minha chefe (duanca)

capítulo 26

Bianca narrando on
Quando acordamos...

- vamo ir pra minha casa agora?
- porque?
- porque lá nós temos mais privacidade -ela fala com um olhar malicioso.
- tá com saudade do meu chá? o que você tomou na viagem não te satisfez?
- não, ninguém chega aos seus pés -falei dando beijinhos no seu pescoço.
- eu vou pegar as minhas coisas, e a gente vai -ela se levanta sorrindo.

Ela pegou as coisas dela, se despediu dos pais e fomos pra minha casa.
Assim que entramos no apartamento, eu joguei ela na parede e começamos a se beijar loucamente. Fomos até o quarto sem pararmos o beijo, joguei ela na cama, tirei minha camiseta e voltei a beijar-lá.
Mas acabo sendo interrompida com meu celular tocando, olhei quem era, e era a Gabriela, eu logo peguei o celular e fui pra sala atender.

Ligação on
- alô Gabriela.
- oii Bianca, queria saber quando a gente vai se vê.
- segunda feira na minha empresa, você precisa assinar os contratos.
- mas precisamos se ver antes disso, eu já tô com saudade.
- eu não posso agora, tô ocupada, depois a gente vê isso.
- hm tá bom, tchau, beijo.
- beijo, tchau.
Ligação off

Minha cabeça tá a mil com tudo isso, mas eu respirei fundo e voltei pro quarto.

- o que foi? -ela me olha.
- nada não -falei me deitando ao seu lado.
- você não tá bem, o que aconteceu?
- tá tudo bem, eu só tô cansada, amanhã a gente continua isso -falei vestindo minha camiseta.
- tudo bem, vem aqui -ela me abraça e beija minha testa.

Eu não tô aguentando mais isso, eu tô divida entre o amor e a paixão, tá acontecendo o que eu mais temia.

- Bianca, você sabe que agora nosso relacionamento está fechado né? eu só fico com você e você só fica comigo.
- é? -falei confusa.
- sim, mas eu sei que na viagem você conheceu um novo alguém, e eu sei que você deve tá confusa e dividida, mas não enrola nem eu nem ela, seja verdadeira com seus sentimentos -ela fala fazendo carinho no meu rosto.
- não, eu amo você, eu quero você, eu só tô pensando em como eu vou falar isso pra Gabriela, não quero que ela se machuque.
- tá tudo bem, você criou um carinho por ela né?
- acabei criando, tem algo nela que me lembra você, e ela completava o vazio e falta que você tava fazendo.
- Bianca, você quer mesmo fechar comigo? se quiser podemos continuar com o relacionamento aberto, eu só quero que você seja feliz.
- eu quero fechar com você, eu vou colocar um fim no que eu tenho com a Gabriela, só vou esperar o momento certo.
- se resolver trocar o amor por um instante, termina comigo antes, tá?
- eu não vou te trair, eu jamais faria, eu só tô confusa.
- acho melhor eu ir embora, você precisa ficar sozinha -ela levanta da cama.
- não, fica comigo -puxei ela.
- tem certeza?
- tenho, eu tô com saudade, e não quero ficar sozinha -abracei ela.

Quebra de tempo, nos dormimos juntas. No outro dia acordamos e começamos a se arrumar para irmos pra empresa.
Confeso que eu estava um pouco nervosa, eu vou ver a Maria Eduarda e a Gabriela frente a frente, juntas.
Fomos pra empresa e a Maria Eduarda foi comigo pra minha sala.

- a Gabriela vem aqui hoje?
- ela vai vir fechar o contrato com a empresa.
- vocês duas vão ficar sozinhas aqui dentro? -ela me olha desconfiada.
- isso é ciúmes?
- lógico que não.
- hum, eu preciso da minha secretária comigo pra isso -falei fazendo carinho no rosto dela e ela me deu um selinho.
- eu quero que você saiba que eu te amo muito, independente de tudo, e pensa direito no que você for fazer -ela me olha com os olhos brilhando.
- eu já fiz a minha escolha, eu nasci pra ser tua e de mais ninguém -falei sorrindo e a beijei.

Depois no beijo, a gente se abraçou, até que a porta se abriu, era a Gabriela.

- desculpa, eu não queria atrapalhar -ela fala e eu me afasto da Duda.
- tá tudo bem, entra, fica a vontade, pode se sentar.
- bom dia senhorita Versiani.
- bom dia senhorita Kropf -ela fala se sentando de frente pra mim.

Puta merda, o que eu tô sentindo? que tensão é essa? uma vontade imensa de beijar as duas, porque isso tinha que acontecer comigo? eu não deveria ter conhecido a Gabriela, eu preciso evitar ela de algum jeito...

- aqui o contrato, pode ler, e se concordar com tudo, pode assinar -falei colocando o papel na mesa e entregando a caneta.
- tá -ela fala lendo.
- o contrato foi passado pelas mãos da senhorita Kropf e aprovado por mim.
- hm ok -ela fala assinando.
- não vai ler primeiro?
- não, eu confio em você -ela fala olhando nos meus olhos e eu logo desvio o olhar.
- fechado então, seja vem vinda a tatto model -falei pegando na mão dela.
- obrigada -ela sorri.
- bem vinda, senhorita Versiani -Duda fala sorrindo.
- obrigada senhorita Kropf -ela a olha sorrindo.
- agora eu vou pedir pra que a senhorita Paoli lhe apresente a empresa.

Pedi pra Isabela apresentar a empresa pra Gabriela, e a Maria Eduarda foi pra sala dela ler alguns relatórios.
Um pouco depois alguém bate na porta.

- entra -falei e a porta se abriu.

Quando eu vi a Gabriela entrando na minha sala, eu travei, eu estava sozinha com ela agora, na minha sala.

- Gabriela? o que você tá fazendo aqui? -falei indo até ela e fechando a porta.
- Bianca, eu quero saber se você tem algo com a Maria Eduarda, porque se você tiver algo com ela e não ter me contado nada, eu vou ser obrigada a falar pra ela tudo que você fez nessa viagem comigo.
- não, claro que não, a Maria Eduarda é só minha amiga, nos não temos nada.
- então porque quando eu entrei aqui, vocês duas estavam abraçadas?
- foi coincidência, eu só tava cumprimentando ela, uma semana sem se ver e a gente trabalha juntas.
- Bianca, Bianca, se eu descobrir que você tá mentindo pra mim.
- eu não tô mentindo -falei olhando para os lábios dela.

Desculpa, mas eu não consegui me conter, essa vontade de beijar ela é maior que eu. Mas quando eu aproximei para beijar-lá, ela se afastou.

- eu não vou te beijar.
- mas porque? eu não tenho nada com Maria Eduarda, a gente é só amiga.
- algo me diz que você tá mentindo pra mim.
- tá, mas não conta nada pra ela, minha relação com a Maria Eduarda é profissional, e ela não precisar saber disso -falei fazendo carinho no rosto dela, mas ela se afasta mais uma vez.
- tá bom, licença -falei saindo da sala.

Porra, que menina difícil.
Binca narrando on