O começo do fim de um pesadelo real

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JENNIE

O barulho do martelo batendo na madeira é como se tivessem tocado um sino dentro de minha cabeça.

Olho para Jisoo e ela parece tensa. Pego a mão dela e entrelaço nossos dedos, dando um leve aperto. Ela se vira para mim e dá um breve sorriso.

- Vamos começar o julgamento referente ao desvio de dinheiro que causou o trágico acidente nas linhas de metrô. - alguém que não sei o cargo diz e minha garganta se aperta. É a vez de Jisoo apertar minha mão.

- Você não deveria estar lá para acusar? - sussurro baixinho para Sehun que suspira e me olha rapidamente.

- Essa ação é movida pela promotoria pública porque envolve contratos com a prefeitura.

- Não entendi nada do que você disse. - faço beicinho e escuto Jisoo rir baixinho.

- Como o crime foi cometido por uma empresa que havia relação com a prefeitura, não tem como eu, um advogado que defende interesses particulares, me envolver, entendeu? - ele sorri para mim como se explicasse algo para uma criança.

- E quem vai acusá-lo?

- Os advogados da prefeitura.

- E como isso nos ajuda? - cruzo os braços, olhando para o lugar dos réus.

- A prefeitura não quer ser envolvida nesse escândalo, pode ter certeza que com tudo que conseguimos, eles vão partir pra cima de quem puderem para jogar a culpa. - Sehun apoia a mão em meu ombro e aperta, como se indicasse para eu me calar quando Yang e o pai de Jisoo se sentam no banco dos réus.

- Queria que ela estivesse aqui. - ouço Jisoo dizer depois de algum tempo ainda encarando seu pai.

- Não se preocupe, Sooya, vão conseguir prendê-la. Mesmo que ela tenha fugido, ela não vai conseguir se esconder para sempre. - Jungkook diz - Até a polícia internacional está atrás dela, vigiando os aeroportos, portos e estradas.

- Vocês subestimam a inteligência da minha mãe. - Jisoo balança a cabeça em negação - Ela conseguiu incriminar meu pai por tudo que ela orquestrou.

- Silêncio no tribunal! - a juíza bate aquele martelo irritante de novo e eu me assusto, a xingando mentalmente.

O promotor do caso começa a sessão falando o nome de todas as vítimas daquele dia e meu coração fica tão pequeno quando ouço o nome de Lisa.

Sinto algumas lágrimas escaparem e Jisoo passa o braço em meus ombros, me puxando para si. Ela não fala nada, apenas fica acariciando meu braço enquanto ouvimos o pai dela tentando se defender.

Quanto mais as provas vão sendo apresentadas, menos argumentos meu sogro tem para rebater.

Parei de prestar atenção e solto um suspiro pesado. Não entendo nada de termos jurídicos e estou imaginando se irá demorar muito para darem o veredito final quando sinto uma mão apertando meu ombro.

Olho para cima para ver Bambam e os pais de Lisa. Ele acena para irmos para fora da sala de julgamento e eu os acompanho, deixando Jisoo para trás.

Parte de mim está feliz que os pais de Lisa saíram da Tailândia para participar do momento em que finalmente parte da justiça será feita.

Acidental - JensooOnde histórias criam vida. Descubra agora