capítulo 26

457 26 3
                                    

Ela tentou dizer a si mesma que devia esperar por isso, eles não tinham um compromisso. Não era por que ela tinha sido idiota em se apaixonar que ele faria o mesmo. Não deveria ter se magoado tanto.

Sentiu uma pontada no estomago, vinha sentindo-se muito mal na ultima semana, mas a chegada da menstruação sempre lhe causava dores e enjôos. Além de uma irritação maior nos dois primeiros dias. Como haviam acabado de chegar suas regras, ela estava mais irritada e arredia naquele dia em questão.

Maldito Arthur, por que tinha que ter terminado desta forma. Será que ele não podia ter esperado mais alguns dias?
De que adiantaria ele esperar? Iria sofrer de qualquer modo
Uma lagrima rolou de sua face e ela baixou a cabeça soluçando.

Amava-o, mas a dor de ser trocada era algo cruel. "Olhos lindos" foi a pior parte quando ouviu a mulher se referir ao seu apelido. Ao nome carinhosos que até então era só dela.

Algo de si havia se perdido naquilo tudo.

Seu telefone tocou e ela atendeu.

"Sim Marie?"

"Lua, quero lembrá-la do baile de caridade, hoje a noite. Não pode faltar".

- Ah não - ela gemeu desgostosa.

- Lua, o Grupo Maldonado estará lá, você não pode perder isso.

Ela fez uma careta.

- Certo, não esquecerei.

- Ah Lua...Pedro ligou...de novo.

- Que droga - ela disse baixo

- Ele está insistindo muito, o que digo pra ele?

- Diga que eu o mandei pro inferno e que pare de me ligar ou vou me queixar com o John.

Marie sorriu perceptivelmente do outro lado da linha.

- Certo.

- Obrigada Marie... Ah Marie... Vou sair mais cedo hoje ok? Transfira tudo o que eu tiver para segunda feira.

- Sim.

- Obrigada.

Contrariada ela pegou a bolsa. Teria que comprar um vestido. Seria muito bom se pudesse comprar uma alma nova.

Arthur andava de um lado para o outro sem saber o que fazer. Acabara de ouvir ma mensagem de Mel na secretária eletrônica.

"Acho que gostaria de saber que Lua vai ao baile de caridade do grupo Maldonado esta noite. E que Pedro estará lá. Um dos dois tem que abrir Mão do orgulho Arthur".

A mensagem era curta e direta.

Ele franziu o cenho. Lua estava magoada por acreditar que ele a traíra. Ele estava magoado pelo mesmo motivo. Ela acreditara na armação. Um dos dois teria que ceder, mas por que teria que ser ele e não ela? era inocente não era?

Andou até o quarto em passadas largas e duras e abriu o closet com violência. Viu um smoking que comprara em madeira enquanto estivera lá com ela.

Com ela. Uma semana incrível ao lado dela.

Tirou a peça do cabide e jogou em cima da cama. Rangeu os dentes com raiva. Não iria a lugar nenhum, e se ela quisesse se jogar nos braços do pervertido do Pedro esta noite que o fizesse.

Furioso, ele saiu do quarto batendo a porta.

As horas se passaram e ele continuava sentado lá, olhando o relógio. Imaginando a que horas Pedro chegaria. Quanto tempo levaria para seduzi-la, envolve-la. Pra onde a levaria depois da festa. A casa dele? A casa dela?

O professorOnde histórias criam vida. Descubra agora