Princesa Da Tailândia

Capítulo 3

Pov Rosé

Os dias passaram lentamente, hoje era sexta feira e eu estava animada, vou fazer show a noite em um barzinho, fazia duas semanas que ninguém me convidava e cantar sempre será a coisa que eu mais gosto de fazer.

Enquanto a noite não chegava, eu estava na floricultura, era pouco mais de 09:00 da manhã. Nenhum movimento, só vendi um buquê de flores hoje.

Estava concentrada lendo uma revista de moda, quando a porta foi aberta.

Franzi minha testa tentando conhecer aquela pessoa, usava capuz, boné, e ainda tinha um óculos enorme na cara. A meu Deus, socorro, socorro, socorro, que nãos seja ninguém ruim, por favor. 

Reconheci ser uma garota, pelo volume dos seios, por mais que fosse pouco notável, pobre ser, desprovida igual eu. É uma garota, ela não deve me fazer mal. 

Suspirei e baixei meus ombros quando ela retirou o capuz e o óculos.

Lalisa Manoban.

— Enfim te encontrei!

Observei o enorme sorriso da mulher, mostrando todos os dentes incrivelmente alinhados, quando ela sorri os olhos se fecham e por causa da franja, quase nem da para vê-los.

Levantei uma sobrancelha para ela.

— Estava me procurando?

Pronto, será que a polícia já está lá fora para me levar?

— Claro, você jogou um buquê de flores em cima de mim, e saiu pisando duro.

Lalisa caminhou até o balcão que eu estava sentada atrás. Meu coração disparou, minhas mãos começaram a tremer.

— Como me encontrou? – Passei a mão na minha nuca, tentando me acalmar.

Não é possível que ela vá me prender, só porque joguei umas flores nela, no calor do momento.

— Fui ligando os pontos e pedindo informações. – Ela abriu novamente um lindo sorriso para mim. — Tudo bem?

É impressão minha ou ela está sendo incrivelmente legal? Se ela fosse mandar me prender, não estava sorrindo. Ou estava? Acho que estou ficando paranóica.

— Hum... Estou bem, sua alteza real, e a senhorita?

— Bem! Quero flores! – Lisa bateu com os dedos no balcão, fazendo um barulhinho das unhas colidindo com a madeira.

— Alguma específica?

Graças a Deus, ela não vai mandar me prender e ainda vai me dar lucros.

— Am... Eu nunca comprei flores antes, quais você gosta?

— Eu? Eu gosto de tulípas, é para sua mãe?

— Não, é para uma garota.

— Ah... – Peguei meu avental e caminhei até a prateleira onde ficava as tulipas. Peguei uma branca e uma vermelha, quando ia me virando para ir até Lalisa, colidi com ela que estava parada na minha frente.

A garota segurou minha cintura, e sorriu para mim. Qual problema dela de ficar sorrindo a todo momento?

— Nós duas estamos nos esbarrando demais, não acha?

Sai rapidamente dos braços daquela mulher. Abusada.

— Eh... Aqui... Tulipa vermelha significa amor verdadeiro.

— A branca significa perdão, certo?

— Ah... Sim... Você sabe o que significa a... – Olhei para ela sorrindo de novo e engoli em seco. — ... Quer dizer, o significado das flores? Você sabe?