As crises não deveriam doer tanto assim.
Não mais,
Não depois de tanto tempo.
Mas ainda são como na primeira vez.
Sempre me empurrando,
Subjugando,
Me puxando pro abismo.
Me afogo em lágrimas,
Chorando copiosamente por horas,
E horas a fio.
Lágrimas pesadas,
Cheias de significado,
E ao mesmo tempo, nenhum.
Escorrendo entre os olhos,
Pelas maçãs do rosto e nariz,
Pescoço e colo.
Soluço e frio,
Tremor e ódio,
Dor.
E vazio.
Nada mais importa,
Já não sei quem sou.
Imersa nas minhas próprias verdades,
Mentiras.
Todos os dias,
Sorrisos falsos,
Está tudo bem,
Ninguém liga.
Não querem te ver chorar.
Não importa,
O quanto eu choro nesta noite
É só um ensaio
Pro resto dos dias da minha vida.
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Desimportante
Non-FictionDas crises de ansiedade pro papel, enquanto a sanidade durar.