Capítulo 22- Want to go out on a date?

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Haviam se passado 2 dias. Dois longos dias em que Eddie esperava pela volta da namorada.

A garota havia ido para casa, com a promessa de que não demoraria mais que algumas horas para voltar. Mas as horas acabaram  se tornando em dois dias.

Robin estava esparramada no pequeno sofá da cabana, falava sobre todas as coisas que estavam acontecendo pela cidade, mas Eddie não parecia prestar muita atenção.

-Relaxa, cara. -A garota arremessou uma bolinha de papel no rosto do moreno. -Os pais dela surtaram quando ela apareceu. Não sei por qual milagre divino nos deixaram falar com ela.

Ele sabia que a namorada não estava fazendo por mal. Tinha plena consciência de que ela provavelmente estaria surtando, mas estava estranhamente acostumado com a constante presença da ruiva, não tê-la por perto o deixava inquieto.

As feridas estavam melhores, a cicatrização estava correndo bem, e Eddie podia fingir que não havia quase morrido.

-Ei, Robin. -Sabia que a garota detestaria o que ele a pediria. -Tem como, ahn, comprar maconha pra mim? -A expressão de surpresa da loira o fez querer rir. -Eu tô surtando sabe? Sem a Sofia por aqui eu realmente vou precisar de erva.

-Só pode tá de brincadeira, Munson. -Robin já havia preparado um discurso elaborado, mas desistiu de fazê-lo quando notou a ansiedade em todos os movimentos do amigo. -Beleza.

Algum tempo  depois a amiga foi embora, com a promessa de levar o droga quando passasse por lá novamente.

Dustin contou a Eddie o que tinha acontecido com Max, a garota estava no hospital depois do Vecna ter literalmente a matado, mas milagrosamente ela voltou a vida. Os médicos se quer sabiam se ela acordaria novamente.

Pensou em como a namorada devia estar arrasada com aquilo, ela gostava da garota. Tudo aquilo era uma merda, era tão injusto que Max tivesse que sofrer as consequências daquilo.

Dustin havia dito ao seu tio que ele havia morrido no dia do terremoto, não achou que aquilo fosse causar tanta dor, mas ele era como um pai. Era a única pessoa que havia cuidado dele, mesmo de um jeito um pouco negligente, sabia que o tio o amava. Sabia que as horas trabalhadas naquela mina infernal eram puramente para tentar lhe dar uma vida descente. O que aquilo significava? Que ele nunca mais iria vê-lo, mesmo sabendo que estava apenas a algunas quilômetros dali?

A cidade toda achava que ele estava morto, o que era reconfortante até certo ponto, mas Munson não queria viver daquele jeito, escondido como um criminoso. Queria poder dirigir até a Califórnia com Sofia, leva-la a um dos shows meia boca da banda, conhecer os pais dela, queria simplesmente poder andar por aí de mãos dadas com a garota mais bonita que ele já havia visto.

Até a escola parecia mais interessante, encher o saco dos caras do time de  basquete era um de seus passa tempo preferidos. Parecia bem interessante poder beijar a namorada nas arquibancadas, sob os olhares atentos de todos aqueles fofoqueiros.

Estava completamente consumido pelo tédio. Não havia absolutamente nada para fazer naquele lugar e nenhum dos amigos havia voltado. Steve, Dustin, Robin e Nancy estavam ocupados com os outros amigos que aparentemente haviam voltado de deus sabe lá onde. Estava completamente sozinho.

Jogava bolinhas de papel na lareira apagada quando ouviu batidas na porta da frente. Era sempre absolutamente assustador, mas a namorada havia garantido que era quase impossível que alguém passasse por ali.

Quando abriu a porta foi sufocado pelos braços da ruiva. Era até difícil de acreditar que ela estava ali em seus braços. O cheiro doce que já lhe era familiar inundou seus sentidos, tudo que podia fazer era se prender a ela o quanto pudesse.

Hotter than hell - Eddie MunsonOnde histórias criam vida. Descubra agora