Até onde eu consigo levar o meu egoísmo?
Quantos eu preciso machucar, magoar, sufocar, pra entender que o problema sou eu?Vejo as minhas sombras em todos,
Crio problemas inexistentes,
Brigo, grito e choro só.
Ofendo sem perceber,
Machuco sem querer,
Magoo e magoo-me ao saber.Será que eu sempre fui tão ruim assim?
Que meu cuidado, meu carinho e minha devoção
Na verdade estão imbuídos com a minha insegurança?
Que enganei a mim e aos outros esse tempo todo?Atormento meu amor, sua mente e também sua alma,
Enquanto putrefaço a minha.
Despedaço os bons momentos em segundos,
com um extenso número de palavras e meias mensagens inclusas.Provo da pouca sanidade que me resta,
Tem um gosto amargo, metálico.
Como o sangue, como a raiva, a loucura,
Tento enxergar em meio ao mar vermelho diante os meus olhos,
E só vejo, depois, o estrago.Cortando suas asas,
Assim me sinto fazer,
Podando tuas ações,
Cerceando o teu livre arbítrio.
Como um dono, um sequestrador, um monstro.
Aprisionando quem eu quero ver livre,
Com o que eu chamo de amor.
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Desimportante
Non-FictionDas crises de ansiedade pro papel, enquanto a sanidade durar.