capítulo 11

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Lembrou-se da apreensão que sentiu o dia inteiro antes de encontrar Lua para lhe dizer que havia terminado. Que queria o fim do noivado, mas aquela situação não poderia se sustentar mais, já tinha quatro meses que se encontrava com Pérola e desejava cada vez menos Lua. Eles quase não dormiam mais juntos e o mais incrível disso é que ela nem reclamava.
Esta lembrança o enfureceu mais ainda. Esteve com ela dois longos anos e tudo o que conseguira era sexo frio e gozo rápido, muitas vezes imaginando cenas eróticas que via nos filmes, ou recordando suas transas com Pérola. Nem sabia ao certo se Lua realmente atingia o clímax ou fingia chegar lá.

Conhecia a fama de Arthur de garanhão. Ele já saíra com as mulheres mais desejadas da região e todas elas caiam de amores por ele, como ele podia ter se interessado por Lua? Logo ela que era tão reprimida de prática naquele assunto.
A menos que não fosse mais.

E era isso que o enfurecia, o fato de saber que Lua provavelmente havia desabrochado como mulher e que isso ocorrera nos braços de outro homem. Não admitia que Arthur Aguiar tivesse lhe colocado para trás desta maneira. Como ele conseguiu fazê-la baixar aquele muro de pudores? Ele não entendia, muito menos aceitava; 

Ele até poderia estar com Pérola, mas de alguma forma Lua o pertencia e ele não se deixaria vencer desta maneira.
Encontrou Arthur ainda na entrada do prédio, ele conversava alegremente com Chay, irmão de Lua. Parecia já ter se enturmado à família.

Chay falava com um grande sorriso, e dava tapinhas amigáveis nas costas de Arthur, a inveja aflorou mais forte no coração de Pedro. Chay sempre o tratara com distância, mal conversavam enquanto ele foi noivo de Lua.

Neste momento Pedro sorriu com malicia e raiva, o que diria Chay se soubesse que Arthur estava prostituindo sua irmã? Por que era isso que ele estava fazendo, quando a convencia a transar na própria sala.

Ele julgava o relacionamento de Arthur e Lua da pior maneira possível, tomado por um sentimento de posse e egoísmo, e achava que todos pensariam da mesma forma.

Viu quando Chay se afastou e Arthur se encaminhou até seu carro.

"Ei Arthur!"

Ele chamou disposto a comprar briga com o moreno. Arthur virou-se tranquilamente.

" Fala Pedro". - ele disse com deboche.

"Preciso falar com você".

"Já está falando. O que você quer?"
"Creio que você saiba que eu quase me casei com Lua"

Arthur arqueou a sombrancelha.

"Sim...E?"

"E que eu quero saber o que está rolando entre vocês dois?"

Ele disse com ar superior

Arthur fez uma expressão inexplicável aproximou-se dele. Pedro recuou um pouco assustado, mesmo que fizesse um esforço absurdo para manter sua dignidade e não fugir correndo por mais que ele fosse maior do que Arthur.

"Bem, creio que estamos namorando".

"Esta é a sua concepção de namoro? Expor a mulher que você está desta maneira?"

"Expor Lua? Eu estou expondo Lua? Qual é o seu problema cara, você anda por ai agarrado com uma coelhinha da playboy, anda com um adesivo tamanho família no vidro traseiro do carro da sua namorada trepando com outro em um filme com se isso fosse algum troféu e vem me falar de expor a namorada?"

"Isso...Isso não tem nada haver...Lua é diferente..."

"Sim, eu sei que ela é diferente. Ela é linda, é inteligente, é maravilhosa, é sensual e é mulher, não vejo nada de errado nisso. Agora você...Seu problema é outro. Você não enxergou o que tinha antes de perder e agora está se mordendo por que ela conseguiu encontrar o que não tinha com você nos meus braços. Eu sinto muito cara vai ter que acostumar".
"Isso não tem nada haver. Fui eu quem terminou com ela e..."

O professorOnde histórias criam vida. Descubra agora