Alguém faça as vozes pararem
Façam elas se calarem
Eu imploro por clemência,
Por remédios, por paz
Só façam elas pararemTirem-nas de dentro da minha cabeça
Elas falam demais
Por mais que eu não mereça,
Antes que um desastre aconteça
Só me ajude a estar em pazAlguém, por favor, me ajude
A beira do abismo eu estou
E nele, me enxergo
Nele quero me jogar.
As vozes me dizem para pararFaçam elas pararem
Na minha mente, elas dançam
Palavras, sons e frases inteiras
Repletas de dor, ódio e sofrimento
Sapateiam pela madrugada
Enquanto me pedem para ficarElas me obrigam a continuar
Atormentam-me todas as noites
Me fazem acordar pela manhã
Dar um passo atrás do outro
Sofrer por mais um dia, por mais alguémAlguém, por favor, pare as vozes
Que me impedem de estar em paz
De recolher-me na escuridão
Alguém, por favor, faça-as parar
Digam para que elas desistam
Pois tudo o que quero é chorarEu imploro por clemência,
Por remédios,
Qualquer coisa que as faça pararEu imploro, me deixem em paz
Me deixem ir
Me deixem parar de respirar
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Desimportante
Non-FictionDas crises de ansiedade pro papel, enquanto a sanidade durar.