– Não acredito no que eu tô vendo. – ouvi a voz da minha mãe Anne resmungar.
Continuei de olhos fechados e apenas me remexi, tentando tirar a minha mãe do meu sono. Um par de mãos apertou meus ombros com força e quando abri os olhos, minha mãe estava na minha frente com uma das maiores cara de desaprovação que ela já nos tinha dado em toda a vida.
– O que vocês dois estão pensando? – ela se levantou e colocou as mãos na cintura – Dormir no quintal, no relento, desse jeito sem se preocupar com nada.
– Tá tudo bem, mãe. – Gary bocejou – Que horas são? – ele coçou os olhos e se levantou – Já está na hora? – ele rapidamente mudou sua expressão para assustado e minha mãe revirou os olhos.
– Claro que não. – ela bufou – Se dependesse do seu pai vocês iam acordar quando a noiva já estivesse no altar.
– Que exagero, Anne. – resmunguei.
– Você é mais criança que seu irmão, sabia?
– Não estou em condições de discutir com você. – suspirei – Ajude-me a levantar, por obséquio. – implorei.
– Ai, garoto. – ela resmungou e passou o braço pelo meu tronco e me ajudou a levantar – Direto para o banho os dois, seu pai está preparando um café da manhã e Riley já foi acordar os outros.
– Sim, senhora. – dei um beijo estalado na bochecha – Ei, Gary, vê se providencia um neto para sua mãe na lua de mel, ela vai sentir falta de um bebêzinho para ela cuidar agora que você vai sair de casa. – falei rindo e ela me deu um tapa na bunda.
– Anda logo, Barry.
Fui cambaleando para dentro da casa e subi para o segundo andar quase de quatro na escada. Entrei no meu quarto que continuava a mesma coisa de quando era adolescente e fui direto para o banheiro tomar um banho quente para relaxar o corpo. Eu estava muito cansado, então aproveitei ficar uns bons dez minutos só deixando a água quente escorrer pela minha cabeça e corpo. Terminei de me lavar e fui até o espelho para fazer a barba.
Desde os meus dezoito anos, quando minha barba começou a crescer decentemente e me dando mais cara de um homem adulto, eu nunca mais tirei ela, sempre a mantendo seja bastante comprida ou mais curta quase rente, mas na maior parte do tempo eu não me preocupava com isso e só deixava ela viver como queria. Peguei a maquininha no armário embaixo da pia e ajeitei o pente nela para aparar um pouco. Fiquei um tempinho diminuindo ela mas sem tirar muito e tomei muito cuidado na hora de fazer as laterais e embaixo. Um movimento errado poderia cagar em tudo.
– Terminou? – minha mãe gritou do lado de fora.
– Quase.
– O que você está aprontando?
– Estou fazendo a barba.
– Ah, ótimo, assim você não vai parecer o Tom Hanks em Náufrago.
– Que que é isso, mulher. – falei rindo – Você tá muita bravinha hoje, o que tá acontecendo?
– Nada. – ela resmungou – Sua roupa está aqui na cama e a comida já está pronta.
Ela com certeza já estava sofrendo por antecipação com Gary saindo de casa e não fazia o mínimo esforço para disfarçar.
Terminei de fazer a barba e coloquei somente uma bermuda velha que encontrei no armário e logo desci para a cozinha comer. Alguns dos meninos já estavam sentados na mesa comendo e Gary provavelmente ainda estava no banho.
– Bom dia. – cumprimentei-os e fui até Riley – Bom dia. – dei um beijo em sua testa – Sua esposa está meio...
– Sim... – ela revirou os olhos – Gostei do visual. – ela passou a mão pelo meu queixo – Deixou você com uma carinha um pouco mais jovem. Uns vinte e cinco anos talvez.
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Amizade Colorida
RomanceCom quase trinta anos, ele ainda acha que a vida é apenas sexo, drogas e rock n' Roll. Sempre com uma mulher diferente, ele não acha que vai conseguir encontrar a pessoa perfeita para viver uma amizade colorida, apenas sexo sem cobranças. Mas e se a...