graça. Acho que ela foi com a minha cara mesmo.