𝐆𝐄𝐓 𝐘𝐎𝐔| ˡᵘᶜᵃˢ ˢⁱⁿᶜˡᵃⁱʳ

05. Dig Dug

November 2nd, 1984

Hawkins, Indiana

pov Anna

          A MÚSICA TOCAVA suave, bem baixa, o barulho dos pássaros e das pessoas do lado de fora era notável. Já tinha chegado em casa e estava pintando em uma tela, tentando me distrair de tudo que estava acontecendo. Pintar era minha terapia, sempre faço isso quando estou estressada ou nervosa, me ajuda muito.

Ouço batidinhas na minha porta e logo ela se abre, Steve entra no quarto com um buquê de rosas vermelhas em mãos, arqueio a sobrancelha confusa.

— Você vai comigo pra eu me desculpar com a Nancy. - Ele fala me fazendo franzir a sobrancelha.

— Por que? - Pergunto confusa.

— Porque quero sua ajuda. - Ele fala simples. - Vamos!

— Tem certeza que quer minha ajuda? - Indago enquanto guardava minhas tintas.

— Não tem ninguém melhor no momento pra me ajudar, então.

Ele sai do quarto em seguida, balanço a cabeça e o sigo pra fora do quarto, indo em direção a porta de casa. Saio trancado-a em seguida e entrando no carro.

No caminho Steve tentava fazer um discurso de desculpas enquanto eu tentava o ajudar e ria de sua cara ouvindo o menino reclamar dizendo que me chamar foi uma péssima idéia.

Ele estaciona o carro assim que chegamos saindo do mesmo, grito um boa sorte irônico e ele mostra o dedo do meio antes de fechar a porta do carro.

— Steve. - Ouço uma voz familiar chamando meu irmão.

Olho pela janela vendo Dustin e Peter se aproximando de Steve me fazendo franzir a testa, confusa, o que eles estavam fazendo aqui?

— É pro tio Ted ou pra tia Karen? - O cacheado pergunta se referindo ao buquê.

— Não.

— Ótimo! - Ele arranca as flores da mão do Steve e vem em direção ao carro com Peter atrás.

— Ei, como assim? - Steve pergunta ainda parado no lugar.

— A Nancy não tá aí. - Ele responde simples.

— Cadê ela? - Harrington questiona. - E quem é esse menino?

— Eu sou o Peter Crawford! - Peter responde sorrindo e olhando pra trás para ver meu irmão.

— Isso não interessa, temos problemas maiores que sua vida amorosa agora. - Dustin responde.

Ele abre a porta de trás do carro assim que se aproxima do mesmo. Me viro pra trás para vê-lo.

— Ah, oi, Anna! - Ele vira pra mim sorrindo e depois vira pra Steve. - Ainda tem aquele taco?

— Que taco? - Diz balançando os braços.

— Aquele com pregos. - Dustin indaga.

— Por que?

— Eu te explico no caminho. - Fala entrando no carro.