Vicienzo

Vicienzo 36

Após a reunião eu me sentei em minha cadeira e encostei minhas costas.
Aqueles japoneses estão muito interessados em levar nosso vinho para o Japão, e também ajuda para trazer o saque para o Brasil.

É meio complicado essas questões, pois eu fico me perguntando, como ? Como vamos fazer isso sem mudar os rótulos e os nomes da marca.
Bom ele me disse que queria que a nossa empresa fosse um tipo de ponte entre Japão e Brasil, terei de conversar com meu pai e meu avô, temos exatamente duas semanas para decidirmos tudo.

-Hoje poderíamos sair para comer o que acha?
Meu irmão fala enquanto fica mexendo nas minhas coisas.

Suspiro.

-comer o que?
Pergunto enquanto encaro o teto.

- comida  japonesa seria uma boa ideia.
Levanto a sobrancelha.

Ele foi influenciado pelo japonês.
Que eu percebi que ficou muito interessado em Sarah, quando ja estávamos despedindo ele a olhava de forma estranha, e eu não suportei isso, quase peguei e a coloquei em meu lado a segurando forte, só para ele parar de olhá-la.

-não acho que será uma boa ideia, vamos lá pra casa, vai você e chama o Enrico e vocês dormem lá em casa.

Ele sorri e concorda.

– acho uma ótima ideia.
Ele diz e pega o celular, provavelmente já vai mandar mensagem para o Enrico, meu irmão é muito ansioso não consegue esperar.

—você acha que ele voltou com intenção de tentar algo com a nossa irmã?
Tommas senta em minha frente e fica me encarando.
Lógico que meu amigo gosta de minha irmã, mas eu apoiaria super, já Tommy...

—creio que não, passou muito tempo desde que eles quase se beijaram.

Ela mostra a língua, com nojo.

—é, deve ser, ele deve ter encontrado com Espanhola gostosa por lá.

Ele ri e eu suspiro, sei que isso não aconteceu, meu amigo ama a Lorelay.

—mas  e Sarah ?
Ele me pergunta e eu tiro minha atenção do computador.

—o que tem ela ?
Pergunto e encosto na cadeira.

—ela parecia um tanto nervosa do lado do... como é o nome daquele japonês mesmo ?

Suspiro e o encaro.

—Diego...
Digo e ele concorda.

—isso, ela ficou tão nervosa quando levou ele até nós e depois ficou tensa também no final, ela estava branca feito papel.

Eu tinha percebido também, ela estava tremendo.

—depois converso com ela.
Digo e ele fica me encarando.

—por que mão pede essa garota logo em namoro ?
Ele fala e eu me lembro de tudo que aconteceu, minha mãe, meu pai, todos da firma.

—pois tem muita coisa em jogo, nossos pais é o maior empecilho.

Ele suspira e se joga na cadeira.

—tem aquilo da Porsha né?

Confirmo com a cabeça.

—eu não sei mais o que fazer, ou como negar esse casamento arranjado, estou de mãos atadas.

—chama papai e mamãe para uma conversa, assim joga tudo na roda.

Suspiro.

—você sabe que eu já tentei...
Digo e ele solta um "tsh"com a boca.

—você até agora falou que não queria, e brigou com eles, mas nunca sentou e conversou de verdade e mostrou seus motivos para negar essa situação.