A primeira coisa que Hermione sentiu ao acordar foi o cheiro de mofo. A segunda, foi a baixa temperatura do chão em que estava. A terceira, foi a dor em sua cabeça.
Quando abriu os olhos, viu Draco desmaiado ao seu lado. Seu coração se encheu de desespero com a imagem.
"Draco." Ela chamou em voz baixa para não chamar atenção de outra pessoa que estivesse por perto. Ele parecia saudável, sem sinal de machucados, mas mesmo assim Hermione não o tocou, com medo de que estivesse com algum osso quebrado. "Draco." Ela repetiu passando a mão por seus cabelos.
Os olhos de Draco começaram a se mecher. Ele estava acordando.
"Hermione?" Ele balbuciou.
"Você está bem?" Hermione perguntou dando um beijo em testa.
"Minha cabeça dói, mas estou bem." Respondeu Draco. "Você está bem?" Perguntou se sentando no chão e pegando a mão dela.
"Estou." Hermione respondeu.
"Onde estamos?"
"Eu não tenho ideia."
Tudo o que ela sabia é que eles estavam em uma cela escura, úmida e fria. Ela não sabia ao certo o que tinha acontecido, a última coisa de que se lembrava era de beijar Draco.
"Olhe só, os pombinhos acordaram." Disse uma voz grave do outro lado das grades. Hermione se endureceu ao ver Rabastan Lestrange na frete deles. "A sangue-ruim e o traidor de sangue. Seu pai está muito decepcionado Draco."
"É claro que ele tem um dedo nisso." Disse Draco com ódionos olhos.
"Um dedo? Ele tem a mão inteira. Tudo isso foi ideia dele." Revelou Rabastan.
Draco parecia enjoado com a informação. Apesar de tudo, Lúcio ainda era seu pai.
"Uma linhagem tão pura como a dos Malfoy, estragadas por essa sangue-ruim." Murmurou Lestrange com desgosto apontando a varinha para Hermione. "Crucio."
Ela foi atingida pela sensação de mil facas quentes perfurando sua pele. Seus ossos pareciam pegar fogo e seu cérebro parecia prestes a explodir. Hermione já estava familiarizada com a maldição cruciatus, mas aquilo não ajudou em nada. Seu corpo estava em pura agonia. Ao fundo, ela podia ouvir a voz de Draco, podia ouvi-lo gritando com Rabastan e tentando acalmá-la.
Quando o efeito do feitiço passou, Lestrange se virou para Draco.
"Crucio."
Draco gritou e se contorceu de dor, caindo no chão. Hermione pensou que não houvesse nada pior que a maldição cruciatus, mas estava errada. Ver Draco em tamanho tormento era mil vezes pior.
Hermione queria matar Rabastan Lestrange. Ela queria fazê-lo sentir dor, queria dar a ele uma morte lenta e agonizante.
Em uma tentativa desesperada de fazer alguma coisa, Hermione tentou um feitiço sem varinha. E funcionou. A mão de Rabastan amoleceu, como e estivesse sem ossos, fazendo sua varinha cair no chão. Antes que ele pudesse pegá-la de volta, Hermione explodiu a grade da cela lançando Rabastan para trás.
Eles não tinham colocado um encantamento para impedi-la de fazer magia sem varinha? Eles tinham subestimado a sangue-ruim e aquilo os mataria.
Rapidamente, Hermione pegou a varinha enquanto Draco se levantava. Ela apontou a varinha para Rabastan e sorriu.
"Ignis umbrae."
Chamas negras envolveram Rabastan fazendo-o gritar de dor. Infelizmente, aquelas chamas não o matariam, mas o imobilizariam e queimariam sua energia vital até que ele ficasse em um estado semi-morto.
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Paradoxo (Dramione)
FanfictionAo ser azarado acidentalmente por Hermione Granger, Draco Malfoy começa a prestar atenção na garota que tanto machucou. Em meio a brigas e discussões, os dois acabam se aproximando e descobrindo que estão ambos quebrados, mas que juntos, podem se co...