Quem?

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Como se pudesse prever a batalha que estava por vir, o dia amanheceu carregado de nuvens pesadas que trazia consigo trovões, raios e relâmpagos.







Sentada sobre os pés escondidos por um tênis preto, estava Kara em meio as flores da clareira. Descansando em seu colo, encontrava-se sua espada sob o escudo. Seus olhos estavam fechados enquanto orava mentalmente para todos os deuses pedindo proteção e vitória.







- Eu não pude protege-la... Mas se for preciso, eu darei minha vida por eles, mais uma vez. – Sussurrou introduzindo sua antiga espada na terra molhada e o colar de sua mãe deslizou até o cabo.







Alex que estava a alguns metros de distância, observou a cena sentindo seu coração pesar ao ver como a garota ainda sofria pela morte da mãe e se culpava por tal atrocidade. Todos ali tinham suas histórias de luta e superação, e com certeza, para quem conhecia o passado de Kara, a via como um modelo a ser seguido.







- Você sabe que não foi sua culpa. – Alex disse ao se aproximar.





- Agora eu sei que não. – Respondeu antes que levasse algum sermão. Sentiu a mão pousar em seu ombro. – Eu passei muito tempo me culpando pelo que não posso mudar. Mas eu posso mudar o futuro e garantir que a maioria ainda esteja viva amanhã.





- Ninguém vai morrer.





- Você não pode garantir, assim como eu não posso. – Se levantou transformando suas armas em um anel e colar novamente. – Mas vou tentar.





- Estaremos do seu lado. – Kara a abraçou. – Sempre. – Afagou as costas da maior e segurou a emoção pela demonstração de afeto repentina.





- Kara! Alex! – Se separaram ao escutar o chamado de Meredith. – Precisam ver isso.





As três voltaram ao refeitório do acampamento onde a maioria estava sentado e reunido em volta da pequena bola mágica, a qual mostrava pessoas correndo de criaturas pelas ruas de alguma cidade. A neve caia misturada a água da chuva deixando pessoas presas que logo morriam devoradas.






- Qual é a situação? – Kara perguntou de pé na mesa. Todos começaram a falar e gesticular ao mesmo tempo. – Silêncio! – Mandou com sua voz celestial e assim tudo ficou mudo. – Nia, resuma.





- Começou há poucas horas. Reportagens já estão sendo feitas, pessoas já estão comentando nas redes sociais, milhares morreram e o caos foi instalado. A névoa não está mais funcionando.





- Onde é a maior concentração?






- Central Park.





- Meredith, eu quero uma equipe sua levando todos que conseguirem para os hospitais mais próximos. – Kara mandou e a filha de Apolo saiu entre a multidão puxando outros consigo. – Lockwood. – Ignorou o olhar relaxado do homem com armadura. – Leve os filhos de Ares com você, exceto Samantha. Ajude Meredith matando tudo pela frente.





- Tudo? – Perguntou com um sorriso de rasgar o rosto. O sangue de guerra imediatamente correu por suas veias.





- Tudo que for maior que um humano. – Kara frisou o ‘’humano’’. – Nia, proteja os perímetros dos hospitais.





Os grupos foram se montando conforme a loira mandava e agora só restava seu pessoal de sempre no meio do refeitório. Lena foi a caminho da namorada quando escutou seu nome ser chamado junto ao de Kate.







A Retaliação dos Esquecidos - SUPERCORP/KARLENAOnde histórias criam vida. Descubra agora