5. Reencarnação da alma

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Tespan não dormiu nos últimos dias

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Tespan não dormiu nos últimos dias. Disse a Eunwoo que falaria com ela em breve, em vez disso apenas seguiu sua rotina novamente evitando estar de fato com a mulher por muito tempo sem imaginar a sua esposa ali. Já fazia um mês e algumas semanas que ela estava ali e se quer desconfiava.

Eunwoo sabia o dilema que ele estava. Olhava para ela e via sua esposa, mas assim que notava o braço mecânico, a personalidade forte e a vida sofrida, caía na real. Aquela não era a sua esposa, mesmo que a sua alma fosse e mantesse algum tipo de contato. E claro, o vampiro sabia que Jungkook também ia se apaixonar por ela, talvez por ter a mesma cara de seu único amor, ou talvez por sua história de vida apaixonante.
Ele também tinha medo de falar aquilo e era ir embora, sair do castelo da mesma maneira que chegou. E não queria que ela voltasse para a cidade, para as mãos daquele delinqüente que tanto abusou dela, uma mulher frágil que precisava de abrigo e carinho. Era compreensível a maneira como ela via o mundo, mas não se manifestava. Não era apenas seu braço esquerdo que era  limitado, sua mente também.

Jungkook achava deprimente a maneira como ela fora criada e também como foi crescida na cidade, e por isso que a via como um ser ainda mais indefeso ao olho humano, a ação humana. Apesar da contemporaneidade muitas coisas ainda permanecem, como casamentos arranjados por motivos ridículos, assim como o dela.

- Sn? – Jungkook a chamou no jardim, Sn sentia a brisa do fim de tarde enquanto assistia o por do sol de maneira que seus cabelos ficassem ainda mais bagunçados e suas costas doessem um pouco devido a posição.

- Não é lindo? – O vampiro se encostou numa árvore próxima e olhou na mesma direção que ela concordando com suas palavras. – O que estou falando, alguém como você não deve gostar dessas coisas. – Riu.

- Está tudo bem, eu também posso ser sensível. – Deu os ombros. – Fico feliz em ver você feliz gostando de algo, você é bem expressiva. E isso é muito bom.

Sn retirou seus olhos daquele corpo magnífico coberto por uma roupa de pano fino toda preta e encarou o gramado envergonhada, mordeu os lábios se levantando e mexendo os dedos de metal levando-os até a face dele. Sentiu vontade de chorar. Nunca ninguém quis ser tocado pelos seus dedos, pelo seu braço falso. Todos diziam ser nojento, isso a tornava nojenta também e por muito tempo seu braço se tornou seu pior inimigo. Andar com ele a mostra era um grande pesadelo.

- Você não... acha meu toque ruim? – O vampiro fechou os olhos notando o sobrecarrego naquela voz mansa e sofrida. Quando ela ousou tirar sua mão da bochecha dele, ele a colocou de volta. Não era ruim, era frio por conta do metal, ele ama frio.

- Eu gosto. Esse seu braço diferente... ele é frio. Gosto de frio, é minha temperatura preferida. – Sorriu sem mostrar os dentes sentindo um frio na barriga repentino. – É uma sensação diferente e boa, Sn. A moça abriu a boca brevemente pela surpresa. – Você está envergonhada. – Era como se o cheiro dela ficasse um pouco mais parecido com o de um morango quando está com vergonha.

A LENDA DO BARBARO SOMBRIO • JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora