capítulo 28

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Ligação on
- alô Maria Eduarda, aqui é o Matheus.
- ah oi Matheus, cade a Bianca?
- tá destruída aqui no sofá, ela bebeu demais, e tá passando muito mal.
- meu deus, vocês estão na casa dela?
- sim, eu vim pra cá com ela agora.
- tá, eu tô indo ai agora
Ligação off

- a Maria Eduarda tá vindo aqui, ela vai cuidar de você.
- hm -resmunguei quase dormindo.
- achei muito feio o que você disse lá na roda, parece que você tá tratado as duas como se fossem brinquedos, o que tá acontecendo com você?

Ele falava comigo, mas eu não conseguia entender, tudo estava girando e girando.

- merda, você tá bêbada, não deve tá entendendo nada que eu tô falando.

Quando a Maria Eduarda chegou...

- cade a Bianca? -ela fala preocupada.
- tá ali no sofá? -apontei.
- vida -ela fala correndo pro sofá.
- ela tá muito bêbada.
- como vocês deixaram ela ficar nesse nível? -ela fala brava.
- eu não sou babá de ninguém, a Bianca já é adulta.
- matheus, pode ir embora, deixa eu ficar sozinha com ela.
- tá, mas se precisar de alguma coisa, pode me chamar -ele fala e vai embora.
- eu tô aqui agora, e vou cuidar de você -falei abraçando ela.
- sai -ela resmunga com os olhos fechados.

Duda narrando on
Eu olhei pra Bianca, e ela não estava bem, então a primeira coisa que eu pensei para ajudar-lá, era um banho frio.

- vem comigo -falei levantando ela.
- não, eu não quero -ela cai no sofá.
- Bianca, vamo lá porfavor -falei sentando do lado dela.
- não -ela cruza os braços e fecha a cara.
- então vamo deitar na cama, lá é mais confortável -peguei na mão, e a carreguei pro quarto.
- eu quero minha cama -ela aponta, quase dormindo.
- vamo tomar um banho primeiro, igual a gente faz sempre, tá bom? -coloquei o cabelo dela atrás da orelha.
- rápido né?
- sim, vai ser rápido, eu prometo -fiz carinho na mão.
- tá bom, mas é rápido, eu quero dormir.

A Bianca estava agindo feito criança, ela não tá bem mesmo. Levei ela pro banheiro e tirei toda a roupa dela e nem fiz questão de tirar a minha, entrei no chuveiro de roupa mesmo. Eu abracei ela, nossos corpos estavam colados, ela apoiou minha cabeça no meu peito e eu podia sentir sua respiração quente.

- tá muito gelada -ela resmunga.
- daqui a pouco a gente sai, isso vai fazer você relaxar -falei fazendo cafuné nela.

Ficamos uns 10 minutos ali debaixo, depois e a enrolei na toalha e saimos, deixei ela sentada na cama enquanto eu pegava a roupa mais confortável possível pra ela usar. Sequei ela com a toalha e coloquei a roupa nela, peguei o secador e comecei a secar seu cabelo.

- pronto, agora você pode dormir -falei ajeitando ela cama e a cobrindo.
- finalmente.
- eu posso dormir com você?
- não -ela nega com a cabeça.
- você quer dormir sozinha?
- uhum -ela concorda.
- qualquer coisa me chama, tá? -beijei a testa dela.

Eu entendi que a Bianca estava alterada, e respeitei a decisão dela. Eu peguei minhas coisas e fui dormir no sofá.
No outro dia, eu acordei 09h, fiz minhas higienes no banheiro, e fui pra cozinha preparar alguma coisa pra eu comer. Eu pensei em acordar pra gente tomar café da manhã juntas, mas achei melhor ela acordar sozinha.
Depois que eu tomei café, fiquei mechendo no celular, liguei a tv e comecei a ver um filme. As horas foram passando, já eram 11h e a Bianca apareceu na sala com a cara toda inchada.

- bom dia vida, tá tudo bem? -eu a olhei.
- bom dia, tá sim -ela fala coçando os olhos e eu ri.
- tá se sentindo melhor?
- eu tô confusa, não lembro como eu vim parar em casa.
- o matheus te trouxe, você tava muito bêbada e eu vim cuidar de você.
- você veio cuidar de mim? -ela fala com os olhos brilhando.
- sim, eu te dei banho, te sequei, te vesti, sequei seu cabelo e te coloquei pra dormir.
- eu dei muito trabalho?
- não, vou só é um pouco teimosa.
- e você dormiu no sofá?
- dormi, você me rejeitou na sua cama.
- porque? você podia ter dormindo mesmo assim.
- eu preferi respeitar você e seu espaço.
- obrigada por isso -ela sorri, fazendo carinho no meu rosto.
- não precisa me agradecer, eu sempre vou cuidar de você.
- eu te amo -ela fala com os olhos brilhando.
- eu também te amo -sorri e dei um selinho nela- você não escovou os dentes ainda, Bianca? que bafo de álcool -falei em um tom brincalhão.
- meu deus, desculpa, eu tô indo lá escovar -ela vai correndo pro banheiro.

Eu levantei, eu fui pra cozinha preparar alguma coisa pra Bianca comer, e quando ela volta do banheiro...

- o que você tá fazendo?
- seu café da manhã dur.
- aaaa eu te amo tanto -ela me pega no colo, sorrindo.
- agora eu posso te beijar né? -falei olhando nos olhos dela.
- agora pode, tô sem bafo -ela ri e a gente se beija.
- me põe no chão.
- tá legal -coloquei ela no chão e dei um tapa em sua bunda.
- ai Bianca -falei irritada.
- gostosa -ela aperta minha bochecha.

Bianca tomou café da manhã e começou a sentir dores de cabeça, a ressaca estava a caminho, ela levantou do sofá e foi correndo pro banheiro vomitar e eu fui atrás dela.

- tá tudo bem aí? -falei batendo na porta.
- tô, é a ressaca -ela fala e eu escuto a descarga.
- abre aqui -falei e a porta logo se abriu.
- eu não deveria ter bebido tanto -ela fala com a cabeça baixa.
- é, não tem remédio aqui?
- tem, dentro do armário da cozinha.
- eu vou lá pegar pra você.

Peguei o remédio e a Bianca tomou, deitei com ela na cama e fiquei fazendo cafuné nela e ela acabou dormindo no meu peito.
Um pouco depois eu levantei e fui preparar o almoço, e quando ficou pronto eu fui chamar ela.

- vida -deitei em cima dela- o almoço tá pronto, vamo lá comer?
- que? quantas horas? -ela fala perdida.
- duas da tarde, dormindo muito ein mocinha, melhorou a cabeça?
- acho que sim, você fez nosso almoço?
- fiz, tá tudo prontinho lá na mesa.
- eu te amo tanto -ela fala fazendo carinho no rosto dela.
- eu te amo bem mais -sorri e dei um selinho nela.

A gente se levantou e fomos almoçar, mas enquanto comíamos tive uma surpresa, a Gabriela ligou pra Bianca.

- não vai atender? -falei olhando seria pra ela.

minha chefe (duanca)Onde histórias criam vida. Descubra agora