Capítulo 12

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— Olá, princesa — disse Arizona, cumprimentando Sofia. A pequena abraçou-lhe rapidamente antes de entrar correndo na sala de aula.

— Oi, minha linda — Arizona disse baixinho ao abraçar Callie, que não conseguiu esconder o sorriso ao ouvir chamá-la assim.

— Oi, meu amor — a médica disse, por fim, sentindo a respiração de Arizona ficar um pouco mais suave em seu pescoço, como se a loira estivesse soltando o ar de seus pulmões lentamente, tentando absorver a frase dita pela médica.

— Vai ficar difícil, não vai? — perguntou a loira, quase em um sussurro.

— O quê? — perguntou Calliope, também sussurrando.

— Se eu disser que ... hum... — Arizona se  inclinou um pouquinho para se certificar de que somente a médica estivesse ouvindo — estou usando toda a minha reserva de energia para não te beijar agora você não acreditaria.

Calliope sorriu boba. Vinha sendo assim desde que a havia visto a primeira vez e se intensificara depois que elas começaram a admitir o que sentiam uma pela outra.

Na noite anterior, em que as duas conversaram por horas enquanto tomavam sorvete direto do pote, Callie não desejava estar em nenhum outro lugar e com nenhuma outra pessoa a não ser com Arizona. Embora a médica estivesse fadigada e lutando contra o sono, era completamente aceitável ela querer permanecer com a mulher mais linda e incrível do mundo todo.

Uma vez havia lido em algum lugar que o amor é relaxante, estar com alguém, conversar, contar piada, fazer bagunça e depois nem querer dormir porque significa que você vai ficar sem ver aquela pessoa. Nesse momento, ela só conseguia pensar em uma pessoa que a faria sacrificar seu sono apenas para desfrutar da companhia por mais tempo.

Ela não sabia o que estava sentindo, se isso já podia ser considerado amor, se não era talvez fosse algo muito mas muito próximo, a um passo de se tornar amor.

— Então é melhor eu ir, não acha? — Callie aproximou mais um pouquinho — Sua aula ainda nem começou e eu imagino que essa reserva de energia será muito necessária para lidar com pequenos seres humanos elétricos — falou sorrindo — A propósito — ela respirou fundo — eu também quero muito beijá-la e, ahn...sim vai ficar muito difícil — Callie aproximou mais um pouquinho, perdendo completamente a noção do perigo. No mesmo instante alguns pais passaram pelo corredor e a médica saltou para trás, rindo da sua ousadia.

— Você não está me ajudando em nada — disse Arizona sorrindo, dando uma bronca em Calliope.

— Perdão.

— Tudo bem — Arizona se aproximou da porta, indicando que tinham que se despedir — Te vejo mais tarde!

— Por favor.

A loira sorriu e mandou um beijinho para a médica antes de entrar e fechar a porta atrás de si.

Calliope sorriu de volta, Arizona amava a maneira como os olhos acompanhavam o sorriso da médica, fechando-se de forma sutil.

[...]

Calliope voltou para o hospital, teria que trabalhar em sua pesquisa e acompanhar alguns pós operatórios.

Estava no laboratório, quando Mark Sloan entrou, cheio de si e com o andado galanteador que só ele tinha.

— Oi, Callie. Você tem estado tão incomunicável. Abre o jogo...

— Oi, Mark. Não há nada — antes mesmo de terminar a sua frase, Callie deixou escapar um sorriso e isso foi o suficiente para Mark Sloan ficar no seu pé.

— Ah, qual é Callie. Pra cima de mim? — ele se aproximou da médica e se inclinou sobre a mesa dela, tentando ver até onde ela seria capaz de sustentar o olhar sem vacilar de novo — Nunca tivemos segredos, você sabe. Eu a conheço tão bem que sei que o motivo desse sorriso tem nome e... — ele parecia pensativo — cabelos loiros, olhos azuis e, ah...um perfume delicioso — provocou-a.

Moments - CALZONA - CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora