capítulo 4

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"Homens gostam de achar que tem poder Lua. Gostam de sentir que estão no comando. Deixe que eu me sinta no comando, ainda que você determine meus passos nas sombras, ainda que seja você que sussurre as decisões que eu vou tomar no meu ouvido, me deixe possuí-la. Deixe-me sentir-me como seu homem".

"Ah Arthur..."

Ela gemeu de novo.

Ele subiu a saia dela e com precisão levou as duas mãos à fina calcinha que ainda a cobria. rasgou-a sem dificuldades.

"Meu Deus...não podemos fazer isso aqui Arthur... - ela disse vacilante - É perigoso".

"Não! É excitante, e você gosta".

Ele tomou de novo os lábios dela enquanto a sentia abrir sua calça e liberar seu membro pulsante.
"Agora Lua, venha pra mim".

Ela nem pestanejou. acomodou-se como podia no aperto do banco e sentou-se sobre ele permitindo ser penetrada.

Gemeram juntos.
Da maneira como foi possível eles se fundiram, o cheiro de sexo entorpecia suas mentes, o desejo extrapolando os limites.

Lua iniciou uma dança louca no colo dele, completamente dominada pelo desejo que havia se obrigado a refrear durante a semana toda.

Arthur a ajudava, segurando seus quadris, mexendo-se o pouco que podia e beijando-a como era permitido.

Lua gemia descontroladamente, agarrou os cabelos morenos dele e aumentou a pressão.Arthur repetiu seu gesto, embrenhando uma das mãos nos cachos loiros e puxando-os fazendo com que ela descobrisse o significado da expressão "prazer e dor".
Com mais alguns movimentos precisos, Lua deixou a cabeça arriar no ombro dele e mordeu o local abafando o grito quando o orgasmo a atingiu.

Tremeu quando sentiu Arthur gozar como um louco dentro dela.

"Ah Arthur..." - o gemido saiu abafado junto com um arquear de dor de Arthur pela mordida.

Ela ficou ali, por vários minutos, sentindo a respiração dele falha, tentando se reencontrar.

Quando finalmente conseguiu levantar a cabeça e olhar nos olhos dele argumentou:

"Quer mesmo me dar momentos memoráveis para que eu nunca esqueça não é?"Ele riu.
"Não era isso que eu tinha em mente quando me referi a algo inesquecível, porém, caiu muito bem."

"Convencido". - ela disse agora em tom de gracejo.

"Quanto aos momentos memoráveis...Sim, farei de tudo para marcar você como se fosse um ferro em brasa".

Ele a olhava intensamente.

"Será que alguém nos ouviu?"

"Bem provável - ele riu - Você não geme, você grita".

Levou um tapa.

"Seu filho da...""Olha a boca minha loba selvagem."
"Palhaço".

Ele riu de novo.

"Posso subir com você? Minha camisa está estragada".

Ela fez uma careta para ele.

"Pode sim, mas só se...

Ele arqueou a sobrancelha.

"Só se o que?"

"Só se me der mais alguns destes momentos memoráveis."

"As ordens, minha linda pervertida."
Lua havia desabado na cama, Arthur parecia insaciável, incansável. E o mais incrível de tudo é que revelou um lado dela que ela mesma não conhecia. "Lua, a ninfomaníaca".
Ela nunca imaginou ser capaz de transar após uma briga. Sempre que discutia com Pedro seus ânimos se alteravam apenas para a raiva, nunca sentiu tesão para aplacar uma discussão com sexo. Sempre esfriava a cabeça antes de voltara ter qualquer contato com ele.

Também nunca imaginou que seria capaz de transar no banco do carro, num estacionamento aberto de um prédio lotado de gente.

Ficou imaginando o que a Sra Figg do 402 diria se houvesse passado pelo local. Teve vontade de gargalhar ao imaginar a expressão de puro terror que a senhora faria ao presenciar tal cena, mas estava tão exausta que tudo o que conseguiu foi rir pelo nariz.

"Deus, eu poderia ter sido presa por atentando ao pudor".

Era inacreditável o que ela tinha acabado de fazer.Mais inacreditável ainda era saber que após isso ainda tivera energia para três orgasmos indescritíveis sob o tapete da sua sala e sua própria cama.
"O que este homem está fazendo comigo?" - Ela perguntou a si mesma.

Arthur estava transformando-a de maneira selvagem, ele era intenso e a obrigada a acompanhá-lo. E que disse que ela estava achando algo ruim? Muito pelo contrário, ela se sentia mais viva que nunca.

Olhou de lado e o viu dormindo.
Ele era de fato lindo.
Sorriu, mas em alguns segundos seu sorriso morreu. Morreu com a presença de uma fisgada em seu ventre.

"Não posso estar excitada de novo! - disse a si mesma - Isso não é normal, por Deus isso não é normal".

Ela assustou-se com o que sentiu.Sentia o corpo mole e cansado, mas sim, estava com desejo de novo, e desafiaria as os limites de seu próprio corpo se Arthur estivesse acordado.
Balançou a cabeça repreendendo a si mesma.

Lua levantou devagar, não queria acordá-lo, resolveu tomar um banho relaxante e ver se assim conseguia aplacar aquela onda louca e desenfreada de desejo que a consumia.
Lua entrou no banheiro desnorteada. Aquilo tudo, aquela enxurrada de sensações, era tudo muito novo pra ela e a assustava.

Como podia desejá-lo daquela maneira? Apenas olhando suas costas nuas? sem um toque ou uma palavra de incentivo? Por que se derretia daquele jeito com Arthur?

Eram perguntas que ela tinha medo da resposta.

Entrou embaixo d'água e deixou que a corrente caísse em seu corpo, quem sabe a água não aplacaria aquele desejo louco que tomava conta dela e trazia de volta seu bom senso e seus antigos pudores.

Estava absorta em seus pensamentos, os olhos fechados, quase cerrados.

Deu um pulo de susto quando sentiu as mãos firmes de Arthur envolvendo-lhe a cintura.

Estremeceu sobre o contato do corpo quente contra o seu.
Em segundos ele ficou encharcado.

Lua fechou os olhos quando sentiu uma das mãos dele deixar sua cintura e subir até um de seus seios, envolvendo com uma caricia leve. Deixou escapar um gemido baixo quando ele colou mais o corpo contra o dela mostrando uma ereção já aparente.
"Quer me enlouquecer Arthur?" - ela perguntou baixo, já ofegando ao menor contato com ele.

ele riu pelo nariz.

"Quem sabe" - ele disse baixo em seu ouvido - "Estou conseguindo?"

Ela gemeu em resposta e se contorceu quando sentiu a outra mão dele escorregar até seu sexo.

"Arthur...""Ia mesmo aproveitar essa água deliciosa sem mim? Que pecado Lua." - ele disse com gracejos.
Ela não conseguia falar.

"Isso é o que eu chamo de espontaneidade Lua e todos os homens sem exceção, amam a espontaneidade. Adoramos por em pratica a expressão a qualquer hora e em qualquer lugar".

Ela imaginou se havia algo mais sexy que a voz de Arthur quando ele assumia o seu lado "professor".

"No sexo não deve haver limites, deve haver apenas respeito. Para acontecer Lua, não precisamos de um cronograma. Precisamos apenas do desejo e da oportunidade. Não há nada mais excitante que uma mulher que sabe o que quer, uma mulher que não tem medo de fazer o que quiser, uma mulher sem limites impostos pelos outros".

Ela ofegou mais alto.

O dedo dele correu por sua entrada úmida e macia e se perdeu no canal intumescido.

"Ah...Arthur"

O professorOnde histórias criam vida. Descubra agora