Em algum momento da sua vida você já se perguntou como é estar apaixonado? Como seu corpo reage? Como seu coração e cérebro trabalham em dobro, mas não em sincronia? Filmes, livros, histórias e tantos outros exemplos, nos dizem que se apaixonar é uma das poucas virtudes da vida e que amar é raro. Mas se o amor é um sentimento bom, por que nos machucamos?
Uma pessoa cuja a vida é cheia de problemas, traumas e feridas, podemos amar até que todas as cicatrizes desapareçam? Ou é mais fácil fugirmos da responsabilidade que é estar com alguém? Quantas vezes você pode se quebrar por outro?
Noite estrelada, céu limpo, vento frio e barulhos ensurdecedores de buzinas, eram o complô perfeito para um encontro romântico. Era o que Lena pensava enquanto terminava de abotoar seu sobretudo preto por cima de uma blusa branca gola alta de mangas compridas e calça jeans, nos pés usava uma bota preta de cano alto. Devidamente vestida para enfrentar o frio de Nova York.
Seu estomago se encheu de borboletas ao ouvir a campainha soar no andar debaixo ao tempo em que seu coração parou ao também ouvir a voz de seu pai perguntando quem era. Pegou sua bolsa encima da cama e saiu apressadamente do quarto parando na escada e respirou fundo tentando chegar apresentável.
Em frente ao sofá, no meio da sala, Lionel conversava com Kara que apenas assentia a cada dois segundos.
- Não há Deus no mundo que vá te salvar caso machuque minha filha. – O mais velho disse ameaçador ao apertarem as mãos.
- Não se preocupe senhor, eu mesmo pediria punição aos deuses caso eu o fizesse.
Os dois sorriram falso e desviaram o olhar para a figura parada no pé da escada com a expressão confusa. Kara se aproximou devagar gravando cada detalhe da morena vestida lindamente a sua frente e Lena fazia o mesmo com a mulher a sua frente. A filha de Zeus usava uma camisa com uma estampa de banda qualquer por baixo de uma jaqueta preta de couro, calça jeans rasgada no joelho da mesma cor e coturnos na cor branca, dando um pouco de contraste.
Lena se despediu dos pais e saiu segurando o braço de Kara até o lado de fora onde havia um carro preto estacionado em frente. A maior agiu cavalheiramente ao abrir a porta do passageiro para a filha de Hecáte e seguiu para o lado do motorista indo em direção ao destino.
(...)
Kara de princípio não sabia onde levaria Lena e o que fariam. O máximo de contato humano que teve em toda sua vida fora com seus poucos amigos e sua mãe, ou seja, não tinha uma boa experiência com relacionamentos, e nunca chegou a sair com alguém romanticamente. Resumindo, estava perdida.
Entretanto, sua sorte havia sido Alex, que em poucas horas conseguiu lhe explicar como as pessoas costumam a fazer em encontros. Seguindo meia dúzia de conselhos, resolveu que iria levar Lena para jantar e dar um pequeno passeio pelas ruas de NY.
Então lá estavam elas, sentadas em uma mesa de restaurante comum, com suas mesas enfeitadas com toalhas brancas, pratos, taças e uma garrafa de bebida possivelmente alcoólica. Comendo, conversando e rindo, como casais comuns. Dançaram juntas as outras pessoas enquanto caminhavam no parque, observaram alguns animais e pararam em uma sorveteria para fechar a noite.
Enquanto desfrutavam do sorvete entre risadas, Lena notou algo branco cair em sua mão e logo derreter. Sua expressão confusa e sua parada de repente fez com que Kara a olhasse com interrogação pela movimentação.
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A Retaliação dos Esquecidos - SUPERCORP/KARLENA
Hayran KurguPor debaixo da nevoa do mundo real, criaturas, magia, vilões, heróis, lendas, semideuses e deuses vivem por lá. Pode uma criança ser ingênua o bastante para acreditar? Ou um adulto cético o bastante para ignorar uma diferente realidade? Uma realidad...