minha chefe (duanca)

capítulo 38

Duda narrando on
- a Gabriela disse que queria vir aqui hoje te ver.
- eu não consigo lembrar quem é essa garota.
- ela faz parte do nosso grupinho de amigos, talvez você cê lembre quando vê-lá.
- pode ser.

Depois que tomamos café da manhã, a gente subiu pro quarto, a Bianca tomou banho e logo em seguida eu que tomei.
A Gabriela me mandou mensagem perguntando se poderia vir ver a Bianca, e eu disse que sim.

- ontem você me disse que sabia desenhar, e agora eu quero ver -ela fala me entregando um papel e caneta.
- querida, os desenhos da sua coleção foi que eu desenhei.
- mas eu não lembro, querida, quero ver agora.
- tá, mas o que você quer que eu desenhe?
- não sei, você que escolhe.
- vou desenhar mais um look pra sua coleção.
- vai em frente.

A Bianca me encarava tanto enquanto eu desenhava, eu parei o desenho e olhei pra ela, ela sorriu e eu sorri de volta, ela fez carinho no meu rosto e disse:

- mesmo não lembrando de muita coisa, tem algo que é impossível de mim esquecer -ela fala sorrindo.
- e o que é? -sorri.
- eu não consigo esquecer que... -ela é interrompida por alguém entrando no quarto.
- oii, eu atrapalhei alguma coisa? -Gabi fala assim que vê eu e a Bianca bem próximas.
- claro que não, Bianca, essa é a Gabriela.
- oi Gabriela -ela sorri envergonhada.
- oi Bianca, que susto que você me deu -Gabriela abraça a Bianca.
- é... eu não consigo me lembrar de você, desculpa.
- ela tá recuperando a memória aos poucos, mas eu já falei um pouco de você pra ela.
- tá tudo bem, a gente pode se conhecer de você -ela sorri.

A Gabriela passou o dia todo com a gente, eu e a Bianca trocamos olhares o tempo todo, sinto que ela também tá sentindo mesmo que eu. Tô sentindo como se a gente tivesse começando tudo desde o começo, como se a gente não tivesse se beijando ainda.
A noite, quando a Gabriela foi embora, eu e a Bianca ficamos conversando até tarde.

- já tá tarde, melhor eu ir dormir.
- fica mais.
- quer que eu fique aqui até você dormir?
- eu quero você -ela me puxa pra cima dela, e a gente se encara sorrindo.
- eu fico aqui até você dormir, depois eu vou pro meu quarto.
- então me da um beijinho.

Eu sorri, e beijei o canto da boca dela.

- você tá se fazendo de difícil ein
- eu sou difícil, Bianca -me ajeitei do lado dela.

Ela me olhou com um olhar safado e eu disse:

- só fico aqui até você dormir, nem adianta me olhar assim.
- duvido que você vai querer sair daqui -ela me abraça fazendo conchinha.

Eu sorri e me aconcheguei no seu abraço, confesso que eu tô gostando disso.

- quando você vai me beijar -ela fala no meu ouvido, me fazendo arrepiar.
- quando você merecer.
- me diz, o que eu tenho que fazer pra merecer?
- você vai ver -beijei a testa dela.
- chatonilda -ela aperta meu corpo contra o dela

Depois de um tempinho a Bianca dormiu, eu pensei em sair e ir pro quarto de hóspedes, mas eu tava com tanta saudade daquilo, sentir a respiração dela no meu pescoço, e eu acabei dormindo ali mesmo.
No outro dia, eu e a Bianca tínhamos acabado de acordar, ainda estávamos abraçadas na cama, até que alguém entra no quarto.

- Bianca o café da manhã... Maria Eduarda? desculpa, eu não sabia que vocês estavam dormindo juntas.
- po mãe, que susto, bate na porta da próxima vez.
- eu pensei que você tava sozinha, filha, desculpa.
- sem problemas, Kátia, a Bianca insistiu tanto pra eu ficar, que eu acabei sedendo e dormindo com ela.
- hm sei -ela da um sorrisinho safado.
- mãe o café tá pronto né?
- tá sim filha.
- vai lá, que já já a gente desce.
- tá, não demorem, ou melhor, podem demorar, aproveitem ai -ela ri.
- sai daqui mãe -joguei um travesseiro nela.

Kátia saiu do quarto rindo, e eu sentia minhas bochechas queimando de vergonha.

- desculpa por isso, minha mãe é muito zueira, ela deve ter pensando que a gente tá ficando.
- que vergonha, Bianca, puta merda.
- relaxa -ela fala rindo.
- melhor a gente descer rápido, não quero que ela pense que a gente esteje... você sabe -falei me levantando da cama, mas ela me puxa.
- por mim, a gente poderia ficar aqui -ela fala no meu ouvido.
- mas não vamos, não é mesmo? hoje eu vou te levar na sua empresa.
- você ama mudar de assunto, eu já te tive uma vez, e estou disposta a fazer de tudo pra te ter de novo.
- quero ver então.
- tá me desafiando?
- tô, porque?
- eu amo desafios -ela beija meu pescoço.

Fomos pro banheiro, fizemos nossas higienes e descemos pra tomar café.

- bom dia margaridas -Kátia fala sorrindo.
- mãe, eu não tô pegando a Maria Eduarda -ela fala puxando uma cadeira pra se sentar.
- mas eu não disse nada.

Eu ri envergonhada, e me sentei do lado da Bianca.

- mas já que tocou nesse assunto, eu acho que vocês deveriam sim ficar juntas, investe nela, Bianca, tá esperando o que?
- mãe, a Maria Eduarda tá ouvindo isso que você dizendo.
- então, quero que as duas saibam, porque vocês não tentam?
- eu gosto de deixar tudo acontecer da forma mais natural possível, senhora Kátia, então o que for pra ser será.
- ouviu mãe?
- ouvi sim, mas vocês combinam muito, e se completam também, acho a relação de vocês a mais linda.

Meus olhos brilharam em ouvir ela falando aquilo, a Bianca me olhou e a gente trocou olhares sorrindo.

- e essa olhada ai? já entendi tudo, tá rolando um clima né? se beijem logo, ou vocês já se beijaram?
- mãe, hoje eu vou lá na empresa -ela cortando o assunto.
- com quem?
- com a Maria Eduarda, quer ir com a gente?
- hmm, claro que não, podem ir só vocês duas, eu fico bem sozinha.

Tomamos café da manhã, depois a gente subiu, tomou banho, nos arrumamos e fomos para a empresa.
Quando chegamos, todos vieram cumprimentar a Bianca e ela não lembrava de ninguém, então eles se apresentaram e eu falei pra o que cada um fez. Mostrei toda a empresa pra ela, ela olhava tudo com os olhos brilhando. E por último, fomos pra sala dela, ela entrou e olhou pra cada detalhe, ela olhou tudo.

- aqui é tudo tão lindo -ela me olha.
- tudo tem a sua cara -sorrio.
- posso te fazer uma pergunta?
- claro que pode.
- a gente já transou aqui?

Eu não esperava por essa pergunta, eu olhei pra ela e a gente riu.

- desculpa por isso, eu... -ela é interrompida por mim.
- a gente já transou aqui sim -falei sorrindo.
- nossa, e como foi?