CAPÍTULO 30

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"Você está pronto?" Perguntou Hermione parando em frente a casa de sua família.

"Estou." Respondeu Draco acentindo.

As férias de Páscoa já haviam chegado, e chegara o momento de Hermione apresentar Draco aos seus pais. Era um momento temido pelos dois, já que Hermione nunca tinha apresentado um  namorado aos pais e Draco nunca tinha conhecido os pais de uma namorada.

"Então vamos lá." Disse ela pegando a mão dele.

"Espere." Disse Draco de repente. "O que exatamente seus pais sabem sobre mim?"

"Há alguns anos eu posso ter dito coisas sobre você ser um idiota suprematista puro-sangue." Admitiu Hermione com uma careta. "Mas eu tenho dito a eles em minhas cartas sobre você e o quanto você tem me feito feliz. Para eles, tudo não passou de desavenças de infancia. Eles estão ansiosos para te conhecer."

"Suponho que eles não sabem sobre isso?" Perguntou Draco apontando para o antebraço esquerdo.

"Não, mas você não precisa contar sobre isso. É irrelevante para o momento." Respondeu Hermione.

"Claro que não vou contar. Dizer que fui seguidor do psicopata que te perseguiu não é a melhor maneira de conquistar seus pais." Disse Draco com uma careta.

Hermione estendeu a mão e acariciou sua bochecha.

"Fique tranquilo. Eles vão te amar como eu te amo." Disse ela fazendo Draco franzir o cenho. "Ok, não exatamente como eu te amo." Completou ela percebendo a ambiguidade de suas palavras.

Draco riu e pareceu relaxar.

"Tudo bem, vamos lá." Disse ele.

Hermione bateu na porta e segundos depois sua mãe abriu a porta.

"Hermione!" Exclamou ela puxando a filha para um abraço apertado.

"Não pareça tão supresa mãe, você sabia que eu estava chegando." Disse Hermione.

"Sim, mas eu estava com saudade, sua boba." Disse sua mãe.

"Eu também." Disse Hermione sorrindo.

"Você deve ser o Sr. Malfoy?" Perguntou a mulher mais velha se afastando da filha.

"Isso mesmo, Sra. Granger, prazer em conhecê-la." Disse Draco com seu sorriso mais encantador.

"O prazer é todo meu. Estava ansiosa para conhecer o rapaz que tem deixado Hermione tão contente." Disse ela arrancando de Draco um sorriso sem graça. "E você pode me chamar de Helen."

"Sendo assim, a senhora pode me chamar de Draco."

Helen sorriu para ele e assentiu.

"Claro. Entrem vocês dois."

Hermione tirou seu casaco e se dirigiu para a sala de estar.

"Onde está o papai?" Perguntou ela.

"Está terminando de fazer a salada." Respondeu sua mãe.

Como se percebesse que estavam falando dele, Richard Granger apareceu na sala com um sorriso caloroso no rosto.

"Oi, minha princesinha." Disse ele dando um abraço em Hermione.

"Oi, papai."

Richard soltou a filha e avaliou Draco.

"Sr. Malfoy, eu suponho."

"Sim, prazer em conhecê-lo, Sr. Granger." Disse Malfoy estendendo a mão.

"O prazer é meu." Respondeu seu pai apertando a mão do loiro.

Hermione olhou para os dois. Ela sabia que seu pai estava receoso sobre Draco, mas ele estava disfarçando muito bem. Ela ficou grata por isso, por ele não bancar o pai superprotetor como ele vinha fazendo nos últimos meses. Ele sabia como aquele momento era importante para ela e estava se esforçando.

Hermione sorriu para si mesma. As coisas em sua vida estavam indo muito melhor do que o previsto.

O jantar foi maravilhosamente bem. Draco adorou os Grangers e achava que tinha causado uma boa impressão.

Helen Granger era idêntica a filha em aparência, mas em personalidade, Richard Granger era muito mais parecido com Hermione. O casal era muito gentil e divertido, fazendo a conversa fluir facilmente.

A comida estava maravilhosa e Draco estava começando a pensar que cozinhar sem magia dava um sabor melhor aos alimentos.

A casa era grande e bem decorada, embora houvessem objetos que Draco não conseguia identificar.

"Me diga Draco, como é Hermione na escola?" Perguntou Richard olhando para a filha.

"A melhor aluna da classe, mas vivia se metendo em encrenca com Potter e Weasley." Respondeu Draco, fazendo Hermione lhe dar um beliscão na costela. "Ai! Eles perguntaram, eu não vou mentir para os seus pais."

Os pais de Hermione riram. Conheciam muito bem a filha que tinham.

"Como estão Harry e Rony inclusive?" Perguntou Helen.

"Estão adorando o treinamento de aurores. Acho que nunca os vi tão empolgados com algo." Respondeu Hermione.

"E você Draco, o que pretende fazer depois da escola?" Perguntou o Sr. Granger o fitando.

"Além de assumir os negócios da família, pretendo abrir uma empresa de poções." Resondeu Draco.

"Você não tinha me falado sobre isso." Disse Hermione erguendo as sobrancelhas.

"Eu decidi isso recentemente, Slughorn tem me incentivado." Disse Draco.

"Cuidado com ele." Alertou Hermione.

"Eu sei muito bem o que ele está querendo com isso, mas de qualquer forma ele é um excelente pocionista." Disse Draco dando de ombros.

"Slughorn é o professor de poções?" Perguntou Helen, confusa.

"Sim, ele tende a bajular os alunos que são bem relacionados ou talentosos. Ele mostra um favoritismo extremo por esses alunos, assim ele tira vantagem de sua fama ou sucesso eventuais, colhendo recompensas como ingressos para o quadribol grátis, presentes ou simplesmente a chance de dar conselhos a oficiais importantes no Ministério da Magia." Explicou Hermione. "Mas independente de Slughorn, tenho certeza de que você vai se sair muito bem." Completou ela olhando para Draco.

Ele sorriu e apertou a mão da namorada. A fé que ela tinha nele era inspiradora.

O restante da noite seguiu muito bem. Os pais de Hermione contaram a Draco coisas embaraçosas sobre a infancia dela, para o desgosto da garota. Draco ficou particularmente divertido ao saber de quando a Hermione de oito anos leu uns dez livros complicadíssimos sobre política e economia e mandou uma carta de dez páginas ao prefeito da cidade questionando suas ações.

Já se passava das dez horas quando Hermione acompanhou Draco até o lado de fora para se despedir.

"Eu adorei conhecer seus pais." Disse ele com um sorriso.

"E eu adorei te apresentar a eles." Disse Hermione sorrindo de volta.

Draco acariciou a bochecha dela e deu um beijo casto em seus lábios. Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, um feitiço atingiu o casal, fazendo-os perder a consciência.

Paradoxo (Dramione)Onde histórias criam vida. Descubra agora