Capítulo 13 - A Diferença de um Garoto para um Homem

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Quase fui derrubado por Max quando abri a porta da casa da minha mãe e me sentei no chão para brincar com ele. Dava para ouvir quase lá de fora o barulho do pessoal conversando no quintal. Jenna e Gary tinham voltado das suas quatro semanas de lua de mel e pediram que a gente os encontrasse nas minhas mães para eles contarem sobre a viagem. o que difere um garoto de um homem

Nesse meio tempo deles fora, Katherine e eu nos encontramos algumas vezes em festas, às vezes ela estava com alguém, e às vezes eu estava com alguém, então agíamos como se tudo estivesse normal entre nós como sempre foi, e às vezes nos encontrávamos no meu apartamento onde a não precisamos esconder nada de ninguém. Em uma das festas que nos encontramos, quando Will a viu, ele comentou sobre o quão bonita Kate estava no casamento e não consegui esconder um sorriso ao me lembrar do estrago, no bom sentido, que um simples vestido conseguiu causar.

– Porque você sempre atrasa? – Jenna perguntou assim que apareci na cozinha enquanto ela cortava algo na pia.

– Boa tarde, senhora Walsh, como foi sua lua de mel? Acho que meu irmão não deu conta do recado, visto que você está preocupada com o meu atraso. – fui até ela e dei um beijo estalado em sua bochecha.

– Eu não quero ter que contar a mesma coisa mais vezes do que necessário. – ela deu de ombros – Como você está?

– Bem e você?

– Bem também. – ela disse sorrindo.

– Tô vendo mesmo. – dei uma risadinha e ela me empurrou com o quadril.

– Você parece que está com um brilho diferente no olhar. – ela me encarou curiosa – Leva isso aqui para mim no quintal. – ela me entregou uma bandeja de madeira cheia de frios e outros petiscos.

– Você quem fez? – perguntei e ela assentiu.

– Porque a surpresa?

– Sei lá. – dei de ombros – Quem está lá no fundo?

– Suas mães, Gary e Kate.

Meu coração deu um tranco no peito e minhas mãos começaram a suar. Era só eu não falar nada e continuar na mesma, tratando Katherine do mesmo jeito e ninguém notaria. Mas eu não podia negar que era muito mais fácil fingir normalidade perto dos meus amigos em alguma festa, do que ali com Jenna e Gary ao nosso lado em um almoço familiar.

Levei a bandeja para o quintal com Max quase tentando me derrubar no meio do caminho, e quando cheguei os quatro começaram a bater palmas para mim. Eu realmente tinha me atrasado mais do que imaginei.

– Finalmente você chegou. – meu irmão disse rindo.

– Eu nem demorei tanto assim...

– Só uma hora, mas tudo bem. Nem estávamos com fome mesmo. – Riley disse brincalhona.

Cumprimentei minhas mães e me sentei ao lado delas, de frente para Katherine na mesa. Ela me cumprimentou com um sorrisinho simpático e continuou a conversar com Anne. Um mês tinha passado e nós ainda não tínhamos tido uma conversa decente, ou nenhuma, sobre a nossa situação, estavámos apenas deixando levar e pra mim estava tudo ótimo e resolvido. Era uma amizade colorida sem mal algum, mas que precisava ser mantida em segredo.

Jenna logo apareceu com uma jarra cheia de frutas cortadas e começou a nos servir com seu coquetel, o cheiro de álcool com frutas tomando conta do ar.

– Pronto, agora nos conte tudo. – minha mãe disse empolgada – Onde vocês foram?

– A gente chegou já era noite lá, então acabamos comendo no hotel pra sair cedinho no dia seguinte e fomos direto no Louvre. – Jenna falou empolgada – Eu sempre achei que a Monalisa fosse maior.

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