Romance sobrenatural
Jungkook é um vampiro solitário, sendo o único chefe do clã existente carregando o nome de sua família ele vive ao redor do castelo do outro lado da floresta de Suwon. Sem vida e numa rotina chata monótona ele nunca acreditou...
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Corra... Corra até perder todo o seu fôlego.
Corra sem olhar para trás. Ele vai pegar você. Vai pegar você e fazer como da última vez. Enormes hematomas e ameaças de morte. Corra, pequena Sn. Sua alma já está longe, porque neste momento há tanta adrenalina correndo pelo seu corpo que se sente muito mais rápida como nunca antes. O suor lhe incomodava bastante. Não sabia do que sentia mais medo.
Daquela floresta escura, cheia de árvores altas, com arcos enormes ou secos, dos animais e seus barulhos em plena madrugada ou do seu noivo correndo atrás dela gritando seu nome enquanto a procurava como um louco. Fuga era seu principal aliado. Não era a primeira vez que fazia isso, já estava machucada. Muito machucada. Mas então sentiu que teria de levar isso a sério alguma vez.
Ou acabaria morta. Completamente morta. De uma maneira que nem mesmo sua alma descansará. Era mais fácil sua alma se remexer dentro do túmulo ou vagar solitária a procura de algo que vá sanar sua vontade.
Com respiração deflagrada, mãos trêmulas e suadas, ela chegou até uma porta de madeira. Seus olhos cerraram, Sn olhou para cima. Mas não conseguiu enxergar o fim daquele castelo horripilante. Era infinito. Suas pernas fraquejaram. TOC. TOC. TOC. Bateu três vezes seguidas, com bastante força sentindo seu antebraço doer de maneira árdua. Se sentia fraca, estava a quanto tempo sem comer? Não sabia.
Kim Seo-un desejeva que sua esposa estivesse magra no casamento. E não rechonchuda.
Seus olhos cerraram mais uma vez, pesados. Não permaneceram abertos. Ela segurou-se na parede tentando não cair no chão. Foi em vão. Sentiu apenas o impacto de sua cabeça contra uma pedra e apagou de vez. Na escuridão. Tremendo. De medo ou do frio. Ou dos dois.
A porta foi aberta. Pelo mordomo da casa. Seok-Jin arregalou os olhos e se abaixou tentando enxergar melhor quem era aquela mulher. Mas então gritou pelo seu superior sentindo as mãos tremerem.
-Tespan! - Não demorou muito até ele aparecer. Com a mesma roupa de sempre. Um terno preto, com sobretudo da mesma cor e sapatos com saltos pequenos. Com as mãos para trás do corpo chegou até a porta, abrindo-a por completo enquanto seu mordomo se afastou lhe dando visão. Tespan não pensou muito, se abaixou e pegou a mulher em seus braços, os cabelos dela cairam do rosto e conforme ele foi andando pela sala seus empregados lhe encararam de maneira curiosa e duvidosa. - Para onde vai leva-la? - Seok-Jin andou rápido tentando acompanhar o outro.
- Para o meu quarto. Prepare um chá e a banheira para quando ela acordar. - Tespan começou a subir as escadas quando, minuciosamente, olhou para a face da mulher em seus braços. Machucada, sangrando e fraca. O cheiro daquele sangue fez suas presas ficarem salientes. Doidas para furar aquele pescoço e sentir o sabor, ou melhor, confirmar se aquele sabor era tão bom quanto o cheiro.
Mas aquele rosto. Aquela boca. Aquele nariz. A pinta na testa.
Ele o conhecia. Muito bem.
Jungkook nunca acreditou na lenda da reencarnação. Há apenas duas formas de um vampiro morrer. Tendo seu coração arrancado do corpo ou permanecendo com uma estaca cravada em seu coração. E a sua esposa não foi nenhuma delas. Ong Sn morreu envenenada. Com um veneno chamado Kalin, uma erva que quando usada mais de uma vez atinge diretamente o coração e o queima como ácido. Lentamente ou imediatamente. Em seu caso, imediatamente. Bastou uma segunda xícara de Kalin para seu corpo fraquejar e seu coração queimar. Parando de bater completamente.
