capítulo 14

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Bianca narrando on
Merda, algo me diz que eu tratei a Maria Eduarda mal, eu não queria isso, mas também não estou em um dos melhores dias.
Hoje faz três anos que meu pai morreu no acidente de carro, três anos sem o homem que me ensinou tudo sobre a vida. Não é fácil pra mim, mas também não deveria ter descontado na Maria Eduarda.
Já sei o que eu vou fazer pra consertar isso, mas vocês só vão descobrir depois.
Bianca narrando off

Duda narrando on
Estava revisando alguns contratos quando o telefone da mesa da Isabela tocou.

- quem é? -a olhei.
- o porteiro falando que chegou uma encomenda, vou lá embaixo pegar -ela se levanta.

A isabela desceu pra pegar a tal encomenda, e ela me volta segurando um buque de flores.

- Isabela o que é isso? -falei surpresa.
- não sei, mas falaram que é para a senhorita kropf, tem um cartão aí -ela me entrega o buque.
- quem me mandaria um buque de flores do nada?
- sei lá, lê o cartão, vai que tem o nome do admirador secreto.

Peguei o cartão e li com um sorriso no rosto.

- o que tá escrito? quem é o admirador secreto? -ela pergunta curiosa.
- a Bianca -falei sorrindo.
- a Bianca que mandou entregar essas flores?
- sim, olha -entreguei o cartão pra ela ler.
- Bianquinha sendo a última romântica, as flores são lindas -ela sorri.
- são lindas mesmo, ela tem muito bom gosto -sorri.
- agora vai lá na sala dela.
- você acha que eu devo fazer isso?
- claro, ela pediu pra você ir lá -ela aponta pro cartão.
- tá, eu vou lá, levo as flores comigo?
- sim, leva.

Fui até a sala da Bianca com um sorriso no rosto, eu não esperava receber um buque de flores, e eu amo ser imprecionada.

- oioi, posso entrar? -falei na porta.
- você nem precisa pedir -ela fala e eu entro.
- recebi as flores que você mandou me entregar.
- e você gostou? -ela se levanta.
- e teria como não gostar? você tem um ótimo gosto pra flores -sorri.
- que bom, quis de dar esse buque como um pedido de desculpas de como eu te tratei hoje de manhã, não estou em um dos melhores dias e acabei descontando em você.
- tá desculpada, quer me contar o que tá acontecendo?
- é que hoje faz três anos que eu perdi meu pai.
- Bianca -abracei ela-
- tava precisando desse abraço -ela sorri sem mostrar os dentes.
- eu sinto muito, me desculpa -falei fazendo carinho no rosto.
- tá tudo bem, você não te culpa -ela colocou meu cabelo atrás da orelha e me deu um selinho demorado.
- conta comigo pra o que você precisar.
- obrigada, eu... posso te beijar? -ela olha nos meus olhos.
- teria como eu dizer não pra você me olhando assim? -sorri.
- não -ela sorri, segura na minha cintura, eu pego no pescoço dela e iniciamos beijo calmo.
- o que você vai fazer quando sair daqui?
- vou jantar na casa da minha mãe.
- vai ter fazer bem.
- quer ir comigo?
- melhor não, esse momento é pra ser em família, não quero atrapalhar.
- você nunca atrapalha, garanto que eu vou ser mais feliz se você for.
- melhor não, Bianca, sua mãe vai se assustar comigo, ela nem me conhece.
- você que sabe, mas meu convite ainda tá de pé.
- posso pensar no seu caso, mas não vou te prometer nada.
- então me beija pra recompençar o convite recusado -ela fala apertando meu corpo contra o dela.

Eu sorri e a beijei, era um beijo lento e calmo, minhas mãos no pescoço da Bianca, e as mãos dela na minha cintura, finalizamos o beijo com selinhos e trocas de olhares.

- agora é melhor eu voltar pro meu trabalho antes que alguém sinta minha falta.
- tá, daqui vinte minutos eu tenho uma reunião com o Bruno para falarmos sobre o desfile.
- depois me fala se deu certo.
- te garanto que vai, você é extremamente talentosa.
- obrigada por tudo, mas agora eu preciso ir -eu sorri, dei um selinho nela e sai.
Duda narrando on

vinte minutos depois...

Bianca narrando on
- qual o motivo da reunião senhorita tatto? -Bruno pergunta.
- Bruno lembra do desfile de moda que eu comentei com você que eu queria fazer?
- sei sim, aliás como esquecer?
- então, a Maria Eduarda tem um talento surreal pra desenho, e eu acredito muito no potencial dela.
- para de ser gay e vai direto ao ponto -ele fala rindo.
- tá legal, me desculpa por isso mas aquela mulher é perfeita -falei com os olhos brilhando.
- vou ter que aguentar mesmo a boiolice?
- não, eu já vou direito ao ponto, a Maria Eduarda andou fazendo uns desenhos de looks que ficaram impecáveis e eu queria que você visse.
- claro, cadê eles?
- aqui -falei os tirando da gaveta e colocando em cima da mesa.
- caraca, ela desenha muito -ele fala olhando os desenhos.
- sim, ela é extremamente talentosa, e eu queria ver ela profissionalizando esse dom -falei com os olhos brilhando.
- você quer fazer um desfile só com os desenhos dela? você sabe que para fazermos um desfile precisamos de no mínimo vinte looks.
- eu sei disso, e eu sei que ela consegue, po ela já fez cinco desenhos prontos.
- se você acha que ela consegue, não custa nada tentar.
- ufa, muito obrigada Bruno, eu não vou te decepcionar.
- qualquer coisa me fala, tá tudo nas mãos da sua namoradinha.
- ela vai conseguir tirar isso de letra, eu acredito nela -sorri.

Bruno saiu da minha sala e eu mandei chamarem a Maria Eduarda.

- eai? como foi a reunião? -ela fala se sentando.
- tudo certo, mas preciso que você desenhe mais quinze looks.
- meu deus, Bianca, não sei se consigo.
- claro que consegue, se preferir, nem precisa vir pra empresa durante esses dias.
- como não vou vir? esqueceu que quem me transmite inspiração é você? -ela sorri.
- que bobinha ein -apertei a bochecha dela.
- mas é sério, não sei se consigo.
- você consegue sim, nem que eu te leve pra morar comigo pra você ter mais inspiração.
- olha, gostei dessa ideia -ela ri.
- então tá combinado, você vai fazer quinze desenhos e fechamos a coleção by duda kropf.
- tá bom, prometo dar o meu melhor.
- você vai conseguir, eu acredito em você -sorri e beijei a testa dela.
- obrigada por confiar tanto em mim -ela sorriu e eu a beijei.

A horas se passaram, e da o horário de irmos embora.

- senhorita Kropf, você vem comigo?
- não senhorita Tatto, eu vou de uber, não quero incomodar a senhora.
- eu já disse que você não incomoda, não precisa ir comigo na casa minha mãe, só deixa eu te levar em casa, me sinto mais segura.

minha chefe (duanca)Onde histórias criam vida. Descubra agora