03. The Pollywog

770 63 30
                                    

November 1st, 1984

Hawkins, Indiana

pov Anna

          ACORDO ASSUSTADA com um aperto no coração, um sentimento ruim, olho ao redor tentando me acostumar com a claridade, percebendo que havia esquecido de fechar a janela na noite passada.

Passo a mão pelo rosto frustada e olho pro relógio rosa que ficava na parede branca decorada com flores amarela, vendo que estava na hora de me arrumar pra ir a escola.

Respiro fundo ainda assustada e escuto uma batida na porta do quarto.

— Fuinha vamo... - Steve indaga assim que entra em meu quarto após eu permitir, mas para quando percebe meu estado. - Tá tudo bem?

— Sim, claro! - Minto lhe mandando um sorrisinho.

Ele arqueia a sobrancelha não acreditando no que acabei de responder mas resolve não me contestar.

— Então tá. - Fala simples. - Se arruma logo, o café tá pronto.

Concordo com a cabeça vendo ele sair do meu quarto e fechar a porta. Suspiro, afastando esse sentimento e levantando para tomar um banho.

— Ei, Peter!

Falo assim que vejo o menino Crawford, já na escola, tinha acabado de chegar.

— Ei, Anna Banana! - Sorriu com o apelido enquanto ele bagunçava meu cabelo. - Como vai?

— Vou bem. - Ele acente com a cabeça.

Olho pro corredor vendo Lucas e Max conversando, decido ir até eles perguntar sobre Will já que não tinha notícias do menino. Puxo Peter comigo que vai sem reclamar.

— Ei, gente! - Cumprimento assim que chego perto deles. Max sorrir e Lucas fecha a cara, fico sem entender. - Vocês tem notícias do Will?

— Não. - Lucas fala seco, arqueio a sobrancelha em confusão.

— Ei, bonitão, tá tudo bem? - Pergunto.

— Claro. - Dou de ombros e escuto o sinal tocar.

Olho pra Sinclair que ainda parecia emburrado, reviro os olhos e vou em sua direção fazendo cócegas nele que abre um sorriso de imediato.

— Para! Já chega! - Ele fala entre risadas, rio parando em seguida.

— Vamos pra aula, bonitão. - Envolvo meu braço em sua cintura e ele coloca em volta do meu ombro.

Escuto risadas atrás de mim, olho pra trás vendo Max e Peter rirem se olhando, sorrio com a interação deles e fomos para sala juntos.

— O caso de Phineas Gage é uma das maiores curiosidades médicas de todos os tempos.

Sr. Clarke contava a história sobre Phineas Gage enquanto eu estava perdida em meus pensamentos.

Não conseguia presta atenção na aula, confusa com meus sentimentos, um aperto que não sabia de onde vinha, me deixava aflita e ansiosa. Senti minha perna começar a tremer com a ansiedade que estava sentido, sabia que algo de ruim estava para acontecer só não sabia o que era. E era isso que me deixava mais angustiada.

𝐆𝐄𝐓 𝐘𝐎𝐔| ˡᵘᶜᵃˢ ˢⁱⁿᶜˡᵃⁱʳOnde histórias criam vida. Descubra agora