capítulo 4

694 40 4
                                    

Duda narrando on
- que ela perdeu o pai há dois anos em um acidente de carro e desde então se tornou dona da empresa tatto model.
- isso todo mundo já sabia, diz mais alguma coisa?
- pior que não, que garota misteriosa.
- boa sorte ai na suas pesquisas, eu vou tomar um banho e ir dormir, boa noite irmãzinha -ele beija minha testa e sai do quarto.

Meu irmão saiu do meu quarto e eu continuei ali pesquisando e procurando mais coisas sobre a vida da bianca, eu queria descobrir mais sobre ela.
Depois eu desliguei o notebook e fui dormir, Bianca me disse que amanhã teremos uma reunião de negócios, ou seja, o dia será longo.
No outro dia, cheguei na empresa e fui direto preparar o café da Bianca e espero que dessa vez eu não erre.

- senhorita Tatto -falei batendo na porta.
- pode entrar -ela fala e entro.
- trouxe seu café -falei indo até a mesa dela com a bandeja.
- espero que dessa vez eu não queime minha boca, senhorita Kropf -ela fala pegando a xícara.
- juro que não vai, fica tranquila -falei e ela da um gole no café.
- caraca, tá do jeitinho que gosto -ela fala surpresa.
- ufa, ainda bem -falei aliviada.
- isso tudo é medo?
- claro, imagina queimar sua boca de novo -falei e ela riu.
- aquilo foi só um acidente, eu que fui precipitada e tomei sem te perguntar se estava quente.

Ok, como essa mulher consegue mecher tanto comigo sem fazer nada? caralho, que ódio, fiquei olhando pra ela feito retardada, certeza que ela percebeu.

- senhorita Kropf, tá tudo bem? -ela fala e eu caio na real.
- ah claro, tá tudo bem sim, dei uma leve viajada, desculpa.
- relaxa, eu também sou assim, tá pronta pra nossa primeira reunião?
- tô pronta, andei pensando em algumas propostas inclusive.
- quer me contar?
- não, prefiro fazer suspense e só falar na reunião.
- vai deixar a sua chefe curiosa? -ela fala indignada.
- aham, tipo isso.
- tá bom, já que prefere assim -ela sorri e eu sorrio de volta.
- agora vou voltar ao trabalho, com licença -falei saindo.
Duda narrando off

Bianca narrando on
O que essa garota tá fazendo comigo? perco minha fama de empresária seria fácil desse jeito, mas confesso que eu tô gostando disso
Bianca narrando off

Duda narrando on
Um pouco mais tarde tivemos a reunião e agora sim eu pude ver a bianca seria que eles tanto disseram, mas aquilo me atraiu muito, ela com a cara fechada e focada na reunião, mas quando tá comigo ela é engraçada, descontraída, até parece que ela tem duas personalidades, ainda não sei o porquê dela me tratar diferente.
Me perco nesses pensamentos até ouvir uma voz suave me chamando.

- senhorita Kropf, o que está fazendo aqui? já está tarde -ela fala me tirando desses pensamentos.
- ah eu... tava checando se tá tudo certo com a papelada que vamos mandar pra os interessados.
- quer ajuda? -ela puxa uma cadeira e senta do meu lado.
- não precisa, eu faço sozinha.
- eu faço questão de te ajudar, e você precisa ir embora descansar.
- já que insiste -não podia recusar ficar mais tempo com ela.
- como eu posso te ajudar? agora você que vai ser a minha chefe.
- uau, nunca imaginei ouvir isso -falei e ela riu.
- poisé, pra você ver como as coisas são -ela fala olhando nos meus olhos e faltou pouco pra eu beijar ela.

Ela me ajudou a checar a papelada, e só tinha nos duas na empresa, a gente tava sozinhas, dava pra ter acontecido tanta coisa ali, mas eu consegui me controlar.

- quer um carona? -ela me olha.
- não precisa, eu vou de uber.
- já tá tarde, não é seguro você ficar andando de uber uma hora dessas.
- mas não precisa, não quero te incomodar.
- você não vai me incomodar, deixa eu te levar, juro que não vou te sequestrar -ela fala em um tom brincalhão e nos demos risada.
- tá bom, tá bom, eu aceito sua carona -eu sorrio e ela sorriu de volta.
- então vamos -ela chama o elevador.

Descemos o elevador conversando e fomos até o carro da Bianca.

- mas eai? o que você gosta de fazer no seu tempo livre? -ela fala enquanto dirige.
- você vai rir de mim se eu falar.
- lógico que não, jamais, pode falar.
- eu sou apaixonada por cantar, desde pequeninha eu sonho em ser uma popstar.
- sério? que legal, pode dar uma palinha pra mim? -ela demonstra está interessada de verdade.
- assim do nada? -falei surpresa.
- sim, porque não?
- eu preciso me preparar primeiro, quem sabe outro dia.
- você é cheia de suspense -ela me olha.
- não mais que você, ninguém sabe nada da sua vida.
- eu prefiro assim, mas você pode me perguntar o que quiser.
- e o que você gosta de fazer no seu tempo livre?
- eu gosto de ler, jogar videogame, tocar violão.
- você toca violão? -perguntei com meus olhos brilhando.
- toco desde de pequeninha.
- você podia tocar pra mim um dia.
- claro, quando você resolver cantar pra mim.
- engraçadinha -cruzei os braços.
- certeza que dariamos uma ótima dupla, você cantando e eu tocando sendo sua segunda voz.
- mas você nem sabe se eu canto bem -questionei.
- você é boa em tudo, eu já disse... tô indo pelo caminho certo?
- tá sim.

Fomos conversando durante todo o caminho, não sei de onde tiramos tanto assunto, ela me deixa em casa e vai embora.
Entrei em casa sorrindo feito boba, e claro que meus pais perceberam.

- oii papai, oii mamãe, oii irmão -falei sorrindo e indo abraçar eles.
- oie duda -eles falam juntos.
- porque ficou até essa hora na empresa? -meu pai pergunta preocupada.
- eu tava dando uma olhada em uma papelada que vamos mandar para outra empresa, a Bianca me ajudou e eu consegui acabar mais rápido -falei sorrindo.
- qual o motivo de tanta felicidade filha? -minha mãe pergunta, merda eu não sei disfarçar.
- felicidade? não gente, eu tô normal -tentei despistar.
- já até sei o que é -Arthur fala rindo.
- cala a boca -falei rindo.
- a Maria Eduarda tá apaixonadinha -Arthur fala batendo palmas.
- eu não tô apaixonada, Arthur.
- apaixonada? o que eu tô sabendo? -minha mãe pergunta.
- é mentira do Arthur, eu não tô apaixonada por ninguém -lancei um olhar mortal nele.
- aí criatura gay -Arthur fala apertando minha bochecha.
- fica quieto, Arthur -falei dando tapinhas nele.
- apaixonada por uma garota? quem é? -meu pai pergunta.
- ninguém pai, eu juro, o Arthur tá falando isso só pra implicar comigo.

Depois disso eu subo pro meu quarto e tomo banho, desço e preparo alguma coisa pra eu comer já que meus pais já tinham jantado.
Duda narrando off

Bianca narrando on
Vim pra casa e durante todo o caminho eu só conseguia pensar na Maria Eduarda, eu preciso me conter, ela é minha secretária e isso nunca daria certo, e eu não quero arranjar problemas.
No outro dia, assim que cheguei na empresa a Maria Eduarda veio trazer meu café.

- bom dia, senhorita Tatto, vim trazer seu café -ela coloca a bandeja na minha mesa.
- bom dia, senhorita Kropf, muito obrigada -falei pegando a xicara de café- pode fazer um favor pra mim?
- claro, qual é?
- vai até aquele ármario e pega uma pasta com alguns documentos -apontei.

Ela se virou de costas e foi andando até o ármario, desci meu olhar pra bunda e dela e puta que pariu, aquilo é enorme, imagina apertar e tocar naquele monumento, como eu nunca tinha reparado isso? ela estava usando um vestido colado e aquilo valoriza suas curvas, seu corpo é extremamente lindo, imagina sem aquele vestido...

- eu não tô achando nada aqui -ela fala se virando e provavelmente percebendo meu olhar, merda.
- que estranho, era pra está ai -falei me levantando e indo até o ármario.
- eu já olhei tudo -ela me olha.
- não tá aqui mesmo -olhei pra ela.

Estavamos trocando olhares com cerca de 5 centimetros de distância, eu olhei pros seus lábios e vi que ela também olhou para os meus.

- senhorita Tatto -alguém abre a porta e nos afastamos.
- Bruno, bata na porta da próxima vez -falei irritada.
- ah desculpa, abri sem pensar, bom dia senhorita Kropf.
- bom dia, eu já estou de saída -ela sai.
- cara, você me deu um baita de um susto agora -falei me sentando.
- o que tava rolando aqui? -ele me olha com sorrisinho safado.
- nada ué, a gente só tava procurando uma pasta no ármario mas pelo jeito não tá mais lá.
- não sei, sinto que eu atrapalhei algo.
- talvez você tenha mesmo -falei e ele riu.
- bianquinha pegando a secretária dela, que isso ein? -ele fala rindo.
- eu não tô pegando a minha secretária, mas talvez eu esteja interessada nela -falei sorrindo.
- que isso biancão, vai que é sua -ele ri.
- tô indo com calma, com jeitinho, conquistando ela aos poucos.

minha chefe (duanca)Onde histórias criam vida. Descubra agora