Capitulo 16

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Quando desceu do carro e encostou nele, achando que esperaria muito tempo até ver o almofadinha sair do prédio, Arthur deu de cara com o próprio, já seguindo para sair.

Com algumas passadas rapidas prostrou-se diante dele.

Pedro tomou um enorme susto ao ver o moreno em sua frente com cara de poucos amigos.
"Oi Pedro. Acho que precisamos ter uma conversinha".

Arthur agarrou o colarinho da blusa bem passada de Pedro e o puxou para trás das pilastras sem lhe dar muito tempo para responder ou pedir ajuda.

"O que é isso?" - perguntou o Pedro assustado.

"isto, é um aula de como tratar a mulher alheia".

Arthur desferiu-lhe um soco no estomago e Pedro arfou.

"Ouça o que eu vou lhe dizer seu filhinho de papai desgraçado. Lua é minha, espero que compreenda isso, sendo assim, eu exijo que você a respeite. Hoje, e apenas hoje, eu não vou estragar sua cara de mauricinho, mas em compensação, você vai voltar lá, vai subir até o andar de Lua e vai dizer a ela que sente muito. Vai dizer também que nunca mais irá desrespeitá-la e que vai deixá-la em paz. e quando fizer isso Pedro, seu celular deve estar no viva voz para que eu ouça, você entendeu?"

Ele assentiu rapidamente.

"Mais uma coisa, no dia que você sonhar em chamar minha garota de prostituta de novo, pense no amor que tem aos dentes. Se você voltar a perturbar Lua, Pedro eu juro por Deus, eu vou caçá-lo e acabar coma sua raça".

Arthur o soltou e ele cambaleou.

"Meu pai...é um advogado..."

Arthur gargalhou.

"O meu pai é ministro, meu tio é juiz, meus primos são promotores. Não importa. Nâo me interessa em quem se apoia seu covarde, agora vá lá e faça o que eu disse, depois esqueça que conhece minha namorada ou eu vou fazer você se arrepender".
Arthur conectou o celular com o de Pedro e continuou no mesmo lugar.

Pedro o encarava com um olhar de terror, enquanto Arthur lhe olhava com um olhar feroz e amedrontador.

"Quero ouvir a voz dela, e vai ser muito, mas muito bom pra você se ela disser que perdoa, então vai rezando e quando chegar lá, implora se for necessário".

Pedro engoliu seco e rumou nervosamente para dentro do prédio. Quando passou pelo segurança o mesmo o questionou:

"Está tudo bem senhor Cassiano?"

Ele deu um ultima olhada de relance para Arthur.

"Sim, está tudo bem".

Depois disso sumiu no elevador.

Não tardou muito em Arthur ouvir as suplicas dele para que Marie o deixasse entrar, riu sozinho encostado a pilastra imaginando a cara de horror de Pedro ao saber que Lua não o receberia tão facilmente, mas finalmente ouviu a voz dela soar no aparelho.

"tem cinco minutos contados Pedro, o que quer?"

Ele sorriu e tremeu.

A voz de Lua lhe causava arrepios e o fato dela soar metalizada pelo aparelho telefonico lhe parecia mais sexy, lembrava-lhe o dia em que transaram pelo telefone. Arthur ficou subtamente excitado.

Ela era segura de si, forte e encarava as coisas de frente. Ela era única, e era tão sua...

Cuidaria para que continuasse sendo.

Arthur ouviu com muita diversão Pedro desculpar-se com Lua, podia ver no tom de voz dela que estava surpresa com a atitude do homem.

"Eu não tive a intenção de dizer aquilo, eu estava de cabeça quente". - dissera Pedro. - Perdoe-me".

"Tudo bem Pedro, deixemos isto para lá".

Alguns minutos depois viu a batida da porta e soube que Pedro havia saído do escritório. Aguardou o homem andar até o estacionamento. Pedro parecia feito de cera, quando olhou para ele.

"Muito bem Pedro, fico feliz que tenha sido tão solicito e prestativo, você mostrou que é educado e vem de boa família".

Pedro não respondeu ao sorriso do moreno.

"Vou deixar você em paz agora, mas antes, tenho algo a lhe dizer. Sei que está arrependido, como eu já havia lhe dito antes e sei também que você está esperando a menor oportunidade para tentar reaproximar-se de Lua de novo".

Tirando coragem sabe-se lá de onde, Pedro ainda conseguiu encará-lo.

"E se for? Vai me ameaçar por ter medo de uma disputa justa?"

Arthur riu alto.

"Medo?Você é engraçado Pedro, realmente muito engraçado, mas sabe, não vou ameaçar você, faça o que quiser, mas saiba de uma coisa, Lua é minha agora e eu realmente não pretendo deixá-la ir a lugar algum".

Sem mais palavras, Arthur virou-se e saiu do local.
Passaram o resto da semana sem se verem, mas marcaram de encontrar-se no sábado, iriam juntos a um clube.

Estariam comemorando um mês que saíam juntos, mas em seu intimo Lua mais lamentava que comemorava.

Completar um mês significava que estava cada vez mais próximo de acabar.

Mesmo assim não queria mostrar sua fraqueza a Arthur, não podia mostra a ele que estava se apaixonando, ou seria tola e fraca diante dos olhos dele.

O sábado chegou e Arthur foi muito pontual.

Estava no apartamento de Lua exatamente as 9 como haviam combinado.

Ele chegou e entrou sem bater, já haviam alcançado este nível de intimidade, ela mesma pediu que ele ficasse a vontade quando chegasse ao seu apartamento e lhe entregou a chave reserva.

Sabia que fazer isso tornava as coisas um pouco mais sérias, pelo menos para ela, mas estava tentando desesperadamente se apegar a algo que a fizesse acreditar que eles teriam algum tipo de futuro juntos.

Estava sentada em frente a penteadeira do quarto quando Arthur entrou. Ele curvou o tronco longo e forte e apoiou a cabeça em seu ombro.

- Bom dia cachinhos dourados.

Ela sorriu docemente e aspirou o perfume que emanava dele, fechando os olhos para apreciar melhor.
"Ah! Não feche os olhos meu amor, me abstem de olhá-los, e eles são tão lindos".

O coração de Lua disparou no mesmo momento em que ouviu as palavras "meu amor". Sabia que usou-as figurativamente, mas não pode evitar seu corpo de reagir, aos poucos abriu os olhos tentando não deixar que Arthur os visse marejados.

"Lindos são os seus. Da cor do chocolate".

Arthur se ergueu sorrindo e ela pode contemplá-lo. Estava de bermuda e camiseta regata, a camiseta favorecia o físico deixando seus ombros largos e braços fortes a mostra.

Lua ergueu-se e abraçou-o sentindo a rigidez da carne forte.

"Mudança de planos linda".

Ela ergueu os olhos curiosa.

"Como assim?"

"Bom, eu quis te fazer uma surpresa. Não vamos mais a um clube".

Ela ergueu uma sobrancelha.

"Devia ter me avisado Arthur, eu preparei roupa de banho e...".

O professorOnde histórias criam vida. Descubra agora